Acordei, não olhei o horário, mas devia ser por volta das 4:30, já que o sol não tinha aparecido no céu. Levantei e fiz tudo de forma rápida e sistemática, mas algo estava errado. Eu sentia uma grande melancolia e um desanimo alto. Hoje é sábado, então decidi dar uma caminhada de manhã cedo. enquanto eu andava, vários questionamentos vinham em minha mente, o principal sendo o porquê de eu não conseguir falar da maneira que eu quero para minha mãe. Refletindo, cheguei à conclusão de que o aperto em meio peto era insatisfação, culpa e desejo de querer mudar. Então, decidi mudar, caminhando e olhando o mundo à minha volta. eu percebi algo que não tinha visto antes: a beleza do mundo está no tempo, pois com ele tudo muda. Depois de aceitar esses sentimentos negativos e mudar a forma como trato minha mãe, o mundo passou a ser mais belo em minha visão. Decidi interromper a caminhada e voltar para casa. Chegando em casa, minha mãe me olhou e perguntou: "Como foi sua caminhada?" Eu olhei em seus olhos, puxei o ar de meus pulmões e me preparei para falar e falei: "Obrigado por tudo, mãe" Ela me olhou incrédula, pois tinha sido a primeira vez em mais de dez anos que eu a chamei de mãe usando minha voz. Ela, depois de me olhar dessa forma, sorriu e disse: "Por nada, meu filho" Mesmo que ela me chamasse dessa forma normalmente, hoje foi diferente. Ouvir essas palavras por algum motivo me fez chorar, mas eu não estava triste, muito menos feliz. Essas palavras eram de satisfação. Minha mãe se levantou, veio até mim e me abraçou sem dizer nenhuma palavra e eu, sem dizer nada, apenas a abracei de volta e naquele momento gravei algo além de minha mente, como se fosse em minha alma uma promessa de que nunca mais criaria barreiras para aquela que me deu à luz.
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O vazio de uma existência
RomansaUm jovem em fase de crescimento observando tudo a sua volta.