" como todos o bajulam?
ele é tão 𝙚𝙨𝙩𝙪́𝙥𝙞𝙙𝙤. "
Uma clássica história de enemies to lovers, com um pouco de friends to lovers. Ruby e Vinnie nunca passaram que se tornariam tão inseparáveis. História de vidas difíceis, que se tornaram fáce...
O baile é amanhã, a escola vai estar aberta para esvaziar os armários. Hoje de noite vou ir para Chicago, vou passar minhas férias de verão com a minha mãe. Ela vai sair hoje da reabilitação, e como ela foi internada em Chicago vamos ficar por lá mesmo.
Me sentei na minha mesa e comecei a escrever algumas palavras em uma carta, essa carta iria ao armário de Ruby. Não sei quando a vou ver de novo após hoje, nem sei se vou a ver hoje.
Estava pondo todos os meus sentimentos mais verdadeiros nessa carta, espero que ela a leia, e sabia tudo o que eu nunca vou ter coragem de a dizer. Coloquei a carta em um envelope com o meu nome, a coloquei dentro da bolsa que eu levaria para esvaziar meu armário.
Sai com o carro e fui para a escola. Eu estava feliz por nunca mais ir lá, hoje seria o último dia que eu entraria por aqueles corredores, veria aquele povo insuportável, isso era bom. Mas por outro lado triste, quanto tempo eu ficaria sem ver as pessoas que fizeram do meu ensino médio uma das melhores épocas da minha vida.
Entrei na escola e pude ver a faixa de contagem regressiva com só um dia, em um dia tudo acabaria. Fui ao meu armário, o abri e comecei a tirar tudo que tinha alí. Olhei na porta e vi a única gravura que tinha alí, uma polaroid minha e de Ruby.
Tirei a foto dali e fiquei a admirar. Nós dois tínhamos nos tornados inseparáveis, tínhamos um amor que era literalmente eterno. Fui ao armário de Ruby, coloquei a carta pelo vão do armário.
Sai do colégio, fui para casa. Eu queria arrumar minhas coisas. Hoje vou ir para Chicago, mas após as férias de verão não vou voltar, vou direto para Washington. Minha mãe vai sair da clínica hoje, então iríamos juntos ver meu pai. Acho que vai ser estranho, mas eu quero ter uma relação com eles, eu quero ter uma família.
Em casa peguei minhas malas, eram só duas. Peguei um uber indo para o aeroporto, eu iria para Chicago onde meus pais estavam, depois das férias, direto para Washington. Era triste para mim não ter ninguém para me despedir no aeroporto, mas também só meus tios sabiam da minha partida.
[...]
Cheguei onde minha estava as duas horas da tarde, o voo foi rápido. Aquele lugar era tinha uma vibe tão pesada que meu estômago chegava a se embrulhar, entrei lá e fui até onde tinha uma atendente.
━ Vincent... - escuto uma voz de meses atrás.
━ mãe... - digo olhando para o lado e vendo ela de braços abertos.
Fui até ela e a abracei, eu não a via a meses. Ela tem o melhor abraço, afinal abraço de mãe não tem outro igual. Lágrimas de felicidade escorriam em nossos rostos, minha mãe estava finalmente livre.
━ parecem anos, Vincent como eu esperei esse dia. - minha mãe diz passando a mão em meu rosto.
━ mãe, eu vou salvar vidas, sabe a faculdade de medicina que eu te falei? Eu passei mãe. - digo e um sorriso grande aparece no rosto dela.
━ meu filho, queria ter te criado. - ela diz.
━ mãe, não se importe com isso, vem vamos sair, tomar um café. - digo pegando nas mãos de minha mãe.
Chicago tinha cafeteiras a cada esquina, fomos andando em silêncio, mas nossas almas estavam conectadas. Entramos em uma com uma faixada atraente, eu pedi um café e deixei minha mãe escolher o que ela quisesse, depois dali iríamos para o presídio onde meu pai estava.
━ como foi esses últimos meses? - minha mãe me pergunta.
━ foram incríveis, bons para um último ano escolar... acho que conheci a garota da minha vida. - digo pensando em Ruby.
━ espero que ela seja realmente a garota da sua vida, é difícil achar alguém assim tão cedo. - minha mãe diz feliz.
━ ela me completa... - digo.
━ seu pai também me completa, eu ainda o amo como nunca, sinto tanta falta dele, filho você foi fruto de um verdadeiro amor. - minha sempre me entendeu.
Depois do café fomos a penitenciária. Nos teríamos uma visita com meu pai, minha mãe estava muito feliz com isso. Pelo jeito minha mãe ama meu pai, como eu amo Ruby, um amor que não tem barreiras, e que nunca, ninguém poderá sentir o mesmo.
Se onde minha mãe estava tinha uma energia ruim, imagina aqui. Todas as portas e portões eram barulhentos, a única parte silenciosa era a solitária. Entrarmos na sala de visita, eu e minha mãe nos sentamos e ficamos esperando meu pai.
━ Maria! - meu pai diz assim que vê minha mãe.
━ Nate. - minha mãe diz já caindo em lágrimas.
Eles se abraçaram em lágrimas. Acho que nunca vi um abraço tão verdadeiro quanto esse, minha mãe não conseguia conter a emoção. Acho que agora que minha mãe está livre, não vai arrumar nem um outro homem, ela ama meu pai demais para fazer isso.
Fiquei alí respondendo as perguntas do meu pai, e vendo o quão grande era o amor entre meu pai e minha mãe. Eu sorria involuntariamente ao ver os dois.
━ vocês vão ficar por aqui mesmo? - meu pai pergunta mim e minha mãe.
━ sim, os seu irmão comprou um apartamento para nós. - digo, afinal foi o meu tio que arrumou um lugar para mim e minha mãe.
━ venham me visitar sempre. - meu pai diz.
━ querido, nem uma semana eu vou deixar de vir te visitar. - minha mãe diz pegando na mão do meu pai.
As horas iam passando, mas a conversa nunca tinha fim, tínhamos assunto para anos se duvidar. Meu pai em meio a reclamações do lugar onde vive me dava conselhos, minha mãe fazia o mesmo. Eles são um exemplo de amor para mim, mas não de vida, não quero acabar preso e muito menos internado.
Eu sou um milagre, minha mãe era viciada quando me teve, e o pior era que meu pai gerava o vício dela. Ele é o traficante dela, por isso está preso. Não sei porque eles ficaram aqui em Chicago, deve ter sido coisa dos meus tios. Importante é que agora pouco a pouco, tudo vai se ajeitar.
「𝖢𝗈𝗇𝗍𝗂𝗇𝗎𝖺」
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ajudem votando e comentando & Desculpe qualquer erro de português