Art Deco

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A mansão estava cheia, alguns tomando champanhe, outros whisky e os mais corajosos no bom e velho conhaque enquanto esperávamos a queima dos fogos de artifício naquele quatro de julho de mil novecentos e vinte dois. Me encontrava sentada em uma das mesas mais afastadas do salão, na tentativa de não atrair os olhares, apesar de meu vestido em tom prata brilhar como nunca e minhas joias reluzirem por minha pele negra.

Olhei para o relógio, não muito distante de minha mesa, vendo o horário de oito e vinte cinco, fazendo com que eu me levantasse da cadeira e pegasse a taça de champanhe sobre a mesa, enquanto atravessava o salão rumo a escadaria que levava ao segundo andar. Subi as escadas sem pressa, sentindo o tecido do vestido balançar de encontro ao meu corpo, e, principalmente, os olhares em minhas costas desnudadas pelo decote traseiro do vestido. Segui em direção a biblioteca e abri a porta lentamente, vendo Sebastian parado na penumbra e seu rosto iluminado pela mínima luz da lua que invadia o cômodo para janela cujas cortinas estavam abertas.

— Você está atrasada, Íris. — Disse o homem de pele clara e cabelos ondulados, completamente penteados em um belo topete que dava um charme especial ao seu rosto.

— Achei que aproveitar um pouco da festa não faria mal a ninguém. — Dei de ombros após fechar a porta e me aproximei da poltrona ao centro do cômodo, onde deixei minha taça sobre a pequena mesinha logo ao lado, apoiando meus cotovelos sobre o móvel e deixando meu corpo minimamente inclinado para frente, dando uma bela visão de meu decote.

Pude sentir seu olhar passear pelo vale de meus seios e retornar para meu rosto, enquanto ele se encaminhava até mim e se posicionava logo atrás de meu corpo, suas mãos espalmadas em meus quadris. Um sorriso travesso passeou pelos meus lábios, mesmo que Sebastian não pudesse vê-los, ao mesmo tempo que suas mãos iam deslizando lentamente para a parte frontal de meu corpo e me puxando para mais próximo dele.

Ergui meu tronco, colando nossos corpos, e pude sentir sua respiração quente de encontro ao meu rosto assim como em seu hálito o aroma amadeirado do whisky que ele vinha tomando durante a noite, e virei meu rosto para o lado podendo olhá-lo minimamente, mas principalmente ter o contato com seus lábios ao roçar minha boca de encontro a dele. Pude sentir suas mãos pressionarem os dedos em meus quadris mantendo o firme de encontro ao seu e sentir seu pau já duro em minha bunda empinada.

Não demorou para que Sebastian me virasse bruscamente de frente para ele e atacasse meus lábios, dando início a um beijo lento e cheio de desejo, sua língua passeava pela minha boca assim como suas mãos passeavam pelas curvas de meu corpo. Minhas mãos se encaminharam até sua nuca, apertando aquele local com a ponta das unhas ao sentir seus dedos já deslizando pela barra de meu vestido, subindo o mesmo o máximo possível.

Meu vestido já estava na altura de minha cintura e era possível ver a pequena calcinha de renda que cobria minha buceta quando Sebastian me pegou no colo e caminhou em direção a mesa mais ao fundo na biblioteca, me colocando sentada na borda da mesma. Ele se ajoelhou a minha frente e afastou a pequena renda para o lado, enquanto me olhava nos olhos, aproximou os lábios de minha coxa direita e foi distribuindo beijos em direção a minha virilha onde parou por alguns segundos. Depositou um breve beijo sobre os grandes lábios antes de começar a me chupar com afinco e dedicação, intercalando entre as chupadas para mordicar meu clitóris inchado e deslizar sua língua até minha entrada, me instigando cada vez mais.

Apoiei minhas mãos sobre o carvalho da mesa, fechando os meus olhos e deixando meus lábios entre abertos, por onde escapavam gemidos baixos de puro prazer. A medida que Sebastian sugava meu clitóris entre seus lábios, uma onda de deleite invadia meu corpo, como se pudesse atingir às nuvens com o toque de sua língua. Eu desejava cada vez mais dele, disto, agora.

Abri meus olhos rapidamente e levei minhas mãos de encontro a sua nuca, puxando Sebastian para cima e fazendo com que o homem tivesse um sobressalto, mas logo tomei seus lábios em um beijo caloroso onde minha língua ao percorrer sua boca parecia travar uma batalha na qual nenhum de nós dois sairia vencendo. Minhas mãos percorreram seu peitoral, coberto pelo colete, e foram em direção ao cós de sua calça, procurando de forma desesperada uma maneira de abri-la, primeiro desabotoando-a e depois abrindo o zíper, mas logo sua mão veio de encontro a minha para ajudar no processo.

Seus dedos ágeis fizeram o trabalho de abaixar minimamente a calça junto com a cueca e puxar para fora de ambas seu pau já duro, bombeando o mesmo com sua mão direita enquanto a esquerda se voltava em direção às minhas pernas abrindo-as ao máximo e em seguida me puxando pela cintura cuidadosamente para mais perto da borda da mesa.

Analiso suas expressões naquele momento, há luxúria em seu olhar, um desejo ardente por me pertencer, assim como houve das outras vezes, mas nessa também há pressa pelo contato físico e o desejo por mais. Sinto Sebastian deslizar sua glande suavemente por meu clitóris que ainda pulsa por ele e ir descendo lentamente até a entrada de minha buceta, onde ele vai se encaixando enquanto me penetra e me arranca um suspiro de satisfação.

Logo seu pau já está por completo em meu interior quente e apertado e seus movimentos são fundos e fortes contracenando entre lentos, mas sem deixar de me preencher por completo. Completa, é assim que me sinto com ele dentro de mim, como se a parte que faltasse fosse seu pau, sua carne na minha.

Levo minhas mãos de encontro a sua bunda, incentivando com que ele metesse cada vez mais fundo em meu interior, e inclino minha cabeça para o lado, já em completo prazer e deixando que os gemidos ecoassem pela biblioteca. Os fogos de artifício começam a ser queimados do lado de fora e consigo sentir meu ventre formigar pelo ápice, mas também minha buceta envolver o pau de forma saborosa, como se os fogos estivessem em mim.

Minhas unhas apertam a carne de sua bunda enquanto minha buceta envolve cada vez mais o seu pau, demonstrando um orgasmo próximo, e é possível ouvir nossos gemidos em uníssono quando seu pau pulsa dentro de mim, também anunciando seu orgasmo. Só mais algumas estocadas em meu interior e sinto meu ventre tremer, finalmente chegando ao gozo, então vou deslizando minhas mãos pelo corpo de Sebastian até suas costas e trazendo o mesmo para junto de mim antes de beijá-lo de forma tranquila enquanto sinto o mesmo penetrando meu interior por mais alguns segundos e me preenchendo com seu líquido.

Ofegantes, batimentos cardíacos descompassados, satisfeitos. Era tudo que precisávamos no momento, um do outro, mesmo que entre quatro paredes antes de assumir aquele romance proibido. Olhamos ambos para os fogos que ainda queimavam, minha testa apoiada em seu peitoral, e por um momento pude sentir que tudo estava certo.

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