Capítulo 2

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No dia seguinte, acordei bem cedo e corri para Boston novamente. Vesti uma blusa preta de gola alta, calça jeans branca e um scarpin preto. Adicionei acessórios como pulseira, relógio, anel e brincos para dar um toque elegante. Prendi meus cabelos rebeldes em um rabo de cavalo alto, pois estavam batendo na minha lombar. Optei por uma maquiagem leve e peguei minha bolsa branca da Prada.

Desci as escadas correndo e fui até a cozinha, encontrando Eva tomando café. Sorri de orelha a orelha e corri para abraçá-la.

— Quando chegou, querida?

— Ontem à noite, dindinha! Que saudade! — A abracei ainda mais apertado.

— Olha para você, tão linda! — Ela me olhava com um sorriso que eu sentia tanta falta. — Virei a governanta da casa, sabia? — Eu a encarei com um sorriso bobo e apertei suas bochechas.

— Mamãe me contou, que bom, meu amor. Assim não precisa fazer mais nada. — Dei um beijo em sua bochecha soltando-a. — Tenho que ir, avise a todos que volto à noite. Te amo.

Saí correndo da cozinha, sabendo que ninguém estava acordado ainda. Todos com certeza dormiriam até tarde para aproveitar as férias. Eva acenou para mim sorrindo, e eu fui até o motorista para que me levasse ao local onde estaria o jatinho. Cheguei lá rapidinho e logo embarquei, sabendo que levaria apenas três horas e meia.

Eu sabia que trabalharia em home office, mas precisava convencer aquelas mulheres em pelo menos uma semana ou duas. Saímos algumas vezes, mas nunca rolou nada, e que inferno, se ela soubesse o tesão que me dá ao mesmo tempo que me tira do sério. Puta que pariu. Troquei mensagens com amigos e minha família resolveu criar um grupo, tinha que ser a boboca da Úrsula. Todo mundo começou a conversar no grupo, essas pragas resolveram levantar cedo e eu fiquei interagindo como se nada estivesse acontecendo.

Cheguei poucas horas depois e logo chamei um táxi para a empresa, iria direto para cima de Simone, precisava convencê-la. Peguei a bolsa e saí, não trouxe malas, afinal, se fosse para ficar, eu tenho meu apartamento. Entrei cumprimentando a todos pela portaria e fui direto para o elevador social. Estava tão ansiosa que não sabia como fazer isso, mas sou previsível assim como ela.

— Bom dia, Solange! — Cumprimentei a secretária, que me retribuiu com o mesmo sorriso. Entrei na sala de Simone sem ser anunciada e abri a porta de supetão. Ela, como sempre, me olhou por cima dos óculos com um sorriso brincalhão nos lábios.

— Você não veio aqui para me buscar, não é? — Ela riu.

— Vim. Preciso da sua ajuda, por favor. Você sabe que já te ajudei tantas vezes, consegue me ajudar dessa vez? — Joguei a bolsa em cima da mesa.

— Você me ajudar em várias coisas não é a mesma coisa de fingir ser sua namorada ou beijar a sua boca. — Ela retirou os óculos, lançando-me um sorriso sarcástico.

Se ela queria jogar, vamos jogar.

— Acho que ... — caminhei até sua cadeira apoiando minhas palmas sobre o repouso da cadeira virando-a para mim — Não seria tão mal me beijar assim, não é? Eu sou gostosa, eu sou cheirosa, sou inteligente, sou sádica e sei foder uma buceta como ninguém. — sem desviar o olhar notei sua pupila dilatar.

Sua respiração pesou, escutava as batidas de seu coração de forma constante, sua língua umedecendo os lábios denunciava que o que eu havia acabado de dizer afetou seu psicológico.
Simone era uma mulher desejada, gostosa e com certeza já comeu mais buceta que toda a população sapatona juntas. 

— O que eu vou ganhar com seu joguinho em família ? — ela me perguntou inclinando-se ainda mais para frente dando para sentir seu hálito contra a minha boca.

THE MARK OF LOVE - [ Simone x Soraya ]Onde histórias criam vida. Descubra agora