𝟎𝟓┊ 𝐀𝐋𝐆𝐎 𝐍𝐎 𝐄𝐒𝐂𝐔𝐑𝐎

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CAPÍTULO CINCO
Algo no escuro

PAUL NÃO SE LEMBRAVA a última vez que sentiu algo tão ruim que seu peito começou a doer, quer dizer, ele se lembrava há semanas atrás quando o seu pai o bateu com tanta força que suas costelas ainda tinham hematomas verdeados que não o deixava esq...

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PAUL NÃO SE LEMBRAVA a última vez que sentiu algo tão ruim que seu peito começou a doer, quer dizer, ele se lembrava há semanas atrás quando o seu pai o bateu com tanta força que suas costelas ainda tinham hematomas verdeados que não o deixava esquecer oque tinha acontecido aquele dia. Em como ele pegará todas as suas coisas, que cabiam exatamente dentro de sua mochila e pediu abrigo para seu chefe. O velho Henry lhe recebeu de braços abertos, o deixando ficar no quartinho de cima cobrando tão pouco pelo aluguel que Paul duvidava que dava para pagar as ferramentas que ele alegou que compraria com o dinheiro.

Mas ver sua mãe, tão abatida como estava nos últimos dias era um lembrete constate que o fazia até mesmo espantar o seu sono. Ele poderia ver claramente o quanto a partida dele a afetou, mesmo que estivesse apenas alguns quilômetros de distância dela, ela não conseguia aceitar que ele não voltaria mais para casa, ele era a única coisa que ainda era capaz de fazê-la sorrir no meio do caos que era sua vida ali dentro.

Nelly sorriu amarelo para o filho quando ele abriu a porta da lanchonete para que ela pudesse entrar e foi para um dos bancos de estofado longe o suficiente dos olhares curiosos das outras pessoas, a mulher se sentou e começou a brincar com a manga do suéter roxo que vestia. Ele pegou o cardápio há sua frente tentando não encontrar os seus olhos levemente vermelhos, qua fazia doer seu coração, no qual ele acreditava ser sem vida.

— Você está com fome, mamãe? — ele perguntou, coçando a cabeça, um gesto que sempre fazia quando estava nervoso.

— Não querido, obrigada. — ela sorriu, olhando ao redor — Um café seria bem vindo.

— Tudo bem. — ele crispou os lábios, procurando Leah com o olhar e apenas encontrando Stuart do outro lado colocando a deliciosa torta de limão na estufa que fez sua boca encher de água.

A esquerda estava Leah, conversando com um casal de velhinhos na qual vinha todas as manhãs tomar café na lanchonete, ele poderia ver claramente a garota gesticulando animadamente com as mãos. A olhando assim de longe, com um pequeno fantasma de sorriso em seu rosto, ele não se lembrava da última vez que a viu sorrindo. Quando fora? Talvez fora quando ela e Sam estavam na casa de Alysson Uley, anunciando os preparativos para o noivado dos dois, meses antes de tudo desmoronar.

Tudo que ele se lembrava hoje dia da garota que ela um dia foi era uma mera lembrança, a Leah gentil e dócil fora substituída por uma fria e oca, que mal via motivo para se levantar.
Nelly olhou para o filho, que estava vidrado em algo há sua frente e virou-se para ver oque era tão interessante que havia tirado sua total atenção, ela molhou os lábios e um pequeno sorriso surgiu neles quando ela se voltou para o mesmo.

— Aquela é a Leah? — ela perguntou, tirando sua atenção dela.

— Hm? Sim, ela voltou a trabalhar aqui há umas semanas atrás.

𝐈 𝐍𝐄𝐄𝐃 𝐘𝐎𝐔⌇ 𝑷𝑨𝑼𝑳 𝑳𝑨𝑯𝑶𝑻𝑬Onde histórias criam vida. Descubra agora