Roommate Ruse (Billie/You)

9

Billie

O silêncio entre nós enquanto subimos para o apartamento é quase ensurdecedor, carregado de tensão e desconforto. Ao entrarmos no apartamento, sinto um peso em meus ombros, sabendo que preciso abordar a situação entre nós.

Respiro fundo, tentando reunir coragem para enfrentar a conversa que se faz tão necessária. Dirijo-me a S/n com sinceridade e vulnerabilidade.

-- S/n, eu sei que as coisas entre nós têm sido estranhas ultimamente, e eu quero tentar resolver isso. Eu agi impulsivamente e de forma infantil, e por isso peço desculpas. Não foi justo trancar você para fora do apartamento. Posso imaginar como isso foi difícil para você, e não deveria ter feito isso. -- Falo, minha voz carregada de arrependimento.

S/n permanece em silêncio, observando-me com uma expressão difícil de ler. Sinto-me nervosa, esperando sua reação.

-- E-Eu... Gosto de você -- adimito

-- E me trancou para fora do apartamento -- ela pontua

-- Foi um ato que agora não concordo nem um pouquinho... Você me irrita, ok? Você é a única pessoa existente, capaz de tirar minha paciência... Só que também é a única pessoa existente, capaz de fazer eu querer beijar até não existir mais fôlego!-- adimito tentando organizar tudo em meu cérebro -- V-Voce me confunde muito S/n... Horas esta sendo uma tremenda idiota comigo, e horas você simplesmente me ajuda com uma crise de tourette... Horas esta me xingando de todos os nomes possíveis, e horas esta sendo tão atenciosa e carinhosa...

Minhas palavras ressoam no silêncio tenso que se instaurou entre nós, revelando a complexidade de nossos sentimentos e da dinâmica que compartilhamos. S/n absorva cada uma delas, ponderando sobre como responder de forma honesta e sincera.

-- Eu entendo... -- S/n começa, sua voz um pouco hesitante. -- Eu também sinto que há uma confusão dentro de mim em relação a tudo isso. Às vezes, é como se estivéssemos em mundos opostos, e outras vezes, como se estivéssemos tão próximas que não conseguimos nos separar. É uma montanha-russa emocional, e eu não sei exatamente como lidar com isso.

Eu a escuto atentamente, sentindo uma pontada de compreensão diante de sua vulnerabilidade.

-- Quando nos beijamos no sofá, eu tive a certeza de que não conseguiria ficar sem sentir tudo aquilo de novo... Só que... De repente as coisas começaram a ficar tão estranhas, você me dava apenas respostas curtas e vagas, e eu interpretei isso como um claro sinal de que você não queria a minha proximidade -- Ela explica e suspira pesado

S/n desabafa sobre suas emoções, revelando a confusão e a incerteza que tem enfrentado desde o momento em que nos beijamos no sofá. Suas palavras ecoam em meu coração, trazendo à tona um turbilhão de sentimentos e reflexões sobre o que aconteceu entre nós desde então.

-- Eu sinto muito por ter te dado essa impressão... -- Respondo sinceramente, minha voz suave com um toque de arrependimento. -- Eu estava tão perdida em meus próprios pensamentos e emoções que não percebi como minhas ações estavam afetando você. Não foi minha intenção te afastar, S/n. Eu só... Não sabia como lidar com tudo isso.

Enquanto falo, meus olhos encontram os dela, buscando uma conexão genuína e uma compreensão mútua. Estamos navegando por território desconhecido, mas juntas, podemos encontrar o caminho através desse labirinto de emoções.

-- Eu... -- começo, tentando organizar meus pensamentos. -- Eu não quero voltar ao que era antes. Não quero esquecer o que aconteceu no sofá. Foi algo importante para mim, mesmo que tenha sido confuso e assustador.

Tomo uma respiração profunda antes de continuar.

-- Eu quero explorar isso com você. Quero entender o que estamos sentindo e ver onde isso pode nos levar. Sei que não vai ser fácil, e que ainda temos muito a aprender uma sobre a outra, mas... -- Pauso, olhando nos olhos de S/n. -- Mas eu sinto que vale a pena tentar. Se você estiver disposta a dar uma chance, eu estou aqui.