Leah Clewarter parecia ter tudo sob controle: uma família unida, excelentes notas na escola, um emprego que a satisfazia e um relacionamento feliz com Sam, o garoto prodígio da reserva. Porém, o mundo perfeito de Leah desabou quando o mesmo desapare...
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— Por conta da casa.
Leah depositou um pedaço generoso de torta de limão na frente de Paul que estava sentado no balcão da lanchonete naquela tarde fria olhando distraidamente há cerca de cinco minutos o cardápio. Ela tentou não se incomodar com a presença dele, mas sabia exatamente que ele estava fazendo isso para a irritar.
O Lahote parecendo surpreso, levantou a cabeça olhando para a torta antes de soltar o cardápio e voltou sua atenção para ela, juntando as mãos na frente do queixo.
— Isso é um agradecimento?
Ela revirou os olhos, não respondendo e voltando a sua atenção para a pequena tv, onde as notícias de que logo uma tempestade começaria. Leah suspirou, esperando que Seth tivesse visto a mensagem que ela o enviou mais cedo pedindo para buscá-la ou ficaria presa na lanchonete ou arriscaria pegar um atalho antes de chegar completamente ensopada. Mas ela sabia que seu irmão jamais a deixaria ir embora na chuva, ele sempre fora muito protetor e nos últimos tempos pareceu piorar ainda mais.
— Bem, é uma bela forma de começar. — Paul murmurou novamente quando não teve resposta de sua parte.
Ela ergueu as sobrancelhas.
— Desculpe?
— Foi oque você ouviu, essa é uma boa forma de começar a me agradecer.
Leah sentiu a raiva começar a espalhar sobre o seu corpo e agradeceu baixinho por ter apenas duas pessoas conversando distraidamente em um canto reservado e não ouvir quando ela espalmou a mão com força sobre o balcão de madeira fazendo o recipiente quase vazio remexer.
— Vamos deixar uma coisa bastante claro aqui. Em primeiro lugar, eu não sou nenhuma donzela em perigo que precisa ser salva. — ela começou, apontando o dedo em riste — Em segundo, eu não pedi a sua ajuda!
— Você não precisou Clearwater, estava claro que você estava pedindo socorro como um cachorro assustado com medo de sua prima e seu ex-noivo.
— Eu não estava com medo de nada! — ela rosnou.
— É mesmo? Qualquer um que tivesse visto oque eu vi naquele momento diria ao contrário.
Leah estala a língua, negando com a cabeça.
— Você é inacreditável, Lahote.
Ele sorriu de lado, levando a xícara de café até os lábios.
— Me dizem isso direto, sabia?
— Claro, as garotas sem cérebro na qual você leva para cama não tem QI o suficiente para ver o quão idiota você é.
— Você diz isso porque ainda não dormiu comigo.
Leah abriu a boca e fechou, antes de soltar uma risada baixinho que fez Paul apertar os punhos, ele parecia um tanto irritado e ansioso pela resposta dela.
