Capítulo 7

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Capítulo 7
~ Marina Rose ~

Depois de duas horas, o avião finalmente está pousando.

Durante esse tempo, consegui ler cento e cinquenta páginas sem intervalo. O ser ao meu lado parecia falecido a viagem inteira, e mesmo com o anúncio do piloto e o avião aterrissando no solo, Daniel nem se mexeu.

Continua com seus fones de ouvidos conectados ao celular, seus braços agora estão cruzados, fazendo seus bíceps ficarem mais evidentes e seu rosto se mantém sereno.

Como é bom se ficasse assim acordado.

Joseph tem razão.

Guardo o Kindle na bolsa juntamente com meu celular. Vejo a família Bernard já se levantando e saindo do avião, enquanto um dos integrantes continua em seu estado desmaiado ao meu lado.

Toco em seu braço e o balanço, ele suspira.

Faço o mesmo no seu ombro, dessa vez mais forte, ele nem se mexe.

– Daniel? – O chamo, adianta?

Não.

– Ei, acorda! – Nem sinal.

Será que morreu enquanto dormia?

Reviro os olhos e bato no seu rosto. Pela primeira vez em duas horas, vejo ele se mexer.

– Acorda! – Digo firme e mais alto, ele dá um pequeno pulo no banco e descruza os braços. Finalmente, abre os olhos e me encara confuso, logo em seguida dando um sorriso.

– Observando eu dormir, Marina? – Murmura com voz de sono.

– Até parece, estava tentando te reanimar. – Arqueio as sobrancelhas. – Vamos sair.

Me levanto e ele simplesmente se espreguiça ainda sentado enquanto me encara. Acomodo minha bolsa no ombro e cruzo os braços. Ele se levanta, tirando os fones e os guardando. Consigo sair e vou em direção a porta do avião com o monumento atrás de mim.

Não que eu seja baixa, um metro e sessenta e sete de altura é válido como alto sim, mas presumo que o ser humano atrás de mim tenha uns três metros.

Desço a escada e vou em direção a família, que estavam conversando distraidamente, enquanto Daniel caminha ao meu lado em completo silêncio.

– Aí estão vocês. – Nathaniel anuncia, com seu semblante menos sério. – Pensei que ficariam dentro do avião.

– Estava dormindo, não vi quando pousou. – Daniel dá de ombros.

– E então, vamos para casa? – George comenta. – Precisamos descansar, minhas costas estão reclamando.

– Precisa de uma massagem, pai. – Eduardo bate no ombro do pai.

– Bem que sua mãe poderia fazer esse favor, não é minha querida? – Ele lança um olhar sedutor à esposa que o olha com uma sobrancelha arqueada.

– Irei pensar no seu caso. – Diz e dá uma piscadela ao marido. – Vamos, crianças? – Ela e o marido vão na frente, vejo dois carros pretos nos esperando. – Querida, se importa de ir com os meninos? George e eu precisaremos parar em uma loja antes de ir para casa.

– De modo algum. – Dou um sorriso sem graça e olho para os quatro monumentos à minha frente.

Jesus, vou levantar as mãos, caso o Senhor queira me puxar.

– Eu dirijo! – Eduardo exclama e pega as chaves da mão do segurança.

– Ah claro, vai nos matar dirigindo em trezentos quilômetros por hora, Eduardo? – Marco diz incrédulo e toma as chaves.

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⏰ Última atualização: May 12 ⏰

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