1; Nós três para sempre.(Pt.1)

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"Contanto que eu tenha você, posso viver como se não houvesse mais nada a perder

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"Contanto que eu tenha você, posso viver como se não houvesse mais nada a perder.
Você cura cada fratura no meu coração, nada nesse mundo poderia nos separar."
–Dove Cameron, As Long I Have You.

09/01/2018, Segunda. - 05:13 AM, Ponto de ônibus.

Nunca fui o tipo de pessoa que acorda com a cara emburrada, pedindo para morrer, ou desejando que o dia anterior voltasse, mas hoje, em específico, eu queria morrer.

Morrer muito. Morrer bem demais. Morrer do tipo morrer mesmo. Morrer bem morrida.

No ano passado, fiz a prova para entrar na CTEA, a melhor escola do meu país, mas não por decisão própria. Minha avó queria muito que eu estudasse em uma escola de grande nome e me tornasse alguém melhor do que os meus pais. Fiz por ela. Minha velhinha merece ter um lugar bonito e confortável para descansar e se eu dependesse dos ensinos das escolas publicas de Morgan City, eu não conseguiria pagar se quer o seu caixão.

Sair de uma escola de concreto para uma escola de ouro, de um dia para o outro, me deixa  preocupada e com a cabeça cheia de pensamentos sobre o que irá acontecer assim que pisar meus pés lá, mesmo que eu tenhas minhas melhores amigas junto comigo.

Mas aqui estou eu, com medo da escola nova e sentada no banco velho do ponto esperando o ônibus chegar.—Bocejo cobrindo minha boca com a mão. Olho para o céu encontrando apenas o sol nascendo aos poucos.—Que lindo...—Sussurro e fecho os olhos para sentir a brisa fria do amanhecer.—Queria poder sentir esse friozinho mais vezes.

—Eu também queria.—Sobressalto no banco abrindo os olhos e colocando a mão no coração.

—Sério, Chiara!?—Pergunto assustada.

Ela ri e vem em minha direção.—O que?—Ela levantou uma sobrancelha—Te peguei desprevenida?—Chiara tira sua mochila das costas e coloca em seu colo se sentando ao meu lado.—Bom dia, pãozinho.—disse animada.

Bufo em irritação.—Você é doida.—afirmo e ela me manda um beijinho.—reviro os olhos.—O que está fazendo aqui?—pergunto direta.—Ontem você disse para mim que ia voltar para a casa dos seus pais.

—Bom...—Ela me olha.—Eu queria ter ficado com eles, mas eles ligaram dizendo que iam viajar de ultima hora e eu não gosto de ficar sozinha em casa.—fez bico.—Então, eu decidi dormir na casa da minha tia Lucena de novo.

—E seu irmão?—Perguntei.

—Você sabe que ele nunca está em casa.—Ela respondeu.

Eu assinto em resposta. Chiara sempre vem para a casa da tia por conta da ausência dos pais. Me pergunto se as vezes ela não se sente sozinha por conta das viagens deles e do irmão presente meio fisicamente e nada psicologicamente.

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