Capítulo 3: Madrugada junto a Mônica Lee

138 9 6
                                    

A água quente caia sobre o corpo de Rooster, fazendo seu corpo relaxar involuntariamente e imediatamente. Ele era o único no vestiário, todos já tinham voltado para os dormitórios e ele estava finalmente sozinho, aguardou por aquilo praticamente o dia inteiro, desde que pousaram no porta avião. O som da água do chuveiro caindo, o fazia querer sumir dali, queria estar em casa. Poder voltar no tempo, quando sua mãe lhe perguntou se seus amigos fumavam e ele respondendo que sim. O que lhe deixava mais cansado era saber que aquilo nunca mais seria possível. Ele já era um homem crescido, um homem adulto, e sua mãe havia falecido fazia anos, fazia anos que ela tinha ido de encontro ao seu pai.

Desligou o chuveiro, e o silêncio absoluto fazia presença ali, mostrando que ele estava realmente sozinho no vestiário. Enrolado na toalha, Rooster pegou a pilha de roupas separada que ele mesmo havia deixado antes de entrar no banho. Roupa íntima, uma blusa branca, que era pelo menos dois número maiores que o dele, e um sorte preto de pijama.

Com a escova de dentes na boca ele olhou-se no espelho, levemente sujo do vestiário masculino. Observou as olheiras crescendo embaixo dos olhos escuros de Rooster, seu rosto pálido e cansado. Uma pequena gota de água pingou em seu nariz, ele balançou minimamente a cabeça, indo em direção aos armários pequenos do vestiário e guardando suas coisas nele para poder voltar para os dormitórios compartilhados, esse que dividia com Bob desde do primeiro dia.

Do corredor, era possível ver que as luzes dos outros dormitórios já estavam totalmente apagadas, o fazendo ter certeza de que todos já estavam em seus quartos, e em suas camas muito aconchegantes, dormindo após a missão. Talvez preparados, ou não, para voltarem para casa no dia seguinte.

Rooster seguiu até a porta de seu dormitório em passos lentos e muito cansados, imaginava que Bob já deveria estar do lado de dentro, e descansando. Sua mão direita foi em direção à maçaneta gelada, na intenção de entrar em seu dormitório.

—Ainda acordado? –Rooster ouviu a voz de Phoenix dizer do outro lado do corredor com um pequeno copo de vidro com água na mão.

Rooster soltou a maçaneta num pequeno pulo assustado, levando uma das mãos até o peito, a respiração rápida.

—Você quer me matar do coração? –Rooster sussurrou em resposta, alarmado. —Por Deus, Natasha! Quem faz uma coisa dessas?

Phoenix sorriu divertida com a reação exagerada de Rooster. Era sempre muitíssimo divertido assustar o homem, suas reações tendiam a serem grandes e engraçadas.

—Tenha uma boa noite, Bradley. –Disse Phoenix, deixando Rooster sozinho outra vez, seguindo para o próprio dormitório, este que dividia com a única outra mulher da equipe, Halo.

Rooster não respondeu, apenas voltou a sua ação anterior, abrir a porta do dormitório. As luzes estavam completamente apagadas, a não ser pela tela acessa do celular de Bob no canto do quarto. Os dois nada disseram, Rooster apenas seguiu até sua cama, se deitando, assim, sentindo suas costas desmontarem no exato segundo que entraram em contato com o colchão macio. Ele soltou um suspiro baixo, longo e totalmente involuntário. Não se sabe muito bem quando Rooster conseguiu pegar no sono, mas em algum momento da madrugada o sono lhe bateu com um taco de beisebol numa força absurdamente grande.

Rooster acordou sem ar poucas horas depois de conseguir dormir, tinha uma forte dor de cabeça juntamente a dores constantes pelo corpo, além de um frio anormal. O homem levantou lentamente da cama, tentando fazer o mínimo de barulho para não acordar Bob do outro lado do quarto, e o mais importante, manter-se em pé, que estava sendo uma tarefa extremamente difícil naquele momento. Caminhou em passos pequenos até os vestiário, os passos perdidos, tropeçava nos próprios pé. Os corredores estavam incrivelmente frios, na verdade, todos os lugares estavam muito frios, mais do que normalmente eram. No vestiário jogou água gelado em seu rosto, tremeu mais uma vez, seu corpo estava em constante tremor. Deus, por que estava tão frio?

Talk To Me Dad - Rooster & Maverick Onde histórias criam vida. Descubra agora