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JM.Vir para Lira Linda pode ter sido algo movido pela dor, mas de forma alguma eu me arrependo. As praias daqui carregam memórias lindas para mim, e as pessoas são tão animadas quanto eu me lembrava. Claro, há problemas tão reais quanto em outras cidades, mas de fato, a imagem que tenho da cidade é maravilhosa.
Mesmo que esse lugar tenha sido o palco de várias tragédias em minha vida, me mudar daqui se tornou impensável depois de um tempo. É onde eu e Kyung, meu melhor amigo, criamos raízes. Eu tenho um emprego que adoro e fui recém admitido em um colégio, não é como se pudesse me dar o luxo de me mudar.
Lira é meu lar desde que nasci, e mesmo saindo para cursar biologia, o magnetismo me puxou de volta para cá quando menos esperei. Há seis anos que voltei, e querendo ou não, foi a melhor coisa que pude fazer.
O lugar inteiro parece encantado, quase como se...
— O Sol continua tão quente... — murmurei observando o brilho laranja por entre as cortinas, o sono indo embora enquanto o calor aparecia.
Os lençóis vermelho sangue contrastam com todo o meu quarto. As paredes brancas e o mármore do chão são tão luxuosos quanto o resto da mansão. O jardim bem florido carrega o título de mais bonito do bairro, e não é à toa.
Com a típica e preguiça de domingo, me levantei e calcei as pantufas. O espelho acima da cama mostrou o meu reflexo, e ouso dizer que me encontro em um estado de decadência deplorável. Deuses, que bafo horrível!
Caminhei até o banheiro como se estivesse me arrastando para o matadouro, não suportando estar mais que um segundo longe da minha cama. Viver sozinho em uma casa tão grande causa uma sensação de eco absurda, algo tão grande que, se eu me esforçar, posso ouvir o som de minha respiração tomar conta de todo o ambiente.
Depois de afundar meu corpo na banheira, me pus a pensar em como seria minha rotina amanhã. Além de trabalhar no aquário da cidade, agora também vou ter a chance de ser professor substituto de biologia. Isso é uma ótima oportunidade, afinal, preciso ao máximo me distrair da imensidão surda que é essa casa.
— Nada que uma caminhada não resolva!
Por mais que exista uma tristeza dentro de mim, algo obscuro e doloroso, não a deixarei vencer! Tudo o que eu preciso é distração, apenas isso.
Decidido a sair daqui o mais rápido possível, desci as escadas e peguei a chave de um dos carros. Sem sequer me alimentar, aproveitarei que ainda está de manhã e tentarei a sorte em um dos comércios da cidade. Por sorte não encontrarei nenhum vizinho irritante pelo caminho.
🐳
Já estava na praia, caminhando à beira mar enquanto observava a alegria da vida humana. É glorioso quando tudo e todas as coisas passam a ser vistas como beleza genuína. As ondas quebrando na areia, as crianças construindo castelos, casais trocando conchas... É indescritível como as coisas realmente fazem sentido se vistas como algo importante.
Estava a caminho de um quiosque quando, do outro lado da rua, algo me chamou a atenção. Era uma lojinha adorável na cor azul, flores decoravam sua entrada e as portas estavam abertas, assim como as janelas escancaradas. Normalmente eu passaria reto, mas é quase como se uma força invisível me empurrasse até lá.
Um vento forte me fez quase cair no asfalto, a faixa de pedestres abaixo de meus pés terminando bem na porta da lojinha. "Artes de Lira" estava escrito em uma das portas. Alguns porta retratos decorados com concha chamaram minha atenção, e justamente por isso, eu entrei.

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OCEANOS; jjk+pjm.
Fanfic| hiatus | Park Jimin é formado em biologia e, desde sempre, é enamorado pelo mar. Com quase trinta anos, Park se torna professor substituto de um colégio ao leste da cidade onde vive, a cidade de Lira Linda. O lugar parece um projeto de filme norte...