Capítulo 7

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Soraya


Eu estava aérea conversando com Úrsula e sua namorada, quando escutei Liz me puxar e Simone desmaiar nos braços dela. Minha reação foi só tentar segura-la e todos me ajudaram, Liam pegou ela no colo e saímos para fora da boate às pressas. Me assustei, não sei por que, mas senti um frio na espinha muito ruim, não era muito ligada a pressentimentos, mas eu sempre estava certa no final.

Ed trouxe água e colocamos Simone sentada aproveitando toda a ventilação da rua para ver se ela reagia. Na hora toda a minha cachaça passou, estava tão preocupada com ela que não conseguia solta-la. No minuto em que ela abriu os olhos, senti o medo que ela emanava. Simone saiu de perto de todo mundo gritando, pedindo para não ser tocada e notei que ela olhava para um único homem.

Ele se aproximou dela a segurou pelos braços pedindo para ela se acalmar, mas Simone estava transtornada, estava com medo tentando se soltar dele. O puxei pela gola imediatamente, encarando seu rosto fixamente, todos os seus poros e rugas.

— É ele, Sol... — Simone sussurrou antes de abraçar Úrsula que tentava acalma-la.

— Como pode fazer tanto mal a ela ? — a minha ficha havia acabado de cair.

— Como assim, menina?

— VOCÊ É UM VERME DA PIOR ESPÉCIE E VOCÊ VAI MORRER! — Joguei o maldito no chão pegando uma barra de ferro que eu havia encontrado no chão.

— Sol, não! Por favor, para!

Simone até tentou, mas nada nesse mundo me faria parar naquele momento.

— PERAI mana, o que deu em você ? Por que vai bater em um desconhecido? — Helena segurou a barra.

— É por uma boa causa! Eu prometo. — Helena assentiu.

Eu nunca fui violenta, mas todo mundo sabia que eu só fazia justiça quando a pessoa merecia de verdade. Todos se afastaram, Liz segurou Simone e ED ficou olhando para não ver se aparecia ninguém ou algum policial.

O homem se levantou e tentou segurar a minha barra, me esquivei e sentei a primeira lapa acertando suas costelas. Ele gritou de dor, caiu no chão e eu não tive pena alguma. Acertei seu corpo por diversas vezes, dando golpes cada vez mais violentos, seus gritos me faziam rir, me dava prazer causar dor naquele sujeito maldito.

Ed gritou, alguém estava pelas redondezas, dei mais um golpe escutando seu crânio se partir.

— Já chega, temos que sair daqui! — Ed disse segurando a barra.

— Temos que levar o corpo! — disse friamente.

— Não, íamos dar a maior bandeira sua burra, anda. — Helena me puxou pelo braço.

Caminhei até eles, tropeçando e ainda segurando a barra, não pude largar por lá. O corpo ficou caído em um canto, era imperceptível até a manhã. Corremos para um canto qualquer e alguém ligou para o papai, Simone estava claramente com medo, tremia por cada célula do seu corpo.

— Ei, está tudo bem. — segurei em seu rosto — Foi melhor assim, uma porcaria a menos.

— Isso está errado, você não devia ter feito isso. — Simone chorava compulsivamente — Por que manchar as mãos assim?

THE MARK OF LOVE - [ Simone x Soraya ]Onde histórias criam vida. Descubra agora