04 | flecha sangrenta

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Capítulo 04.
"Flecha Sangrenta".

"Flecha Sangrenta"

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Miranda

Empurro Minho de cima de mim e me levanto desesperada, pouso uma das minhas mãos nas pedras que acabaram de se fechar, passo um tempo assim, em silêncio, tentando processar tudo o que aconteceu.

Ainda estou incrédula, o pavor parece se apoderar de mim cada vez mais. Minha respiração oscila, as minhas pernas ficam tão pesadas a ponto de não suportar ficar em pé.

Fico agachada, com meus olhos arregalados e minha mente confusa.

Os murmúrios do garoto que está bem atrás de mim ecoam em meus ouvidos, mas estou chocada demais para prestar atenção no que diz.

Coloco as mãos entre meus seios e aperto com força. Queria entrar no labirinto, mas não dessa forma.

Passa-se alguns minutos até recuperar meu fôlego e finalmente me levantar, me viro lentamente para fitar Minho. Ele está sentado, com os olhos fixos no chão, ele está completamente perdido.

Faço um barulho com meu pé ao me mover, chamando sua atenção. Ele ergue o olhar para meu rosto, me observando por um tempo, sem expressão alguma.

Sua testa está levemente cortada, fazendo com que escorra um pouco de sangue pelo seu rosto.

— O que você tá fazendo aqui? — questiono com fraqueza

Não tenho respostas. Minho se esforça para poder se levantar, colocando as mãos na cintura e virando-se de costas. Dá para notar suas veias saltando nos braços, ele está tenso.

— Por que você veio comigo, porra? — pergunto mais uma vez

Estou furiosa, meu sangue queima só por estar perto do rapaz.

Minho nega com a cabeça com rapidez.

— Merda, merda... — ele se pronuncia num tom quase inaudível, ainda de costas para mim

— Minho! — me aproximo do mesmo e coloco a mão no seu braço para fazê-lo olhar para mim

— Eu não sei! — grita ao se desvencilhar do meu toque

O observo incrédula. Ele nota seu tom e coça a garganta um pouco nervoso antes de continuar.

— Eu não sei porque vim, Miranda. — diz um pouco mais calmo, mas ainda irritado — Não enche o saco.

Não encher o saco? Quem ele pensa que é?

Estou tão enraivada que meu corpo treme, meu sangue fica cada vez mais ardente.

Uma risada descontrolada e desesperada se deixa escapar da minha boca. Não sei porquê estou rindo, tudo parece ironia.

Faz dois dias que cheguei num lugar aleatório sem explicação alguma, sem nenhuma mulher, sem me lembrar de nada, fui picada por um suposto monstro nunca visto e agora estou presa no labirinto com o garoto que mais odeio. 

O Olhar da Morte | Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora