Capítulo 3 - Sentimentos

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Sun chega ao restaurante pontualmente às 8 horas da manhã

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Sun chega ao restaurante pontualmente às 8 horas da manhã. Ao abrir a porta, ela se depara com Ongsa, que está sentada na mesa mais próxima. Ao vê-la, Ongsa se levanta rapidamente, com uma expressão preocupada e raiva.

- Sun, você viu a notícia que saiu hoje no jornal? - pergunta Ongsa, visivelmente nervosa colocando o celular no rosto da Sun.

- Claro que vi, Ongsa. Você mesma me mandou juntamente com ameaças. - Sun diz rindo. - Sabia que ameaçar uma sócia é crime?

- Você vai ficar brincando uma hora dessa, Sun? Eu estou falando sério aqui. É o meu sonho em jogo! Eu sabia que não deveria ter aceitado sua proposta. Eu sabia que algo ruim iria acontecer. - Ongsa grita e seus olhos começam a marejar, lágrimas começam a cair, o que faz a Sun ir, de modo involuntário, abraçar a mulher a sua frente.

- Não se preocupe, essas coisas acontecem o tempo todo. Nós vamos superar isso juntas. - responde Sun, com um sorriso sereno e ao mesmo tempo preocupado.

- Mas Sun, isso pode prejudicar tanto a mim quanto a você! — insiste Ongsa, a voz tremendo levemente.

Sun, já acostumada com a turbulência da mídia, tenta acalmar Ongsa. Ela se afasta do abraço e coloca uma mão suave no ombro da proprietária do restaurante.

- Confie em mim, Ongsa. Já passei por situações piores e sempre encontro uma maneira de reverter as coisas. Eu vou resolver isso. - Ongsa parece se acalmar um pouco, mas ainda parece preocupada. Sun olha ao redor do restaurante e percebe que está vazio, exceto por elas duas.

- Onde está o Ton? — pergunta Sun, notando a ausência do marido de Ongsa.

- Ele está doente hoje, não pôde vir. - responde Ongsa, com um suspiro. Uma sensação de alegria interna invade Sun. Finalmente, uma oportunidade de estar sozinha com Ongsa. Ela tenta conter o sorriso que quase escapa do seu rosto.

- Bem, o restaurante só abre às 11 horas, certo? - pergunta Sun, tentando esconder a animação na voz.

- Sim, isso mesmo. - confirma Ongsa.

- Que tal se eu ajudar a organizar as coisas por aqui? - sugere Sun, dando um passo mais perto. - Vai ser divertido trabalhar juntas. - Ongsa parece surpresa, mas agradecida.

- Eu adoraria isso, Sun. — diz ela, sorrindo e secando as lágrimas.

[...]

- Onde você aprendeu a cozinhar, Sun? - pergunta Ongsa confusa pela agilidade da empresária no fogão.

- Sei que você pode pensar que por eu ter nascido em uma família rica, eu sou mimada e nunca entrei em uma cozinha. Mas quando eu ia na casa da minha avó, ela sempre queria cozinhar para mim e eu sempre ajudava ela. Era um dos meus momentos favoritos da infância. - Ongsa olha para ela com um olhar afetuoso, mas não comenta mais nada. O silêncio paira pelo ambiente por alguns minutos...

- Sabe, Ongsa, eu admiro muito a sua dedicação ao restaurante. — comenta Sun, com um olhar sugestivo. — É inspirador ver alguém tão apaixonada pelo que faz. Isso foi um dos motivos que escolhi investir no seu restaurante. E é por isso que não me importei com a notícia que saiu. Independente do que achem, esse local será um sucesso em breve... - Sun dá uma pausa, coloca sua mão esquerda no rosto da Ongsa e olha diretamente para os olhos da mulher a sua frente. - E o sucesso vai ser por você ser você, eu apenas irei dar um pequeno empurrão com a minha influência no meio gastronômico.

- Obrigada, Sun. Significa muito ouvir isso de você. - Ongsa cora levemente.

- Eu também tenho muita paixão pelo que faço. - continua Sun, aproximando-se um pouco mais. - Mas acho que hoje, minha paixão é ajudar você. - Ongsa ri, um pouco nervosa, mas também lisonjeada.

- Você é sempre tão gentil, Sun. É estranho, às vezes.

- Só estou sendo honesta. - responde Sun, olhando nos olhos de Ongsa. Ongsa se afasta abruptamente, o que faz a Sun ficar um pouco desapontada, mas entende... Ela é casada, vai ser um caminho longo para tentar conquistar Ongsa.

As duas continuam organizando o restaurante, e a atmosfera vai se tornando cada vez mais leve e íntima. Sun não perde a oportunidade de lançar olhares e sorrisos sugestivos, criando um clima de flerte discreto, mas presente.

- Sabe, Ongsa, - diz Sun, em um momento em que as duas estão mais próximas. - Eu acho que trabalhar ao seu lado poderia se tornar meu novo passatempo favorito.

- Quem sabe, Sun? Talvez possamos fazer isso mais vezes. - Ongsa ri novamente, desta vez mais relaxada.

Sun sorri, satisfeita. O tempo passa rápido enquanto elas trabalham juntas, e Sun sente que aquele foi o começo de algo especial entre elas.

"O que ela faz comigo? Por que me sinto confortável e culpada por estar ao lado da Sun? Por que meu coração aumenta as batidas e meu mundo fica iluminado com ela ao meu lado? Acho que eu fiz uma boa escolha em tê-la ao meu lado." - a Ongsa pensa sozinha enquanto termina de organizar o restaurante com a ajuda da Sun.

O sabor proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora