Capítulo 6: Não deixei sua mãe saber disso

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—Você vai mandar mensagem para Penny agora mesmo dizendo que vai sim no encontro com ela essa noite. –Mandou Rooster na hora que puseram os pés para dentro do dormitório escuro de Maverick.

Maverick fechou a porta, parecendo nãoouvir o que Rooster dissera, tirando o celular do bolso e ele o deixou no pequeno armário ao lado da porta.

—Não. –Disse com simplicidade, logo em seguida indo em direção à cama macia, jogando-se nela. Rooster cruzou os braços, irritado. Maverick, com os olhos fechados disse com confusão: —Como você pode ser tão teimoso, hein?

Rooster riu com nítido deboche.

—O que? –Perguntou Maverick abrindo os olhos verdes, levantando minimamente a cabeça do travesseiro. —Do que está rindo criança?

—Você, chamando alguém de teimoso. Logo você. –Disse Rooster ironizando. Maverick era a pessoa mais teimosa que Rooster teve o prazer de conhecer em toda sua vida, e se ele era teimoso, a chance disso ser culpa de Maverick era quase de 100%.

—Eu sou teimoso com orgulho. –Anunciou Maverick, sorridente. —Você que não está admitindo sua teimosia.

—E a culpa disso é de quem? –Rooster sentou na ponta da cama, com um sorriso divertido nos lábios finos. O lençol branco estava perfeitamente esticado de ponta a ponta da grande cama.

Maverick riu alto com diversão.

—Certo. –Disse o homem mais velho. —Talvez, apenas talvez eu tenha um pouco de culpa nisso. Mas apenas talvez.

Rooster franziu o cenho, mas depois sorriu.

—Você tem que admitir que foi a figura mais teimosa que ajudou na minha criação. –Disse Rooster, os olhos passavam curiosamente pelo quarto de Maverick. A resposta era óbvio, já que as únicas pessoas realmente envolvidas na criação de Bradley havia sido Carole, sua falecida mãe, e Maverick. Além de Goose antes de falecer em 1986. As famílias de Carole e de Goose não mostraram preocupação alguma com a criação do filho do casal, não tinham interesse em saber com quem Bradley ficaria, já Carole tornara-se mãe solteira de um dia para o outro. Eles apenas se importavam se Carole acharia outro marido, para "ser o exemplo masculino" que Bradley precisava. —Isso não tem como você negar.

Maverick sentou-se na cama, tentando ver para onde Rooster olhava. Para no fim descobrir que o jovem não tinha o olhar fixo em aparentemente nada ali, apenas passeava com o olhar nas coisas de Maverick.

—Só porque, uma vez, te tirei da aula quando estava no ensino médio para tomarmos sorvete depois que eu cheguei de uma missão na América Central, sem que sua queridissima mãe soubesse? –Perguntou Maverick distante, mas havia um sorriso gigante em seu rosto.

Rooster sorriu.

—Isso foi muito irresponsável. –Analisou Rooster, voltando seu olhar divertido para Maverick. —Mas admito que é uma das minhas melhores memórias.


NOVEMBRO, 22 de 2000.
         Sexta-feira, 13:50 da tarde
         Califórnia, San Francisco
         Escola Mindffull

Bradley tinha acabado de voltar do almoço e estava em mais uma das aulas tediosas de biologia da senhora Sleey. A aula não havia começado fazia nem 30 minutos e metade da sala já dormia profundamente com a cabeça apoiada nos braços, alguns alunos simplesmente tinham desistido e o peso de suas cabeças estavam jogados totalmente para trás, sem apoio algum, alguns com as bocas bem abertas.

—Vamos morrer de tédio aqui. –Sussurrou Sarah. Uma jovem de pele morena, que sentava ao lado de Bradley. —Deveríamos ter matado essa aula, igual Catarina e Marco!

Talk To Me Dad - Rooster & Maverick Onde histórias criam vida. Descubra agora