[14]

903 145 68
                                    

Boa noite! Aproveitem a leitura, muito obrigada pelos comentários anteriores. Um beijo.

EU SEI QUE SOU CULPADA DE MINHA SORTE.

Todo mundo tende a dizer que a vida é muitas vezes para muitas pessoas uma loucura, e não estão errados, alguns usam dessa loucura para se erguer outras para se afundar no mais profundo vazio, tal qual terra arrasada. Escolhas tem peso e ações tem consequências.

O carro de Luiza foi pego por uma Frontier 4x4, o Pajero dela rodou pista afora e só parou no canteiro alguns metros depois. Os curiosos logo chamaram o atendimento de emergência, os paramédicos chegaram e logo a retiraram do veículo, Luiza estava consciente apesar de estar muito assustada. Reclamava de uma dor forte do pescoço e braço direito. A colocaram na maca e na ambulância, como era de praxe o levaram para o hospital mais próximo, nesse caso Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Os enfermeiros a levaram para a sala de trauma e uma recepcionista passou os documentos dela para a assistente social fazer contato com a família. No celular, viram a última ligação feita para Valen a assistente pensou que seria sua parente e logo discou o número da dona dos olhos verdes.

— Boa tarde senhora, eu preciso falar com algum parente de Luiza Campos. — a moça pediu quando a arquiteta atendeu.

— Eu sou a mãe do filho dela, o que houve? — ela sabia, tinha acontecido alguma coisa.

— Ela sofreu um pequeno acidente e está aqui no hospital municipal. Preciso que a senhora ou qualquer outra pessoa da família venha pra cá, o mais rápido possível.

— Meu Deus, eu tinha certeza. — suspirou pra controlar o choro que lhe invadia. — tudo bem! Eu vou pegar a mãe dele e vamos para ai. Obrigada. — desligou.

— Aconteceu alguma coisa? — Mariana perguntou vendo o desespero da mulher à sua frente.

— Luiza sofreu um acidente. — Falou e logo recebeu o abraço da moça. — eu preciso ir pra lá!

— Quer que eu te leve? — perguntou vendo Valentina arrumar suas coisas apressada.

— Não, eu vou com a Sônia. Obrigada! Eu te dou notícias. — pegou Leonardo que dormia no sofá da sala de Mariana e foi em direção à saída do escritório.

Passou na casa de Sônia, que por sorte havia acabado de chegar. A contou o que havia acontecido desde o começo, a senhora entrou em desespero e Augusto mais calmo, se ofereceu para levá-las. Valentina então pediu que sua ex-cunhada ficasse com Leonardo e que avisasse Milena. Carolina prontamente pegou o sobrinho no colo e disse que avisaria a nova cunhada, por mais que fosse contra esse namoro.

Os três chegaram ao hospital e se identificaram como parentes de Luiza. A recepcionista os orientou a esperar até que o médico viesse dar seu parecer. Enquanto isso, Augusto foi tratar da transferência da filha, caso fosse necessário já estaria tudo adiantado.

— Parentes de Luiza Campos? — um rapaz que deveria ter uns 30 anos, chegou até elas.

— Sim. Eu sou a mãe, como está a minha filha, doutor? — Sônia levantou exasperada, tentava não atropelar as palavras pelo nervosismo, a senhora chorava. Valentina se mantinha quieta, em um choro culpado sentido.

— Fique calma senhora, venha vamos conversar lá dentro. — Nessa hora Valentina se levantou e em desespero.

— Por favor, me deixe ir também. Eu... Eu preciso ver ela, quero saber se ela está bem.

— Infelizmente só uma pessoa pode entrar, senhora. — o médico disse pesaroso.

— Valen, eu vou e depois venho pra você entrar. Fique aqui, e se acalme, por favor. — Sônia pediu e a abraçou.

Inconstante.Onde histórias criam vida. Descubra agora