Capítulo 4

551 58 16
                                    

— Mãe! — falei alto demais.

— Não tenho nada a ver com isso, juro! — ela disse, levantando as mãos.

— Ela não me convidou, resolvi aparecer para me desculpar. Vocês foram ótimos na minha vida, sinto falta disso.

— Não quero suas desculpas, não quero você na minha casa! Dê meia volta e volte para o diabo que te carregue! — explodi, ficando de pé.

— Meu amor, calma. — Simone se levantou e me segurou pelo braço.

— É, amor dela. Eu vim aqui conversar com sua mãe e com os demais. Tentei conversar com você no mercado, mas a sua querida me bateu.

— O quê? — Minha mãe ficou de pé e foi até Paola. — Isso é verdade, Simone?

— É sim, senhora! E dependendo do que ela falar agora, não tenho problema algum em bater de novo. — Simone respondeu séria, e todos começaram a rir diante da sua firmeza.

— Você já pode ir, ninguém aqui gosta de você! — Liz disse, levantando-se.

— Mas quando eu vivia aqui, vocês me adoravam.

— Não, nós tolerávamos você por causa da mana. Diferente de você, nós gostamos da Simone desde a hora que ela pisou nessa casa. Ela sim merece todo respeito e gentileza que temos a oferecer. — Liz realmente a odiava.

— Vim apenas conversar com a sua mãe. Acho que a senhora ainda gosta de mim, não é?

— Se ela ficar, eu saio. Não quero meu jantar sendo estragado por essa cobra. — resmunguei,
saindo, mas Simone me impediu, virou-me para si.

— Não, você vai se sentar e se acalmar. — Ela tirou meus cabelos dos olhos, segurando-me pelo rosto e dando um selinho nos meus lábios, seguido por outro na ponta do nariz.

Respirei fundo, colocando meu rosto na curva de seu pescoço.

— Calma, meu amor. Não deixe que ela te afete assim. — Simone acariciou minha nuca com delicadeza, tentando acalmar meus ânimos.

Respirei fundo, tentando controlar a raiva que ainda pulsava dentro de mim. A presença reconfortante de Simone ao meu lado era como um bálsamo para minha alma agitada.

— Desculpe por isso, Simone. Não queria estragar nosso momento aqui. — murmurei, ainda abraçada a ela.

— Está tudo bem, querida. Ela só quer provocar confusão, não dê o gostinho para ela. Vamos aproveitar o jantar juntas, ok? — Simone sorriu gentilmente.

Assenti com a cabeça, me acalmando aos poucos. Me sentei novamente à mesa, ao lado de Simone.

— Podemos falar Bianca? — Paola insistia e minha mãe cedeu a convidando para jantar.

— Não quero ninguém atacando ela, vamos jantar em paz ? 

— Não tem mais lugar, mande ela para a cozinha, jardim ou na rua. —  resmunguei revirando os olhos.

— Mas que merda é essa. — Paola começou a pisar firme no chão quando Mel chegou perto dela assustando a cachorra que se encolheu.

— Se você der mais um passo eu juro que arranco os seus cabelos, ela já é idosa e se assusta fácil. —  Simone levantou furiosa caminhando até Paola, mas minha mãe interviu.

—  Desculpe por isso, Simone. 

— Não precisa se desculpar, Bianca, eu vou me retirar e levar ela para o jardim, pode ceder o meu lugar para a sua convidada! — Simone saiu andando com Mel ao seu lado, segundos depois Luna passou também.

THE MARK OF LOVE - [ Simone x Soraya ]Onde histórias criam vida. Descubra agora