10- Esquecimento.

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Por, Adele:

Estava no hospital, me perdia em devaneios, voltava a realidade. Pensava e repensava, parecia estar aprisionada aos meus pensamentos. Maya também parecia estar distante.
Eu não me recordo muito bem do acidente, mas felizmente conseguia me lembrar com clareza de Maya e as outras coisas. Estava cansada, meu olhos se abriam e fechavam sem que eu pudesse os controlar.

- Hum... - resmunguei.

Os olhos de Maya se arregalaram e um sorriso se alastrou em seu rosto ao me ver balbuciar.

- Oi, meu bem. - lançou-me um sorriso, retribuí, numa intensidade mais fraca.

- Oi.. - voz rouca.

- Como você está agora? - questionou-me, tocando minha mão.

- Melhorando... E o Ângelo? Ele já sabe? - perguntou.

- Já sim. - vi a mulher arquear uma sobrancelha, esperei sua próxima fala.

- Como ele reagiu com isso? - falou, realmente preocupada, fazendo-me repensar em como respondê-la.

- Ham.. Bem, até. - hesitei.

- Eu sei que não, Maya. Me fala logo... Como ele- - a interrompi.

- Calma, Ele teve uma reação normal, certo? - confessei antes de dar prosseguimento - Se demonstrou preocupado. Nada mais. - respirei fundo.

- Nós ainda precisamos descobrir quem bateu no meu carro. São tantos problemas... - fez uma expressão cansada.

- Eu vou resolver isso com você, hum? Não precisa ficar desse jeito, amor. - dei um beijo em sua testa em sinal de proteção, passando seus cabelos para trás.

- Maya, você precisa descansar. - insistiu.

- Eu estou descansada o suficiente, meu bem. Não se preocupe com isso. - sorri e a vi revirar os olhos.

- Seu problema é ser teimosa demais, mulher. - sorriu pra mim.

- Eu vou sair um pouco, ok? Compromisso de última hora. - disse checando as mensagens no meu celular.

- Não esquece de trazer o Ângelo pra me ver depois da escola, hum? - pediu manhosa.

- Eu prometo não esquecer. - sorri e mandei um beijo no ar, que foi retribuído.

Algumas horas depois, resolvendo as coisas da situação de trabalho e participar de algumas reuniões, deu a hora de buscar Ângelo. Quando finalmente pisei no acelerador, ouvi o meu celular tocar e o atendi, encostando o carro.

- Alô? - anunciei, esperando que a pessoa do outro lado terminasse de falar.

- Oi. Eu gostaria de falar com a Maya. - a voz feminina e não muito estranha falou.

- É ela mesma, pode falar. -

- Eu gostaria de saber se você consegue fazer uma maquiagem daqui há 20 minutos. - respirei fundo.

- Eu estou um pouco ocupada, mas acho que consigo.... Pode confirmar. - falei e a mulher desligou o telefone, meu próximo objetivo agora seria avisar a adele, até lembrar que seu celular estava em seu carro desde a hora do acidente e eu não tinha a chave dele no momento, já que estava no concerto.

Puta merda, o celular foi dentro do carro.
Então, como seria algo rápido, decidi pegar as poucas maquiagens quais sempre carregava comigo em meu carro, e ir até o local. Não podia ser tão demorado, certo? Acho que Ângelo poderia esperar um pouco mais.

Mesmo com a cabeça cheia e com um trânsito lotado, consegui chegar ao local. Eu bati na porta ansiosamente, toquei a campainha.

Uma mulher de cabelos ruivos e olhos azuis-esverdeados atendeu.

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⏰ Última atualização: Sep 21 ⏰

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