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Fazer amizade com Guri e Sofia foi simplesmente a melhor coisa que poderia me acontecer, a gente se conhecia a pouco tempo mas a nossa conexão era tanta que parecia até anos de convivência. Finalmente coisas boas acontecendo na minha vida.

—Eu acho que tipo assim, se fosse pra escolher um vilão pra ser eu escolheria a Paola.— falei dando uma colherada no meu sorvete.

—Que Paola?—Sofia perguntou confusa.

—Paola Bracho, os looks dela são icônicos, a diva é sonsa, inteligente e cheia dos contatinhos, perfeita.— suspirei apaixonada, eu amava aquela mulher.

—Mas ela nem é tão vilã assim, em novela vilão foda mesmo é o Félix, o cara jogou a sobrinha no lixo e ainda fez o Brasil todo amar ele.—Guri disse tomando seu próprio sorvete.

Estávamos os três atoas então chamei eles pra vir aqui em casa, agora estamos atoas juntos tomando sorvete e falando bobagens. 

—Bora jogar dominó?— Sofia falou indo na mochila dela e puxando as peças do dominó.

—Demorô!— sorri animada.

—Opa, família.— Apollo cumprimentou saindo do quarto.

—Fala Apollo.— Guri cumprimentou sorrindo.

—Iae Apollo.— Sofia sorriu para o japonês.

Nem sabia que ele tava por lá, até olhei pros lados procurando a dona dele mas pra minha surpresa ela não tava atrás dele como uma sombra.

—Ué, cadê tua dona?— não resisti e perguntei.

—Suzy...— começou a falar mas foi atrapalhado pelos latidos da minha Suzy, fez careta e continuou. — A Suzanne saiu com as amigas.

Apenas afirmei com a cabeça e voltei atenção pra Sofia que embaralhou as peças para que pudéssemos escolher e começar o jogo.

—Senta aí, bora jogar com a gente Apollo.— Guri disse pegando suas peças.

—Tô atoa, vou jogar com vocês. — deu de ombros e sentou de frente pra Sofia, infelizmente ao meu lado.—Cadê os meninos?

—Sei lá, Otávio passou muito perfume antes de sair então deve ter ido comer alguém, Jorge nem vi hoje. — dei de ombros olhando minhas peças.

—Ah, pode pá. — murmurou finalmente parando de interagir comigo.

Eu na maioria das vezes tentava ignorar a presença dele para o bem da nossa boa convivência. Me sentia até uma pessoa muito bem evoluída por conseguir segurar minha língua e a vontade de revirar os olhos sempre que o via. Mas tinha momentos que eu não conseguia me segurar e aí rolava situações como essa.

—Tu viu minhas peças. — acusei olhando pra ele com raiva.

—Não vi não, tu que é ruim pra caralho.— revirou os olhos e eu fiquei mais irritada ainda.

Ele claramente tinha visto meu jogo e tava fazendo de tudo pra que eu perdesse. Tava mais claro que água.

—Eu sou ruim? Tu ganha roubado e eu que sou ruim? Se fode Apollo.— xinguei puta.

—Gente, vamos ter calma...—Sofia tentou intervir mas estavamos ocupados demais fuzilando um ao outro com os olhos.

—Se fode você garota, não quer admitir que tá errada.— se levantou irritado.

—O único aqui que não aceita admitir quando erra é você. — alfinetei.

Minha língua já estava coçando pra tocar no assunto mesmo, não podia perder essa oportunidade.

The Hater -Apollo McOnde histórias criam vida. Descubra agora