11 I HATE ME

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Ao longo da minha jornada, tenho carregado o fardo pesado da autocrítica, alimentando um ciclo interminável de culpa por ser do jeito que sou. Cada pensamento autodepreciativo e cada olhar crítico no espelho parecem ecoar a sensação avassaladora de que nunca serei bom o suficiente.

A autocrítica tornou-se uma sombra persistente, obscurecendo a visão do meu próprio valor e minando a confiança que um dia ousei ter. Cada falha, cada imperfeição, tornou-se um lembrete doloroso do meu suposto fracasso em atender às expectativas, tanto as minhas quanto as dos outros.

A culpa por ser do jeito que sou tem sido uma companheira constante, tecendo-se nas fibras mais íntimas da minha autoimagem e minando a possibilidade de aceitar-me plenamente. A voz interna da autocrítica sussurra incessantemente, apontando falhas e deficiências, como se eu fosse incapaz de escapar do seu julgamento impiedoso.

Culpo-me por não corresponder a padrões inalcançáveis, por não ser tão forte quanto idealizado, por não alcançar os feitos grandiosos que a sociedade tanto valoriza. A sensação de inadequação parece permear cada aspecto da minha existência, deixando marcas dolorosas na minha autoestima e no meu senso de valor próprio.

No entanto, mesmo diante desse peso esmagador da autocrítica, busco encontrar brechas de compaixão e gentileza para comigo mesmo. Reconheço que a culpa por ser do jeito que sou é uma armadilha emocional criada pelas expectativas irreais e pela pressão social.

A jornada da autocompaixão tem sido marcada por momentos de autorreflexão e perdão interno. Tenho buscado desafiar as narrativas autodepreciativas e substituir os julgamentos cruéis por palavras de encorajamento e aceitação. Aos poucos, tenho aprendido a abraçar minha humanidade complexa e a reconhecer o valor intrínseco em ser exatamente quem sou.

ANDERSONNOnde histórias criam vida. Descubra agora