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Depois do rio de lágrimas que eu chorei, fiquei mais calmo e com um alívio no peito, não é como se a dor sumisse.

Mas só em ter alguém que se importa com a gente, já é alguma coisa.
Eu sei que minha mãe queria me ajudar e meu pai também mas eu nunca deixava ninguém me ajudar.

E eu tentei fazer a mesma coisa com o Izuku, a diferença é que ele ignorou a gritaria, a ignorância e a arrogância e se preocupou em ir no meu ritmo, e não parou de vim aqui um dia se quer.

Eu quero ser próximo dele e ele também quer isso então, eu vou me esforçar para mudar.
Mesmo com medo, mesmo nervoso, mesmo ansioso e mesmo apavorado eu vou tentar, porque se eu não tentar mudar eu nunca vou alcançar nada.

E vou cada vez mais perder pessoas importantes para mim e eu não quero isso, eu só escolhi a amizade errada.

Não é porque umas pessoas foram uns merdas na minha vida, que todas as outras também serão.

- você está melhor? - ele colocou a mão no meu rosto limpando algumas lágrimas.

- sim, desculpa por isso e obrigado de verdade - falei com a maior sinceridade.

- tudo bem, você se importa de eu tocar você?

- eu ainda me incomodo mas você pode, uma hora ou outra eu tenho que me acostumar.

Ele segurou minha mão e ficou passando o dedo por cima da minha mão.

- eu tava pensando e eu queria saber se você queria morar comigo, para você poder ir para a faculdade e eu ia te ajudar - ele falou meio envergonhado e olhou para mim.

Eu fiquei olhando para ele e pensando se eu consigo fazer isso.

- e se eu tiver crises de raiva? Ou gritar com você sem perceber ou ter uma crise com pessoas que nem sabem da minha situação? - falei de uma vez e ele apertou um pouco minha mão.

- já falei que você pode contar comigo, durante a faculdade vamos ficar juntos e se você tiver que sair eu te ajudo e se alguém te tocar sem saber eu também vou estar ao seu lado.

Ele falou firme na decisão dele, eu respirei fundo e fiz que sim com a cabeça e ele abriu o maior sorriso que eu já vi, como esse nerd consegue ser tão bonito?

Esses dias descobrimos que queremos fazer a mesma coisa na faculdade, por isso ele diz que não vai sair do meu lado porque vamos ficar na mesma aula se eu entrar lá.

E como eu tenho notas maravilhosas com certeza eu vou passar.

Entraremos em arquitetura.

Contei para meus pais que decidir morar com Izuku para poder ir a faculdade, eles ficaram felizes de eu finalmente sair, e enquanto o dia da prova não chegava às "aulas" do Izuku aumentou o nível e agora ele queria sair.

Ficamos saindo de pouco em pouco e isso durou até o dia da prova, fomos fazer e eu quase morri de infarto pelo nervosismo e ansiedade, me sentei bem no fundão e Izuku sentou na minha frente.

Fizemos as provas e agora teria que esperar um mês para o resultado e se entrarmos no mês seguinte as aulas começam.

Eu e Izuku decidimos nos mudar logo, porque a gente tem certeza que vamos entrar a prova estava fácil demais.

Depois de 3 dias a gente se mudou para um prédio perto da faculdade e descobrimos que muitos alunos da faculdade alugam ou compram apartamento naquele prédio.

Ou seja talvez quase todos que moram aqui são de lá e talvez até da nossa sala.

1 mês se passou e o resultado saiu e como eu disse passamos.

Nesse mês que passou eu e Izuku nos aproximamos muito, eu evoluí com meus pais e consigo tocar eles, o único problema é que só consigo tocar eles, a tia Inko e o Izuku.

Até por que eu também não tenho amizade com mais ninguém, tanto tempo sem sair que quando sai, fico até perdido.

E como de primeira o Izuku pretendia morar sozinho, ele alugou uma casa de um quarto só e dividimos o quarto.

A cama dele é de casal, ele dorme de um lado e eu do outro, mesmo que as vezes acordamos um em cima do outro ou apenas algum membro do corpo.

Acabei me acostumando aos toques do "Deku" apelido que dei para o Izuku.

E realmente não me importo se ele me toca, me abraça do nada as vezes ou me usa como apoio.

- ainda não acredito que vamos estudar na U.A kacchan - ele falou animado

- sim, é meu sonho essa faculdade e eu finalmente vou ir.

- vai dar tudo certo, vamos estar juntos de qualquer forma - ele sorriu.

Eu ainda fico meio que com medo de toques, mas eu queria muito beijar o Deku.

Será que ele ia se eu chegasse nele?

- Izuku?

Ele olhou para mim ainda sorrindo, estamos no sofá da sala vendo um filme.

- sim?

- será que ... Eu posso te beijar?

Acho que ele demorou uns segundos para raciocinar e então ficou igual um tomate.

- tá falando sério? - fiz que sim com a cabeça - mas para você está tudo bem?

- sim, eu quero muito te beijar, já faz um tempo eu só não tinha coragem.

Ele se aproximou de mim e meu coração acelerou mas dessa vez não senti aquele aperto no peito.

Mas senti várias borboletas no meu estômago e as pontas da minha orelha vermelhas pela vergonha.

Ele terminou de se aproximar e encostou nossos lábios e foi devagar e sem presa.

E quando eu relaxei mais, dei passagem pra ele, Izuku sentou no meu colo e colocou as mãos no meu rosto, a mão direita indo para meu pescoço e cabelo e as minhas mãos foram para a cintura dele e puxei um pouco ele.

Ele abriu um pouco a boca e eu passei a língua e ele me acompanhou, quando estávamos quase perdendo o ar ele se afastou devagar e deu uma mordida fraca no meu lábio.

Ele se afastou mas não saiu do meu colo.

- se você quiser isso de novo é só me falar - ele falou sério, mas dava pra ver que estava envergonhado.

- vamos ficar então, mas saiba que eu não gosto de dividir.

Ele segurou o meu queixo e olhou nos meus olhos.

- digo o mesmo para você - ele voltou a me beijar, dei um sorriso em meio ao beijo e ele também.

Bem não estamos namorando, mas estamos ficando, mas também os dois deixou claro que é só a gente e não saindo pegando outras pessoas.

Realmente não imaginaria que acabaria assim com o Izuku.

minha cura - BakuDeku Onde histórias criam vida. Descubra agora