Billie
-- como... Como sabia exatamente o que fazer?-- pergunto pigarreando e me afastando um pouco mais, enquanto ela recolhe os produtos, os depositando na mesa de cabeceira.
-- eu tenho uma prima, e ela tem tourette... Eu convivi com ela desde que me emtendo por gente... Ela era muito ansiosa e tinha muitas crises, eu tentava acalma-la e ajudar ela a lidar com isso... Eu não sabia bem o que fazer, sabia apenas que você precisava se acalmar -- ela responde calmamente
Ouvir a explicação de S/n sobre sua experiência com sua prima me deixa sem palavras, impressionada com sua compaixão e empatia. É incrível como ela conseguiu aplicar essa experiência em uma situação tão delicada como a minha.
-- Eu... eu não tinha ideia. -- Murmuro, ainda processando suas palavras. -- Você é incrível, S/n. Obrigada por me ajudar, mesmo sem precisar.
Ela sorri suavemente, um brilho de ternura em seus olhos.
-- Não precisa agradecer, Billie. Estou aqui para você, sempre que precisar... A gente pode ate brigar como cão e gato, mas me importo
Sinto-me profundamente grata por ter alguém como S/n ao meu lado, alguém que entende e se importa, alguém que está disposto a estar lá nos momentos difíceis. Com um suspiro de alívio, permito-me relaxar um pouco mais, sabendo que tenho apoio e compreensão sempre que precisar.
-- vamos dormir agora? Estou cansada... Meu dia foi um pouco... Frustrante -- ela diz em um suspiro, se aproximando para deitar ao meu lado da cama. Eu ainda não me acostumei com o fato de termos que dividir esse espaço...
Assinto, compreendendo perfeitamente a sensação de desconforto ao compartilhar o espaço íntimo do quarto com S/n. Apesar de estarmos apenas fingindo ser um casal, a proximidade física ainda é algo novo e estranho para ambos.
-- Claro, podemos dormir. -- Respondo, tentando mascarar minha própria hesitação. -- Espero que amanhã seja um dia melhor para você.
S/n sorri levemente, parecendo apreciar minha compreensão. Juntas, nos acomodamos na cama, cada uma em seu próprio espaço, mas ainda assim compartilhando a mesma atmosfera íntima. Apesar das circunstâncias estranhas e às vezes desconfortáveis, há um certo conforto em ter alguém ao meu lado, mesmo que seja apenas temporário.
Com um último suspiro, permito-me ceder ao cansaço, deixando-me levar pelo sono que começa a envolver meu corpo. Enquanto me afundo nas profundezas do sono, uma sensação de calma e serenidade começa a se espalhar por mim, sabendo que, mesmo nos momentos mais difíceis, nunca estou sozinha.
(...)
Observo S/n dormindo tranquilamente ao meu lado, sua respiração suave e regular indicando um sono profundo. Uma sensação de calma e paz me envolve ao vê-la tão serena, e por um momento, esqueço as tensões e preocupações que nos cercam.
É estranho notar sua ausência de planos para o sábado, especialmente considerando sua rotina habitual de sair com amigos. Será que algo aconteceu para mudar seus planos, ou ela simplesmente decidiu ficar em casa desta vez?
Decido não perturbá-la e levanto-me silenciosamente da cama, tentando não fazer barulho para não acordá-la. Com cuidado, saio do quarto e dirijo-me à cozinha para preparar o café da manhã, ponderando sobre o que fazer durante o dia sem as obrigações da faculdade.
Enquanto preparo o café, minha mente vagueia, pensando sobre os próximos passos a tomar. Talvez seja uma boa oportunidade para passar algum tempo estudando ou praticando guitarra, aproveitando o tempo livre para me concentrar em meus interesses pessoais.
À medida que o aroma tentador do café recém-feito enche a cozinha, sinto-me grata por este momento de tranquilidade e serenidade, mesmo que seja apenas temporário. E, enquanto aguardo o despertar de S/n, estou determinada a aproveitar ao máximo este dia de descanso e relaxamento, sabendo que, aconteça o que acontecer, estou preparada para enfrentar o que vier pela frente.
S/n vem para a cozinha minutos depois, ela pega uma xicara e se serve de um pouco de café.
-- bom dia... Esta melhor?-- ela pergunta e bebe um pouco do líquido em sua xícara
-- bom dia. Estou sim, obrigada por ontem -- respondo e ela sorri de lado -- você viu meu celular? Perdi ele aqui em casa ontem... E eu preciso dele para ver o grupo da faculdade
-- usa o meu para ligar, esta ali -- ela aponta para o celular sobre o balcão, rapidamente eu vou ate lá. Eu ligo a tela
-- põe a senha -- peço estendendo o celular para ela. Eu posso ver ela digitando 18-12-01 -- sua senha é minha data de nascimento? Isso é bem psicopata da sua parte
-- são so numero aleatórios, Billie... Não tem nada a ver com você -- responde e eu lhe encaro desconfiada
-- ninguem coloca numeros aleatórios como senha do próprio celular -- constato abrindo os contatos e procurando por meu numero
Enquanto examino os contatos no celular de S/n, percebo que meu número não está listado entre eles. Uma sensação estranha de desconforto começa a se instalar em mim, enquanto tento processar o que isso poderia significar.
-- Meu número não está aqui... -- Murmuro, minha voz soando incerta.
-- Esta salvo como "Garotinha irritante" -- ela diz de forma provocativa. Porém, ao pesquisar, realmente aparece neu numero
A revelação de que meu número está salvo como "Garotinha irritante" no celular de S/n me deixa momentaneamente sem palavras. Sinto uma mistura de surpresa, desconforto e até mesmo uma pitada de humor diante da descrição.
-- Ah, sério? -- Respondo, tentando disfarçar minha surpresa com uma risada nervosa. -- Bom, pelo menos você não esconde suas opiniões sobre mim.
S/n ri, uma expressão travessa dançando em seus olhos enquanto ela me encara.
-- Você sabe que é tudo brincadeira, Billie. Você é minha garotinha irritante favorita.
Apesar do desconforto inicial, não consigo evitar um sorriso diante de sua resposta, apreciando o tom leve e descontraído da nossa interação. Talvez seja melhor não levar as coisas tão a sério, afinal, às vezes é bom não levar a vida tão a ferro e fogo.
Com um suspiro de alívio, decido deixar de lado minhas preocupações por enquanto, optando por aproveitar o momento de descontração ao lado de S/n. Afinal, mesmo que nossas brincadeiras possam ser um pouco ásperas às vezes, sei que é tudo parte da dinâmica peculiar de nossa amizade
VOCÊ ESTÁ LENDO
Roommate Ruse (Billie/You)
FanfictionNo agitado apartamento universitário compartilhado por Billie e S/n, duas colegas de quarto que mal se suportam, a chegada inesperada do irmão de Billie, Finneas, promete tumultuar ainda mais as coisas. Quando uma pequena mentira de Billie se transf...