Aos berros, Fernanda chamou por Lúcia, anunciando noticias sobre um dos filhos. Com fotos dele ao lado de uma moça em um evento, Lúcia se viu choque ao perceber que era ela na imagem. A surpresa quase a fez desabar no chão, enquanto Fernanda continuava falando, tornando mais fácil a busca por ele.
A raiva fervia nos olhos de Lúcia, questionando se ele teria planejado ser flagrado pelos fotógrafos. Era uma mistura de emoções a dominava, aliviada por Fernanda não desconfiar da verdade, evitando uma confusão imediata.
Decidida a confrontar Paulo, Lúcia continuou suas pesquisas e interações no trabalho, ansiosa pelo momento do encontro. No entanto, a incerteza reloteava sobre o local.
Repentinamente, uma colega alertou: "Lúcia, há um homem lá fora procurando por você."
O pânico a dominou, sem hesitar, pegou sua bolsa e saiu correndo. Era Paulo. Em um sussurro trêmulo, questionou por que ele estava ali.
Ele a instruiu a entrar no carro, perguntando para onde ela gostaria de ir.
— O' mais longe possível daqui, respondeu, com urgência.
Paulo fez uma ligação, ordenando o esvaziamento do restaurante, indicando que sua chegada. Com olhos arregalados, ela o encarou, perguntando se ele estava louco.
— Um pouco, respondeu ele, sorrindo.
Ela, uma mulher inteligente, percebeu a personalidade mediana de Paulo, sempre sorridente e aparentemente gentil. No entanto, ela achou difícil acreditar nessa imagem de bom moço que ele transmitia.
Durante a viagem até o restaurante, um silêncio tenso entre eles. Em seus pensamentos, ela estava confusa sobre a situação e o motivo pelo qual ele queria conversar com ela.
Após cerca de 30 minutos de trajeto, eles chegaram a um restaurante com a fachada encantadora. Paulo contornou o carro, abriu a porta e pediu para ela descer, assegurando que ela não correria perigo com ele.
— Como se isso fosse o suficiente, respondeu ela, desconfiada.
Ele segurou seu braço e a conduziu para dentro. Uma surpresa os aguardava logo na entrada do restaurante.
— Vou observar atentamente,pensou ela, preparada para qualquer eventualidade.
Ao serem levados a uma mesa em um ambiente vazio, ele notou a tensão nos olhos dela, enquanto explorava cada canto do local.
— Não tem ninguém aqui, relaxa, tentou acalmá-la.
— Vai direto ao assunto, tenho assuntos importantes de trabalho para tratar, respondeu ela, nervosa
— Você está nervosinha, ele sorriu provocando.
— Pare com esse sorriso cínico, retrucou ela, com raiva.
— Eu preciso da sua ajuda. Preciso que se case comigo. Minha mãe gostou de você e acredito que seja a pessoa perfeita para isso, revelou ele, surpreendendo-a.
Ela levantou da mesa, e disse: você me ajuda com informações da sua família? E ambos sairão ganhando com isso!
— Tenho que pensar sobre isso.
— E por que você precisa se casar? Questionou ela, misturando aflição e raiva em suas palavras.
Ele explicou que não poderia revelar naquele momento, mas enfatizou que realmente precisava da ajuda dela.
Com um sorriso encantador, ela respondeu: Então, pense melhor sobre a minha proposta de compartilhar informações da sua família. O meu trabalho depende disso. Com um brilho travesso nos olhos, ela provocou: afinal, você não quer uma esposa desempregada, não é mesmo? E começou a se afastar em direção à porta, deixando um rastro de magnetismo no ar
Enquanto caminhava, ela podia sentir a intensa troca de olhares entre eles, a eletricidade que pulsava no ar, criando uma atmosfera carregada de tensão e atenção. Mesmo diante da situação delicada, havia uma conexão inexplicável que os unia, despertando sentimentos e desejos até então desconhecidos.
Ele permaneceu sentado, observado-a afastar-se, incapaz de desviar o olhar. A urgência de encontrar uma noiva confiável se misturava com a crescente fascinação que ele sentia por ela, tornando a situação ainda mais complexa e intrigante.
Paulo precisava ponderar se estava disposto a arriscar a exposição de sua família em prol de seus próprios interesse, algo que não estava na parte de seus planos iniciais. No entanto, o tempo não estava a seu favor, e ele se via diante de uma encruzilhada.
— Será que um acordo de convivência não seria uma solução viável? Questionou-se, considerando as possíveis ramificações dessa decisão.
Por outro lado, ele se questionava se ela aceitaria essa proposta aparentemente insana, ciente dos desafios e implicações que poderia surgir desse arranjo inusitado.
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"Verdade oculta"
Mystery / ThrillerPreparem-se para embarcar em uma jornada repleta de mistério, suspense e reviravoltas arrepiantes. Nas páginas deste livro eletrizante, descobriremos que nem tudo é como aparenta ser. Nossos personagens são envolvidos em um intricado enredo de segre...