3- Festa

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Era sexta-feira, porém dessa vez foi diferente, acordei com uma felicidade e uma sensação boa.

Chequei minhas mensagens e vi uma mensagem de uma antiga amiga minha, me convidando para ir à uma festa não muito longe dali.

-Oi, sumida!

-Ah olha quem fala! E aí, qual a boa amiga??

-Vai ter uma festinha aqui, quer vir?

-hm.. não sei, depois eu lhe respondo! Que horas é?

-Vai começar as 19:00 e pretendemos encerrar às 2.

-DA MANHÃ?!!

-Sim, loka! Não lembra da sua fase festeira não?

-Nem me lembre disso... Mais tarde estou aí, só não garanto que vou ficar até o final!

-Beijos, te vejo logo!

Encerramos a conversa e então desci para o café, me deparei com Simon sentado à mesa, o que me fez apertar meus passos e chamar ele para conversar:

Puxei ele pelo braço para fora de casa discretamente por conta de Ângelo.

-O que você está fazendo aqui?
Será que não ficou claro que você não é bem-vindo aqui?

-Merda! Me escuta! Eu vim ver nosso filho.

-Não xinga dentro da minha casa! e outra coisa, nós temos guarda compartilhada, você pode até dizer que ele é nosso filho e tem direito sobre ele, o que não é mentira mas não dentro da minha casa enquanto é minha semana de ficar com ele. Não volte aqui novamente à não ser para pegar ele.

-Mas..

-Merda, vai logo!
Disse irritada, respirei fundo e antes de puxar a maçaneta para entrar, pensei em uma desculpa para explicar a Ângelo.

-Oi filho! Seu pai teve que ir mais cedo por causa do trabalho..

-Tudo bem, mamãe! Senta comigo!
Ouvi suas mãos em formato de concha baterem no estofado da cadeira de couro trazendo um leve som que ecoou pelo ambiente.

-Filho, precisamos conversar!

-Agora? Eu estou tomando café..

-Termine seu café querido, estou te esperando lá em cima.
Acariciei seus fios louros e subi.

Vi ele subir desengonçado a escada, me fazendo soltar um leve sorriso.

Cheguei ao quarto e comecei a conversar.

-Como você se sente, mamãe?!

-Ângelo...
Senti lágrimas escorrerem.

-Não, não chore!
Senti seus dedos finos invadirem meus olhos com delicadeza na tentativa de enxugar minhas lágrimas.

-Eu quero te pedir desculpas... Eu tenho sido tão ausente, sabe? Eu não queria que nada fosse assim, eu terminei com seu pai por que o amor que tinha em nós morreu, não servíamos mais para ser um casal, sei que é muito novo para entender isso, mas tente me entender... Estou tentando ser uma mãe melhor e não ausente... Também tenho muito medo de não conseguir ser uma mãe boa para você e eu me sinto confusa, todos esses medos tomam conta da minha mente pois eu te amo, filho.. acho que um dia você vai me entender!

𝚂𝚑𝚎 𝙳𝚒𝚍Onde histórias criam vida. Descubra agora