𝖢𝗈𝗇𝖼𝗅𝗎𝗂𝖽𝖺 › fluffy
❝Hwang Hyunjin era um anjo que havia fugido do paraíso apenas para poder conhecer o humano que o tinha intrigado desde a primeira vez que o viu. Atualmente, ele estuda no mesmo colégio que Lee Felix e planeja aproveita...
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Hwang Hyunjin.
Tudo que ele queria era confortar seu amado, no momento em que viu aquele sendo traído por seu namorado. Mas não conseguiu, pois por mais que ele tentasse negar, ele gostou da situação.
Se Felix não namorasse, ele teria mais chances com o loiro.
Então tudo que conseguiu foi assistir a cena, completamente paralizado. Em um momento pôde jurar que viu Felix olhando para si, mas não teve muito tempo para dizer nada, pois logo em seguida o de sardas foi embora.
Hyunjin não viu Felix nas aulas da tarde, muito menos no dia seguinte, então a única coisa que restou foi esperar o final de semana passar.
Na segunda-feira, Hyunjin morria de dores no pescoço devido a estar dormindo no sofá de um velho amigo.
Apesar de ter se sentido impotente na semana anterior, tudo que Hwang queria fazer era proteger Lee. Porque mesmo quando Hyunjin estava lá em cima, ele podia sentir que Felix precisava dele, e o que mais doeria seria ver o loiro cair. Por isso estava lá.
Se lembra das vezes em que observava de longe Felix engolindo tudo para si, porque aquele odeia chorar.
Hyunjin sempre se perguntou; "essa dor vale a pena?"
Sempre se perguntou o porquê dos humanos serem tão sentimentais, o porquê deles serem tão frágeis.
Queria continuar fazendo a mesma pergunta, porém, finalmente havia entendido aquela dor. Não sabia se era por estar agora em um corpo humano, ou estar começando a sentir empatia por Felix.
Mas uma coisa era certa;
Ele não aguentava ver seu amado sofrer.
Ele já havia visto Felix daquela forma antes, a diferença é que agora ele pode falar com ele, abraçá-lo, confortá-lo.
Então, no momento em que chegou na escola, procurou por Lee, que estava sentado no canto da sala, usando um suéter azul escuro por cima do uniforme, diferente das cores vivas que Felix usava usualmente.
Se sentou ao seu lado, não somente por querer conversar consigo, mas também porque aquela era a sua mesa.
Pensou em mil maneiras de como iniciar um papo, mas apenas murmurou baixo.
— Felix, eu sinto muito pelo o que ocorreu ontem... — O loiro não respondeu, mas pareceu aceitar suas palavras.— Hey, pode me encontrar no ginásio? Sei que você não deve querer ir lá por causa do que ocorreu ontem, mas por favor venha, é importante.
Lee continuou em silêncio, porém, Hyunjin sabia que Felix iria. Ele é curioso.
Então, ao final das aulas, Hyunjin esperou na arquibancada sentado.
Esperou por tanto tempo que por um tempo pensou que Lee realmente não ia, mas ao longe pôde enxergar os cabelos loiros de Lee, que logo se aproximou e se sentou ao seu lado.
— Oi. — Falou um pouco grosso.
Os dois não disseram uma palavra sequer durante minutos, porém, por algum motivo, Lee se sentia cada vez mais sentimental. Sabia que Hyunjin tinha algo a ver com aquilo, apenas não sabia como.
Por outro lado, Hyunjin não pôde se conter em não usar seus dons para acalmar Felix. Prometeu não usar nenhum de seus dons com humanos, mas as regras do céu não valiam no mundo dos humanos, não é?
Ele já havia fugido de qualquer forma, e faria qualquer coisa para ver seu amado bem.
Nunca havia visto Lúcifer, mas acreditava nas palavras de seu irmão.
E na sua concepção, o diabo nos ombros de Felix parecia tentar deixar ele louco. Estava ficando difícil fazer com que tudo sumisse, então inconscientemente, Hyunjin colocou seus braços em volta de Lee.
O de sardas mal conhecia Hyunjin, mas podia sentir que podia contar com ele.
Felix precisa de alguém que perdoe seus pecados, que não o culpe, e Hyunjin estava ali para quando aquele chamasse, mesmo sem que ele soubesse.
— Anjos não choram, Lee Felix. — Sussurrou em seus ouvidos. — Mas você não é um anjo, você é humano, e humanos precisam chorar.
Não queria ouvir o loiro chorar, então encostou a cabeça dele contra seu peito. Adoraria chorar com ele, mas apesar de estar em um corpo humano, ainda se mantinha anjo, não conseguia chorar mesmo se quisesse.
Então apenas podia salvá-lo, era o que sempre fazia.
Queria fazer coisas a mais.
Além de seu propósito, tocá-lo, não daquela forma, e beijá-lo.
Lhe dá um beijo na testa, pela centésima vez, mesmo que desta ele possa o sentir. E pega sua dor para si.
Anjos não perdem a cabeça, não ficam loucos.
Mas Hyunjin se mantinha um anjo desde que fugiu do paraíso? De fato, ainda possuía seus dons.
Porém, se perguntou isso. Porque em um momento, sentiu algo quente rolar por suas bochechas. Eram lágrimas.
Por isso, apenas talvez, talvez, ele perca sua cabeça tentando salvar Felix.
"Mas eu limparei minhas lágrimas e sorrirei, porque anjos não choram."
