"Roupa no varal"

24 3 1
                                    

Acordei-me esta manhã
Fome, sede, cansado
Comendo o pão do diabo
Botei-me a faca no prato
Pois tarde tinha acordado e não havia tempo para descansar.

A roupa do varal havia de secar
E com ambas as mãos pude lhe arrancar de pregadores, predadores.
Sujos, onde sujava vossa roupa sem perdão.

Ouvi teus gritos de dor
Lhe causava pavor saber
Que não teria mais roupas que poderiam lhe agasalhar
Tardara de mais.

Somos roupas no varal
Juntos e sobre o vento
Retiradas as mãos sujas e brutais
Roupas, roupas vestidas
usadas, acabadas
Como já havia de ser rasgadas

poesias de um cogumeloOnde histórias criam vida. Descubra agora