Capítulo 6

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Simone


Eu estava vivendo a minha vida quando recebi uma ligação da minha melhor funcionária e amiga, Soraya. Criamos laços profundos quando passei por uma fase caótica da minha vida, e ela se tornou a minha base de sustentação. Devo a ela muita coisa, especialmente a minha felicidade. Naquela noite, quando Soraya ligou de repente e fez aquela oferta absurda, achei ridículo e desliguei na sua cara. Ela poderia ter me pedido qualquer outra coisa, mas aquilo estava além do aceitável.

No minuto seguinte, me arrependi profundamente. Soraya tinha decidido cuidar de mim quando eu mais precisava: levou-me para sua casa, cuidou de mim, deu-me colo, conversou comigo e foi a única pessoa que se importou de verdade. Meus pais desapareceram, meus amigos e o resto da minha família também. Foi um momento traumático que me fez perceber o quanto eu era solitária. Nunca revelei totalmente a ela tudo o que tinha acontecido, mas Soraya respeitou meu silêncio.

Ela nunca me encheu de perguntas e sempre foi gentil comigo. Foram longos meses de recuperação, sendo os primeiros dois meses passados em sua casa. Ela trabalhou de home office apenas para não me deixar sozinha, fazia comida e me fazia rir todos os dias.Quando acordei no dia seguinte, pensei em retornar a ligação para ela. Conhecendo seu gênio, eu sabia que ela viria atrás de mim. Tomei um banho, me vesti e fui para a empresa. Estava torcendo para que ela viesse falar comigo, caso contrário, eu mesma ligaria para pedir desculpas ou pelo menos dar uma desculpa melhor.

De repente, a porta do meu escritório se abriu e Soraya entrou, tão linda e com um sorriso enorme no rosto. Acho que naquele momento, ela me convenceu. A verdade é que eu estava exausta, não tirava férias há muito tempo e, além disso, estava assustada com algumas ameaças recentes que havia recebido.

Soraya sentou-se à minha frente, seu sorriso permanecendo, mas seus olhos sorriam mais.

Olhei por cima dos óculos com um sorriso brincalhão já sabendo o porquê da sua visita.

— Você não veio aqui me buscar, não é? — perguntei rindo.

— Vim. Preciso da sua ajuda, por favor. Você sabe que já te ajudei tantas vezes, consegue me ajudar dessa vez? — ela jogou sua bolsa em cima da minha mesa tentando manter a seriedade.

— Você me ajudar em várias coisas não é a mesma coisa de fingir ser sua namorada ou beijar a sua boca. — Tive que rir de forma sarcástica enquanto tirava meus óculos.

Eu queria jogar e acho que estava dando certo.

— Acho que ... — ela caminhou até minha cadeira espalmando suas mãos sobre o repouso me fazendo virar-me para ela — Não seria tão mal me beijar assim, não é ? Eu sou gostosa, eu sou cheirosa, sou inteligente, sou sádica e sei foder uma buceta como ninguém. — ela disse sem desviar o olhar dos meus olhos.

Toda aquela informação me deixou extremamente excitada, não posso negar, desde que passei dois meses na casa dela eu não pensava nunca com meu cérebro só com a minha buceta, um mês na casa dela estava me fazendo bem, no segundo eu já queria transar com ela.

— O que eu vou ganhar com seu joguinho em família?

— O que você quiser, peça que eu faço.

Continuamos a conversar, na realidade a jogar até eu precisar ceder aos meus pensamentos intrusivos, falei demais e ela me jogou na mesa e meus caralhos, da onde saiu essa força?

A safada me beijou tão gostoso que eu quase dei pra ela ali mesmo. Eu estava uma velha safada demais. Ela me convenceu da melhor forma e claramente eu aceitei ir com ela.

THE MARK OF LOVE - [ Simone x Soraya ]Onde histórias criam vida. Descubra agora