𝟎𝟏 ┊𝐏𝐀𝐒𝐒𝐀𝐃𝐎 𝐃𝐎𝐋𝐎𝐑𝐎𝐒𝐎

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CAPÍTULO UM
PASSADO DOLOROSO

O CORPO DE LEAH ESTAVA imóvel por mais de três horas, seus olhos fixos na janela de seu quarto escuro olhando as gotas de chuva açoitar sem parar a sua janela

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O CORPO DE LEAH ESTAVA imóvel por mais de três horas, seus olhos fixos na janela de seu quarto escuro olhando as gotas de chuva açoitar sem parar a sua janela. Era uma das noites mais frias em Forks e mais uma das quais ela permanência isolada de todos ao seu redor, um novo hábito que estava se estendeu durante semanas, meses e quando ela menos percebeu, havia caído em uma rotina de solidão na qual ela mal conseguia se recuperar.

Ela se perguntou se gostaria de fato se recuperar disso.

A solidão havia se instalado de forma sutil e insidiosa na vida de Leah, inicialmente manifestando-se através da comida. Cada refeição que antes trazia prazer agora se transformava em uma experiência árida e desprovida de sabor, como se cada pedaço mastigado se convertesse em pó. Ela começou a evitar sair de casa, sentindo-se mais confortável e segura no isolamento de seu próprio espaço. Com o passar dos dias, esse isolamento fora se intensificando cada vez mais.

Ela passou a evitar qualquer tipo de interação social, rejeitando visitas e recusando a presença de outras pessoas em sua casa.

Na sua vida.

A mente de Leah trabalhava em um em um esforço desesperado de autoproteção, erguia paredes invisíveis ao seu redor. Cada tijolo era colocado com precisão, cada um representando uma lembrança dolorosa ou uma decepção guardada viva dentro de si.
Essas paredes a isolavam do mundo, criando uma ilusão de segurança, mas ao mesmo tempo, a enclausuravam em um confinamento solitário. À medida que os dias se arrastavam, essas barreiras começavam a desmoronar lentamente, revelando as rachaduras na sua fortaleza mental.

Aos poucos, Leah sentia como se fosse um castelo de cartas, frágil e à beira do colapso. Cada pensamento, cada emoção reprimida, fazia com que mais uma camada dessa proteção ilusória caísse, deixando-a exposta e vulnerável. A verdade de sua dor e sofrimento se tornava inescapável. Era como se as paredes invisíveis que antes a protegiam agora a revelassem, mostrando o quão quebrada e desamparada ela realmente estava.

Espinhos invisíveis eram uma sensação constante e cruel também para si.

Enroscados em torno de suas costelas, eles se apertavam com cada suspiro, transformando o simples ato de respirar em uma tortura. Leah sentia os espinhos cravando-se mais fundo a cada inspiração, como se seu próprio corpo estivesse em conluio com sua mente para infligir dor, para que ela pudesse sentir alguma coisa. Era um aperto invisível que a deixava sem fôlego, com uma sensação de sufocamento que a acompanhava dia e noite.

Que a acompanhava há cada minuto.

Seus pensamentos eram um turbilhão caótico, onde a esperança e o desespero se alternavam em um ciclo interminável. As paredes invisíveis, os espinhos que a sufocavam, eram manifestações de sua batalha contra a escuridão que infiltrava sua alma.

𝐈 𝐍𝐄𝐄𝐃 𝐘𝐎𝐔⌇ 𝑷𝑨𝑼𝑳 𝑳𝑨𝑯𝑶𝑻𝑬Onde histórias criam vida. Descubra agora