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JK.O amor pode nos ser confuso às vezes. Ele pode vir em várias formas, de vários jeitos, em várias situações. A primeira pessoa que eu amei foi minha irmã. Sim, essa pequena chorona deitada à minha frente é o primeiro grande amor da minha vida, e eu vivo por ela.
Hoje é segunda, o dia onde minha rotina ganhará mais uma perturbação: o colégio. Caras, pensem em um negócio cabuloso.
Eu não sei quem inventou o sistema carcerário, mas o bendito deve ser o mesmo que criou a instituição de ensino, puta merda.
Os adolescentes suados e estressados, os professores insatisfeitos com seus salários e arrependidos por suas escolhas, e não podemos esquecer do essencial: o diretor que claramente não sabe onde se enfiou, mas se ilude achando que vai valer a pena.
— 'Papi... — a voz de Yeri soou pesada, e por um segundo achei que ela estivesse falando dormindo. Não, ela está acordada.
Depois que nossos pais morreram, foi difícil pra ela ver como tinha uma família diferente das outras. Vivia me perguntando sobre nossos pais, até que não perguntou mais. Hoje, Misha vai nas festinhas de dia das mães e eu na dos pais. Foi um jeito de tornar as coisas mais fáceis para Yeri.
Com o tempo, eu deixei de ser o "maninho", "papai irmão" e passei a ser só o "papai". E na verdade, não me incomodo.
— Bom dia, meu amor. Tá com fome?
O dia sempre começa assim. Yeri me cutuca ou chora até eu acordar, reclama de fome e pede por desenhos. Normalmente eu a deixaria com a Misha, mas como troquei o turno do trabalho pela volta às aulas, hoje serei eu a deixá-la na creche.
Depois de picar pedacinhos de pão e pôr suco no copinho, deixei a mocinha comendo enquanto eu me arrumava. Talvez seja pelas circunstâncias, mas eu acho que a Ye seja independente demais para a idade dela, e não sei se isso é algo bom.
Quando voltei à sala, minha menina tinha colocado – jogado – o pratinho e o copo sujo dentro da pia, a TV estava desligada e ela estava brincando com os pés perto do sofá.
— Temos meia hora ainda, Ye. 'Bora pro banho!
Ao escutar a palavra "banho" a menina parece ter ligado um interruptor em sua mente, porque antes mesmo d'eu me aproximar ela já estava fugindo aos berros.
Revirei os olhos e bufei com pressa. É, como diriam os franceses, ces't la vie.
— Jeon Yeri! — e fui correndo atrás dela, rezando internamente para não atrasarmos.
🐚
Depois de muito sacrifício para sequestrar a porquinha e levá-la ao banho, consegui deixar a miss sujinha na porta da creche. Com o conjuntinho verde da escola pública, a vi sacudir a lancheira em busca de doces.
— Tem doce?
— Já disse que não, coma as frutas.
Ela fez biquinho pra mim, como se fosse afetar em algo na minha vida, e entrou na escolinha arrastando a mochila como se estivesse a caminho do matadouro. Ai, maninha, como eu te entendo.
Depois de encarar o asfalto, peguei impulso e segui com a bicicleta até o fim da rua, onde fica o meu colégio. A creche de Yeri é uma versão para crianças do inferno onde irei completar meu ciclo estudantil, como uma filial mais colorida e com brinquedos.

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OCEANOS; jjk+pjm.
Fanfiction| hiatus | Park Jimin é formado em biologia e, desde sempre, é enamorado pelo mar. Com quase trinta anos, Park se torna professor substituto de um colégio ao leste da cidade onde vive, a cidade de Lira Linda. O lugar parece um projeto de filme norte...