VI- Espelho.

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Percy.

Os olhos de Annabeth encontram os dele pelo reflexo e o soldado tem certeza de que perdeu completamente a cabeça.

Aquela princesa seria a sua ruína.

— Talvez eu precise que você desamarre o meu espartilho. — responde sua pergunta anterior, fazendo com que todo o ar suma dos pulmões de Percy abruptamente.

— Claro. — diz num tom baixo e rouco. Está tão abalado que mal consegue raciocinar.

No fundo de seu íntimo, ele sabia que aquilo não tinha futuro. Ele poderia acabar morto, mas agora sabia que preferia isso a ter que assistir a loira casar com outro homem. Percy não suportaria.

Ele queria ser o primeiro e único dela.

Annabeth havia obtido sucesso em sua tarefa de desmanchar a trança e o soldado precisou jogar seu longo cabelo por sobre os ombros dela para ter acesso aos botões do vestido. A sensação de dèja vu foi imediata conforme desabotoava cada um deles, evitando olhar para frente e encontrar o reflexo de seus olhos cinza, que agora deveriam estar quase completamente escuros. Percy podia ouvir sua respiração pesada no silêncio. Assim que abriu o último botão, deslizou lentamente as mangas do vestido para baixo. O tecido escorregou com facilidade, caindo amontoado aos pés dela.

Com as mãos trêmulas, ele foi ao espartilho.

Nunca estivera tão nervoso na presença de uma mulher antes, mas Annabeth, por algum motivo, era diferente das outras. Não só porque ela era uma princesa, mas porque tudo nela deixava o soldado louco de desejo. A desejava tão profundamente que a dor chegava a ser física, e não poder fazer todas as coisas que imaginava fazer com ela o corroía por dentro.

Quando a peça de roupa se junta ao vestido no chão, ela não faz nenhum esforço para se cobrir, assim como os olhos de Percy finalmente se voltam para o espelho em sua frente.

Ele quase solta um palavrão com a imagem que tem de seus belos seios. Não grandes demais, apenas do tamanho certo. Caberiam na palma de sua mão e o soldado resiste ao impulso imediato de estender as mãos para segurá-los. Ele precisa. Ele precisa desesperadamente.

— Você é tão pequena... — sussurra, o tom de voz quase sumindo de tão rouco quando coloca as mãos em sua cintura. Então dá um passo à frente, encostando os lábios em seu ombro nu e distribuindo beijos até a base do pescoço. — Tenho medo de quebrar você.

— Você não vai me quebrar. — quase não escuta a voz de Annabeth.

Percy ergue o rosto para ver os olhos dela. Eles brilham nas luzes tremeluzentes das velas.

— Como você tem certeza? — pergunta.

— Eu confio em você.

Sua resposta simples é suficiente para que o soldado se desmanche por completo, desistindo de vez de resistir. Ele já estava no buraco. Estava desde que tomara a decisão estúpida de beijá-la naquela biblioteca.

Então permitiu que uma de suas mãos escorregasse da cintura dela, para baixo, o dedo indicador percorrendo a borda do único tecido que cobria a parte inferior de seu corpo. As costas de Annabeth estavam pressionadas contra seu peito e o soldado aproximou a boca de seu ouvido, pronunciando as seguintes palavras:

— Você vai me destruir. — a mão dele desliza mais por sua barriga, adentrando a peça de roupa e descendo lentamente, sem parar. — Sabia disso? — a princesa arfa em resposta no exato momento em que Percy encontrou o que procurava. — O mínimo que eu poderia fazer é retribuir o favor, mas o problema é que sou um cavalheiro. — inicia uma massagem com os dedos naquele ponto úmido e sensível, vendo a boca de Annabeth se abrir pelo canto do olho. — Então vou ser bem cuidadoso com você.

Touch It - (percabeth)Onde histórias criam vida. Descubra agora