14; Árvore da memória.

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05/02/2017 - Sábado, 09:35 A

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05/02/2017 - Sábado, 09:35 A.M
Feira de Morgan. Rua 15.

Seguro o carrinho de mão com força depois de vovó ter colocado uma grande melancia dentro. Trabalho braçal não é o meu forte, mas são tantos anos vindo nesta feirinha com Vó Mirla que acostumei a sempre pegar esse mesmo peso no carrinho.

—Sobrou dez.—Ela disse contando sua moedas dentro da carteira florida.—Que tal comprarmos algumas sementes?—Perguntou me olhando.—Podemos planta-las hoje.—Terminou.

Assinto com a cabeça em resposta.

Ela abre um pequeno sorriso no seu rosto enrugado.—Qual semente devemos comprar?—Se questionou andando e olhando todas as barracas pela frente.

Acompanho ela com o carrinho de mão cheio de compras. E está cheio, porque ela ganhou nas apostas do dominó e do baralho hoje mais cedo no bar da tia de Chiara.

O que é um tanto questionador, Vó Mirla chegou em casa umas sete horas, então, teoricamente, ela estava fora a um bom tempo e eu não havia percebido.

—Bernardo está de volta!—Ela exclamou apontando para a barraca do senhor sentado num balde.—Bom Dia, Gargamel!—Vó Mirla ri de suas palavras.

Ele ri de volta.—Os anos vão passar e a senhorita irá continuar sendo ousada.—Vovó piscou para ele que negou com a cabeça enquanto ria.—Como vai, Mirla?—Perguntou se levanto e indo até ela com sua mão estendida.

Vó Mirla a segura e ele a olha com ternura.—Vou bem.—Ela diz serena.—Faz um tempinho que não vejo você.—A idosa diz soltando a mão dele gentilmente.

—Sim.—Ele concorda.—A última vez que nos vimos, essa menina ao seu lado tinha piolhos na cabeça e dentes separados como um coelho.—Disse me olhando gentil.

Sorrio envergonhada com suas palavras.—Como está, Tio Bernardo?—Perguntei apoiando o carrinho de mão no chão e indo apertar sua mão.

—Estou bem, criança.—Ele deu dois tapinhas leves nas nossas mãos unidas e as soltou.—Minha viagem durou três longos anos, mas consegui descobrir coisas novas e trazê-las para cá!—Disse orgulhoso de suas conquistas.

—É mesmo?—Vovó perguntou contente por ele.—O que trouxe de Astdor?—Ela perguntava enquanto curiava a bancada amostra.

Astdor é o estado mais rico de Belphegor, é cheio de praias, minas de ouro, paisagens lindas, locais caros e tudo isso que gente apenas os ricos têm.

Todo lugar tem rico, e é justamente essa a diferença. Lá só vive gente milionária, não existe rico, pobre e nem classe média.

Aqui, no estado de Nephilim, temos os bilionários, os milionários, os ricos, os classe média alta, classe média, classe média baixa, os pobres e os acabados.

Variedade é o que não falta aqui, tem de tudo e mais um pouco se permitirem.

Tio Bernardo faz parte da classe média, mas, por algum acaso pessoal, ele ama morar em Morgan. Diferente de mim, que queria me livrar desse beco sem saída de qualquer forma e a qualquer custo.

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⏰ Última atualização: 4 hours ago ⏰

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