Lexy estava encolhida no sofá da sala de estar, as luzes apagadas, exceto pela suave luz azulada que emanava da televisão. O filme de terror que ela assistia estava na parte mais tensa, com a música de suspense aumentando a expectativa. A tigela de pipoca descansava em seu colo, quase esquecida enquanto seus olhos estavam fixos na tela.
De repente, um grito estridente ecoou pela casa, fazendo Lexy pular. Ela virou-se rapidamente, mas antes que pudesse reagir, Lizzie e Petter apareceram de repente, gritando em uníssono.
— Boo!
A tigela de pipoca voou pelo ar, espalhando-se pelo chão enquanto Lexy soltava um grito de surpresa. Seus olhos arregalados, ela olhou para os dois, que riam descontroladamente.
— Vocês são doidos! — Lexy exclamou, tentando recuperar o fôlego, mas não conseguindo conter um sorriso ao ver a expressão de pura diversão nos rostos de Lizzie e Petter.
— Desculpe, Lexy, não resistimos. — Lizzie disse, ainda rindo. Ela tinha um jeito brincalhão e contagiante que sempre conseguia levantar o ânimo dos outros.
Petter, com sua aparência rebelde e charme cativante, parecia sempre pronto para uma boa brincadeira, com seu cabelo desgrenhado e uma atitude descontraída.
— O que você estava assistindo? — Petter perguntou, pegando um punhado de pipoca do chão e jogando na boca como se nada tivesse acontecido.
— Um filme de terror. E vocês quase me mataram de susto! — Lexy respondeu, ainda tentando acalmar seu coração acelerado.
Lizzie se jogou no sofá ao lado de Lexy, pegando uma almofada para apoiar as costas. — Bem, precisamos te manter alerta, especialmente depois de tudo que aconteceu.
— Verdade. — Petter concordou, sentando-se no braço do sofá. — Aliás, ouvi dizer que vocês tiveram uma noite bem agitada ontem.
Lexy suspirou, as lembranças da noite anterior voltando à tona. — Sim, e agora mais um assassinato... Isso está ficando cada vez mais assustador.
— A gente trouxe o jornal pra você.
Petter entregou a ela um jornal dobrado. Lexy o pegou, ainda respirando fundo, e desdobrou as páginas. Seus olhos se fixaram em uma foto borrada na primeira página. O coração dela disparou quando reconheceu a imagem de um homem usando uma máscara de Ghostface.
— Meu Deus... parece... parece a mesma pessoa da noite em que Sophie desapareceu... — Lexy disse, sua voz tremendo. — Eu... eu não consigo acreditar... ela morreu.
— Nós precisamos resolver isso. — Lexy disse, seus olhos fixos no jornal.
— Sim, mas quem você acha que é o Ghost Face? Ou sei lá como vamos chamar esse monstro — Lizzie perguntou, tentando manter a calma.
— Foi a filha da governanta da casa dos Romanoff. — Petter respondeu, a voz tensa. — A casa da sua família, Lizzie.
Lexy franziu a testa, a suspeita já se formando em sua mente.
— Pode ser o Jacob. — ela sugeriu, o ódio evidente em seu tom de voz. — Ele era o único que não estava lá enquanto todos procuravam a Sophie.
— Jacob? — Lizzie perguntou, surpresa. — Você acha mesmo que ele seria capaz disso?
— Ele sempre foi estranho, e ele tinha uma conexão suspeita com a Sophie. — Lexy continuou, determinada. — Ele estava ausente na noite em que ela desapareceu. Não é coincidência.
Petter balançou a cabeça, pensativo.
— Pode ser. Mas precisamos de provas, Lexy. Não podemos acusar alguém sem evidências. — ele disse, tentando manter a lógica.
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A noite em que tudo mudou
Mystery / ThrillerEm uma noite fatídica, sob o céu estrelado de um acampamento, a jovem Sophia Miller, herdeira de uma das famílias mais poderosas da cidade, é brutalmente assassinada. Seus amigos, envoltos em uma teia de segredos e mentiras, encontram-se no centro d...