Capítulo 8 - A Visita Inesperada

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Quando acordo, a primeira luz da manhã infiltra-se pelas cortinas pesadas do quarto. Abro os olhos lentamente, ainda lutando contra o sono e o cansaço de uma noite mal dormida. A poltrona onde Cath costumava se sentar está vazia. "Ela deve ter ido preparar o café", penso, com um suspiro de alívio por ter algo para esperar.

Levanto-me da cama, o frio do piso de madeira me faz estremecer um pouco. Dirijo-me ao banheiro, removendo lentamente a roupa da noite e jogando-a no chão com um gesto distraído, prometendo a mim mesma que a colocarei no cesto de lavanderia mais tarde. O banho morno na banheira já estava preparado com os aromatizantes que tanto aprecio; a espuma densa e perfumada me envolve, proporcionando um momento de relaxamento precioso. Catherine, com sua dedicação incansável, havia preparado tudo exatamente como eu gostava. Em breve, encontraria uma maneira de retribuir todos esses pequenos gestos que a tornavam tão especial.

Depois de um banho revitalizante, visto um vestido azul-marinho, com um laço volumoso nas costas, e calço minhas botas de salto baixo. A aversão a sapatilhas é uma das poucas certezas que tenho sobre mim mesma. Faço um esforço para arrumar o cabelo de forma apresentável, mantendo a simplicidade que considero adequada. Com um último olhar no espelho, desço as escadas para a mesa do café. A casa está em um silêncio incomum.

Ao chegar à sala de jantar, a mesa está meticulosamente arrumada, como sempre. Pego o bule e sirvo café em minha xícara, notando que Catherine preparou um bolo de mel, uma das minhas favoritas. Olho para o relógio na parede: exatamente às 8 horas. A surpresa me atinge — eu pensei que teria acordado mais tarde, e a casa estava estranhamente silenciosa. De repente, a ausência de ruído é quase palpável.

Como o café e a fatia de bolo enquanto aguardo algum sinal de vida. A sensação de solidão é desconcertante; estou tão acostumada com a presença constante de pessoas que a ausência delas cria um vazio inesperado. Levanto-me e vou para a cozinha com a louça suja, mas encontro o ambiente tão deserto quanto o restante da casa. Uma inquietação começa a se formar — será que houve algum evento na cidade do qual eu não me lembro?

Dirijo-me até a porta que dá acesso ao jardim, segurando a maçaneta com uma leve hesitação. Tomo coragem e a abro, aliviada ao encontrar o jardineiro, um senhor de cabelos grisalhos e boina, cuidando dos arbustos. Sua presença é um alívio bem-vindo.

— Com licença. — Aceno para ele, e ele me olha através de seus óculos de fundo de garrafa, que quase me fazem sorrir. — Você sabe para onde foram todos?

— Ah, sim! A madame Lewis pediu que as empregadas e alguns funcionários a acompanhassem até a casa de uma amiga, para ajudar na organização de um evento semanal entre as senhoras.

— Mesmo? Muito obrigada! — Sorrio, sentindo um agradecimento genuíno por sua ajuda.

— Imagina, senhorita. — Ele volta ao seu trabalho com a tesoura de poda, a suavidade em seus movimentos é tranquilizadora.

Volto para dentro da casa, agora mais calma e ciente das circunstâncias. Olho ao redor da sala de estar, onde a tranquilidade reina, contrastando com a agitação que esperava. Sem compromissos importantes para o dia, além dos planos com Cath, sinto que o dia se abre para novas possibilidades. Embora a ausência de mamãe e suas amigas seja um alívio, também representa uma oportunidade de explorar a casa com uma liberdade inesperada. Espero que Cath consiga retornar cedo para que possamos seguir com nossos planos.

Ao empurrar a porta da sala de estar, meus olhos se deparam com Gustav deitado no sofá. Ele parece estar adormecido. A visão dele é inesperada e desconcertante; talvez ele tenha decidido me visitar sem aviso prévio, uma surpresa que me deixa inquieta. Aproximo-me do sofá com cautela, tentando não perturbá-lo. Quando me inclino para observá-lo de perto, ele parece um anjo em um sono tranquilo. Pergunto-me se ele esperou por tanto tempo que acabou pegando no sono.

Enquanto o observo, ele acorda. Seus olhos encontram os meus e um sorriso amplo se forma em seu rosto, me fazendo corar. De repente, minha proximidade com ele se torna constrangedora. Dou um passo para trás, tentando recuperar a compostura.

— M-me desculpe! Não era minha intenção acordá-lo. — Minhas palavras saem apressadas, e minhas mãos gesticulam freneticamente, tentando justificar meu comportamento.

Gustav estende o braço e segura meu pulso, puxando-me gentilmente para mais perto dele. A proximidade é eletricamente desconfortável, e meu rosto esquenta instantaneamente. Ele mantém o sorriso bobo enquanto olha para mim, o que só aumenta minha embaraço.

Ficamos assim por alguns segundos, imóveis. Seus olhos percorrem meu rosto e, com uma leve risada, ele solta uma frase que me deixa sem palavras.

— Você fica tão terna quando está envergonhada.

Meu corpo estremece. De repente, sinto que minha tentativa de evitar a situação havia sido em vão. A presença de Cath seria uma salvação bem-vinda neste momento embaraçoso.

— Não seja tolo! — digo, tentando esconder meu desconforto e minha frustração com a situação.

Olho em volta, desejando que minha amiga estivesse aqui para me resgatar desse momento constrangedor. O dia prometia ser interessante, mas não da maneira que eu havia imaginado.

《 ••• 》

NOTA DA AUTORA

Hello guys!!

Como vocês tem passado?

Bom, aqui lhes entrego o capítulo 8, assim como fora prometido!!
Hihihi 👉👈💫
Perdoe-me a demora, levei um tempo revisando tudinho. Espero que gostem! 💘

°°°

☆ Será que nossa querida Catherine irá aparecer para ajudar a Ally? 🤡

☆ Por que será que Gustav anda tão atacante? 😳😏

Quem sabe descobriremos no próximo capítulo 😉💅.

Bye bye!!

《 ••• 》

Chapeuzinho Vermelho e um Lobo não tão MAUOnde histórias criam vida. Descubra agora