8. O mestre das poções
Estavámos uma pilha de nervos, afinal ver Draco resmungando o conteúdo de alguma matéria enquanto andava pelo dormitório era tudo, menos encorajador. Ele nos contou que Snape seria um grande problema se não soubéssemos seu conteúdo de aula, o que fez Blaise e o restante dos meninos passarem a noite estudando.
Resultado? Todos com leves olheiras e metade dos conteúdos revisados. Temo dizer que Draco foi o único a terminar de ler o livro todo, afinal já estava o lendo desde que as aulas começaram.
- Blaise, pode me passar a torrada? - Resmunguei enquanto tinha o livro de poções em meu colo, passando as páginas ao terminar de ler.
- Ainda estudando? Poderia levar pontos pelo esforço, não é mesmo, Malfoy? - Nott diz ao se sentar lado a lado com Draco, que terminou de tomar um gole de chá.
- Diferente de alguns ele está se esforçando, Nott. - o loiro defende sem interesse, tomando outro gole de seu chá antes de encarar o marcador de pontos das casas - afinal, estamos empatados com a Corvinal.
- Mas estamos na frente da Grifinória - Pansy cantarolou, fechando a expressão ao ver Neville entrar pelas portas do salão, acompanhado de Ronald Weasley e da corvina, Hermione Granger.
- O que vocês tem contra os três?
- Tudo - a garota murmurou, voltando ao seu café da manhã sem mais delongas.
- Você vai entender alguma hora, Harry - o moreno sorriu enquanto me passava as torradas
* * *
Sussurros, burburinhos, dedos apontados diretamente para mim no começo das aulas da primeira semana. Coisas como "você está vendo ele?"; "aquele é Harry Potter, mas você viu a cicatriz dele?"; "Harry Potter? onde!?"
Senti as palmas de Pansy pousarem em meus ombros de forma confortável, a garota em questão sorria pequeno enquanto andávamos pelo corredor, seguindo para a aula de Transfiguração, com a Prof. Minerva.
A constatação de Blaise, mais uma vez estava certa, ela não era alguém para se aborrecer. O sermão já nos surpreendeu na primeira aula.
Estávamos todos tentando transformar o palito de fósforo em uma agulha, e me senti melhor em saber que todos tinham esta dificuldade, até mesmo os que tinham contato com a magia desde o berço, como Blaise e Pansy. Theodore mordia o canto dos lábios enquanto se concentrava ao máximo, ou tentava.
Perto do fim daquela aula, Minerva se aproximou da mesa que Draco e eu dividíamos, e, assim como a professora, me surpreendi ao ver a agulha prateada e pontuda na medida perfeita de Draco em cima da mesa. O loiro porem, se encontrava em tons levemente vermelhos pelo calor e esforço naquela sala quente.
Saímos com mais quinze pontos para a Sonserina pelo acerto de Draco, que tinha um sorriso de canto orgulhoso de seus próprios feitos. A disputa com a Corvinal estava dando o que falar, afinal empatamos na hora do almoço, e Draco não largava o livro de poções por nada depois desse empate.
E a tão temida sexta feira chegou num piscar de olhos.
- Ei, o que temos hoje hein? - perguntei enquanto Pansy me passava a geleia que havia recomendado um pouco antes.
- Poções dupla com o pessoal da Grifinória, um saco se quer saber - Theodore revirou os olhos, encarando Parkinson com o canto dos olhos, como se quisesse confirmar sua frase, e Pansy realmente concordava com ele, afinal odiava aulas duplas.
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The Dawn of Oblivion - Livro I
Fanfic"Em seu primeiro ano em Hogwarts, Harry Potter, inesperadamente, cruza o caminho de Blaise Zabini no beco diagonal, o levando a conhecer um grupo de cobras perspicazes" "Neste primeiro ano a verdadeira magia reside na capacidade de reconhecer que os...