Quando sofremos altas emoções

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Palácio de Venetti, Lastra, 11 de fevereiro de 2023, 8h45.

22 dias para o casamento.

~Alex's Pov:

Hoje é o dia da Parada Militar da Soberania de Lastra, ou em outras palavras, Parada Militar da Independência de Lastra. Irei bancar o professor de História pra vocês:

(Oi, só lembrando que essa guerra é fictícia).

Lastra sempre foi um arquipélago rico em minérios de ouro e diamantes, além de termos muita terra fértil e exportarmos trigo e alguns produtos industrializados. No período da Segunda Guerra Mundial, a ilha foi ameaçada a se juntar ao governo fascista, sob o comando de Mussolini. Ele avançou para a Etiópia e quis nosso território pelas vantagens econômicas. Entretanto, tínhamos o apoio dos Estados Unidos e da Inglaterra para nos libertarmos e, durante os 2 dos 4 anos da Guerra, lutamos bravamente para conquistarmos a independência.

A libertação de Lastra resultou, respectivamente, na libertação das ilhas de Cádmio e Innocenti, que acabaram se unificando ao arquipélago, dando origem à formação atual do país. Essa guerra foi um dos piores momentos do reino, e com a ajuda dos Estados Unidos durante a Guerra Fria, conseguimos nos reestruturar de bombardeios, mortes e poder bélico. Num dia 11 de fevereiro, 8h45 como hoje, o exército lastrino tomava a última base militar fascista que restava, exatamente na praia de Piperno. Esse dia foi escolhido para comemorar a vitória.

E por isso, como rei em treinamento, iria representar minha querida avó, a rainha, nessa parada. À época, meu bisavô, Rômulo III, tinha saído nas ruas à cavalo para comemorar. Nos anos seguintes, virou tradição que o rei saísse à cavalo na Parada Militar, abrindo o desfile. Logo depois, se posiciona no palanque e senta no trono, vendo as apresentações, falas de comandantes, ordenando premiações e depois, recebendo as honras militares de cada tropa. Eu faria isso como regente, pois dona Paola está visitando o Vaticano. 

Curiosidade interessante: por sermos uma monarquia católica e termos caído nas graças do Papa, ela é uma das mulheres que pode usar branco quando está com ele. E pelo que eu soube, Lívia está começando a entrar no processo de avaliação para que o "Privilégio do Branco" lhe seja concedido também.

Estava nos meus aposentos, terminando de arrumar meu uniforme militar. Coloquei a cacetada de medalhas no lugar certo, o colar da Real Ordem do Leão de Lastra, e a faixa da Real Ordem Militar de São Pedro.

Me olhei no espelho brevemente, e Romeu me entregou minha espada. Prendi a peça no talim, e depois a coloquei em minha cintura. Peguei o chapéu e o segurei em baixo do braço. Romeu prende o riso, e eu lhe soco a barriga.

- Nem parece que está igualzinho, palhaço – reclamo, enquanto ele resmunga de dor.

- Que feio bater nos amiguinhos... porra, Alex, tua mão é de aço, caralho?

- Dramático – bufei, e fui andei até a porta do quarto. Coloquei as luvas brancas e saí.

Dei de cara com uma morena linda dos olhos castanhos, descendo as escadas para sair dos apartamentos privados do palácio. Ela me vê, e logo dá um sorrisinho.

- Até que não está nada mal com esse uniforme – diz, me olhando.

- Eu sempre estou bonito, pulce. Você que não aceita.

- Iludido que só... bem, eu estou descendo. A carruagem vai nos levar até o palanque antes que você faça sua entrada triunfal.

- Desce comigo. Vai que você cai por causa desse salto.

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