Capítulo 02 "Started."

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Viena

''Começou.''
Cinco meses depois.

Minhas mãos suavam e a meu coração estava acelerado, entregando o meu nervosismo com o que estou prestes a fazer. Já roubei antes, muitas vezes, mas isso era muito maior do que qualquer coisa que eu já fiz. 

Passo pela revista padrão de segurança da casa da moeda, sorri gentilmente para o homem que entregou a minha bolsa e me deixou passar sem problemas, afinal, não tinha nada comigo ou na minha bolsa. 

Meus olhos correm pelos estudantes que visitavam o lugar, procurando pela ''ovelhinha'', a refém mais importante para esse assalto dar certo, mas eu não a encontro, eu tenho 30 segundos para encontrar essa garota antes que os outros entrem e deem inicio a tudo.

O desespero começou a me invadir, ando com uma falsa calma pelo lugar, procurando a maldita garota, mas não a encontrei.

- Viena? - a voz do professor em meu ouvido me deixou ainda mais nervosa.

- Não encontrei ela.

- Você tem 15 segundos.

- Deixa comigo.

Me concentrei em não transparecer que algo estava errado e sorri para a professora que passou ao meu lado. Fui em direção de um dos corredores e andei um pouco mais rápido quando não vi ninguém ali.

- 10 segundos.

- Merda!

Continuei a procurar, preciso garantir que essa garota fique bem e entre os reféns.

- 5 segundos, Viena!

Virei outro corredor e quando ouvi gritos vindo do banheiro feminino corri até lá, abri as cabines e quando encontrei a garota junto com um menino dentro da cabine, os tiros começaram.

- Achei ela. Anda logo vocês dois, para fora!

Segurei firme no braços dos dois e os arrastei para fora do banheiro, levando para a entrada, onde encontrei todos os reféns já de olhos vendados.

Empurrei os dois para perto dos outros e entreguei as vendas pretas com dois x costurados no lugar dos olhos.

Começou.

Quando Denver se aproximou para me entregar uma pistola, nossos olhares se cruzaram ao mesmo tempo que sua mão tocou na minha de raspão, sorri discretamente e me afastei dele, indo para perto da Tokio.

- Vocês não conseguem nem disfarçar - ela sussurrou para mim.

- Calada - bati meu ombro no seu e fiquei em silêncio quando Berlin começou a falar com os reféns.

- Calada - bati meu ombro no seu e fiquei em silêncio quando Berlin começou a falar com os reféns

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Cinco meses antes.

Corro pela grama enquanto chuto a bola, indo na direção do gol e fugindo do time adversário. Paro de correr por um momento, quando Denver aparece na minha frente.

- Não vai passar por mim, princesinha.

Sorri quando chutei a bola e vi ela passar entre suas pernas, ele me olhou como se não tivesse acreditando no que aconteceu, corri para ir até a bola novamente, mas ele não me deixou passar, entrou na minha frente e me fez parar muito rápido, acabei tropeçando, mas antes de cair vi a Tokio pegar a bola e chutar para o gol. 

Soltei um grito animado e dei risada, sem perceber que eu não estava caída no chão, estava em cima do Denver, que caiu em baixo de mim. Olhei para baixo e encontrei seus olhos, meu sorriso se desfez aos poucos, meu corpo pareceu pegar fogo aos perceber sua mão segurando a minha cintura.

- Cuidado por onde anda.

- Você que encontrou na minha frente.

- Então que bom que eu fiz isso, se não eu não sentiria você em cima de mim. 

Revirei os olhos, fingindo que o seu sorriso convencido não fez minha barriga se remexer como uma idiota. Apoiei minhas mão em seu peito e me levantei.

- Não deveria sorrir tanto, afinal, seu time perdeu. 

Cinco meses depois

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Cinco meses depois.

Coloquei o macacão vermelho e peguei uma máscara, junto com a Tokio, Nairóbi, Rio e Denver desci as escadas e fui até a porta de saída. 

- Reféns! Para a sua segurança deem três passos para trás. - Berlin ordenou. Rio abriu a porta e eu respirei fundo, a ansiedade correndo por mim assim como a adrenalina. - Dois minutos. - Ele avisou, o alarme que o Rio disparou apitava e me deixava mais nervosa. - Um minuto e quarenta...

Ele parou de falar e foi até um dos reféns, não dei importância para isso e continuei concentrada no que tinha que fazer. 

- Trinta segundos. 

Repassei o plano na minha cabeça, iremos enganar a polícia fingindo que entramos para pegar o dinheiro e tentamos fugir, mas não deu certo, por isso a única alternativa era recuar. Mas o nosso plano é bem maior que isso. 

- Vamos! - Tokio falou, colocando sua máscara e saindo pelas portas, antes da ordem do professor. 

- Tokio espera! - Rio pegou sua bolsa e correu atrás dela, olhei nervosa para a Nairóbi e Denver, quando ouvimos os tiros começar corremos para perto da porta e vimos a Tokio e o Rio atirando sem a intensão de acertar os policiais.

''Sair, jogar as bolsas, atirar no chão e recuar.''

Esse era o plano, mas quando um dos tiros acertaram o Rio, Tokio começou a disparar contra os policiais, tentando acertar eles.

- Aí, filha da puta! Para! - Denver gritou. Ele colocou a própria máscara e correu lá para fora, sem pensar eu o segui. 

Me protegendo nas pilastras, comecei a atirar contras as viaturas, dando tempo para a Tokio tirar o Rio dali, mas ela não parava de atirar contra os policiais, detonando com os vidros e provavelmente acertando eles. 

Denver segurou na roupa do Rio e puxou ele para dentro, andando de costas ao lado dele, atirei contra os policias, sem acertar eles, apenas para fazê-los recuar, quando conseguimos entrar, corri e apertei o botão para fechar as portas. 

- Qual o seu problema, porra? - Denver começou a gritar com a Tokio, que estava no chão ao lado do Rio, o abraçando. Tirei a máscara do rosto e joguei longe, acalmando a minha respiração. - A primeira regra! Essa era a porra da primeira regra!

Quando a minha respiração voltou ao normal, andei até o Rio e me abaixei ao seu lado.

- Deixa eu ver isso - segurei seu rosto com cuidado e analisei o local onde o tiro pegou - foi de raspão, vai ganhar uma cicatriz, mas vai ficar bem. 

Forever Love ~ Denver Onde histórias criam vida. Descubra agora