𝗔 𝗥𝗘𝗔𝗟𝗜𝗗𝗔𝗗𝗘 de Miranda se torna um tremendo pesadelo após acordar dentro de um elevador em movimento que a levaria para um lugar chamado clareira, rodeado de muros gigantescos os separando do labirinto.
𝗔𝗦𝗦𝗨𝗦𝗧𝗔𝗗𝗔, sem ao menos lem...
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Miranda
"Porra Newt, acho que matamos ela". É a primeira coisa que ouço quase inconscientemente.
Faço um grande esforço para abrir os meus olhos que parecem estar com as pálpebras coladas. Posso sentir os braços de Newt ainda ao redor do meu corpo.
Não sei como, mas reconheço que os braços que me rodeiam são do loiro, não sei nem por quanto tempo fiquei desacordada.
— Miranda? — sua voz doce ecoa pelos meus ouvidos — Consegue me ouvir?
Balanço a cabeça em concordância enquanto tento enxergar seu rosto. Estou tonta e desnorteada, como se estivesse com sono.
— Como se sente? — inclino a cabeça e vejo Minho ao nosso lado.
Me desvencilho dos braços de Newt aos poucos, conseguindo me sentar sozinha. Desço o olhar para o local onde fui "picada".
Tinha um pequeno furo um pouco acima dos meus seios, com umas veias levemente roxeadas ao redor, o sangue não escorria mais.
— Bem, eu acho. — inclino a cabeça — O que aconteceu comigo?
— Você foi picada — Newt responde — Por sorte, tinha um frasco com líquido azul no bolso do seu casaco. A única coisa que pensamos em fazer no momento foi injetar o líquido no seu corpo.
Fico sentada, tentando entender toda essa loucura. Não consigo pensar direito, minha cabeça dói demais.
— Mas como isso é possível? — coloco a mão entre os seios — Eu não me lembro de ter visto nenhum verdugo. E até onde eu tinha entendido, eles ficavam dentro do labirinto e só atacavam durante a noite. Estou sentindo essa dor desde cedo, mas imaginava que havia sido pela queda.
Minho e Newt se encaram como se estivessem processando a informação. O garoto de olhos puxados coça a nuca e leva a sua mão para a boca, ainda pensativo.
— Não sabemos como. Nunca aconteceu isso antes. — o loiro diz baixinho bem ao meu lado — Você realmente não se lembra de nada?
— Eu não vi nada, o que é estranho, já que pelo local onde fui picada, seria quase impossível não ter visto um monstro literalmente em cima de mim.
— Quando começou a sentir dor? — Minho se pronuncia
— Assim que o labirinto fechou. Foi quando senti um aperto no peito, também foi quando tive aquelas visões.
