Raptadas

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Na pequena cidade do lixo, algumas horas antes do pôr do sol, um andarilho sorridente anda pelas ruas, dando baixas gargalhadas sem motivos aparente. Com sua pele e olhos completamente brancos, seu cabelo ruivo bagunçado e selvagem, que parece desgrenhado e desalinhado, com uma franja irregular, que complementam sua expressão sinistra de sua face maquiada de palhaço, trajado em roupas formais, terno preto de mangas magenta e calças amarela, luvas e gravata branca.
O palhaço caminha alegremente procurando algo para fazer, e ele encontra, ao escutar gritos de insultos por perto, o andarilho corre até o local e se depara com um homem velho enfurecido correndo atrás de um jovem skatista, e essa era deixa do palhaço para ver algo divertido. Seguindo calmamente o jovem por um caminho alternativo um pouco mais longo, ao anoitecer ele chega ao o que parece uma oficina, um tanto cafona a sua visão, ele se aproxima e começa a escutar a conversa, "moedas roubadas?", com esse pensamento em mente ele entende o que está acontecendo. Logo ele começa rir e contorcer seus ossos, de uma forma perturbadora, ele começa a idealizar mais uma piada para si mesmo.

Na manhã seguinte...

Pouco antes do sol nascer, Mika acorda desesperada, ela se mantém sentada e olha ao seu redor, reparando que tudo não passou de um pesadelo ruim. Observando a sala em que estava, Mika repara que ela não foi a primeira a acordar, Sarah já não estava lá. Mika decide se levantar e pegar seus equipamentos com cautela e de forma silenciosa, sem querer ter que dar "bom dia" para seus colegas. Ela vai até a cozinha improvisada que fizeram dentro da oficina e pega uma caixa de leite e bebe direto da caixa enquanto caminha até a entrada e abre porta.O céu estava cinzento e o sol ainda estava baixo. A sua frente, Mika avistou Sarah ajoelhada e com o Faísca em seu ombro, A garota decide conversar com ela, mesmo não tendo tanto apego por Sarah.
-Eae, esquisita... O que você está fazendo, hein? - Sarah apenas olha para trás, notando a caixa de leite que Mika estava tomando.
- Essa caixa de leite não era para Jesh? - Sussurrou, Sarah.
-- Tanto faz! Agora me responda, o que você estava fazendo ai ajoelhada? Perdeu algo afinal? -Após a pergunta de Mika, Sarah suspira fundo e aponta para o chão
-- O Faísca começou a ronda da manhã dele e ele notou uma coisa -Você vê algo no chão, Mika? - Mika franze uma das sobrancelhas, expressando sua dúvida enquanto observava o chão.
--Eu só vejo lixo e barro, cara. Você não acha que esse saco em sua cabeça está prejudicando sua visão? -Sarah, então explica a situação atual.
- O chão está com diversas imperfeições, o que é normal, mas o Faísca reparou que há um padrão na formação da terra e do lixo no chão. -as duas se mantém em um silêncio por um tempo, até Mika perguntar de forma impaciente.
- Tá, e o que isso quer dizer?
-É só uma teoria, mas talvez, alguém esteve aqui, e antes de ir embora apagou seus rastros, tanto que chega a um ponto que não da mais para seguir o padrão que foi deixado. - Com um tom de preocupação em sua voz, Mika pergunta se faísca viu esse invasor, e Sarah responde com seu mais sincero silêncio, expressando que não sabe quem foi o invasor.

Mika então propõem uma ideia a Sarah, de que as duas deveriam fazer uma vistoria aos arredores da mecânica. Sarah no começo ficou reclusa mas Mika sabia exatamente como convencer a mesma. -Sarah vai por mim, temos que fazer isso, O Dashiell já tá com muita coisa na cabeça e isso só estressaria ele.
E com muita dúvida, a garota pensou e enfim declarou com um aceno concordando com a ideia de Mika, logo após as duas se preparam com toda a cautela para pegar seus equipamentos de defesa, nesse caso Mika havia uma foice que em seu cabo havia uma corrente ligando a outra foice, Mika sempre gostou de coisas afiadas e isso nunca foi de se negar, enquanto Sarah tinha uma arma mais "normal" Sarah nunca foi de lutar corpo a corpo mas não quer dizer que a mesma não sabia, ao contrário disso apenas preferia ficar de longe, por isso por sua escolha, a garota sempre usou uma sniper e sempre foi boa assim, ficando longe das brigas porém sempre de olho junto de faísca. Após as duas se aprontarem pegando seus equipamentos elas começam sua caminhada ao arredores do lixão.

CHIFRES DO TORMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora