Difteria. Aquela doença trágica que levou muitos a morte em 1994 mas hoje em dia veio a tona. Essa doença me interrompe desde que eu tinha meus 1 ano de idade, febres, mal-estar, tudo isso me acompanhava pelo dia a dia dentro daquele hospital. Desde que me entendo por gente eu visitava minha casa e morava no hospital, pra mim aquilo já virou algo totalmente normal.-não seja teimoso hansol vernon chwe!- seungcheol meu médico nesse momento estava tentando por uma pílula em minha boca, mas eu apenas negava feito uma criança birrenta.
-Vai chwe, tenha piedade do meu trabalho!! Não seja teimoso. -meu arfar fundo mostra minha rendição, abro a boca e vejo ele sorrir sabendo que tinha me vencido e logo põe o remédio em minha boca.
-esses remédios são horríveis, tomo isso a 18 anos e nunca me acostumo, incrível! -tomo um gole da minha bebida sentindo o comprimido descer por minha garganta.
-Sei que não é fácil hansol, mais isso é pro seu bem, não se esqueça disso! -reviro meus olhos sabendo que isso era verdade. Mas simplesmente era algo que eu não gostava de aceitar, eu sabia que pelo resto que tinha da minha vida essa porcaria de tratamento nunca viria ao fim.
Aquela maldita doença era como se fosse minha pior inimiga, ela nunca passava e eu já tinha feito todos os tipos de tratamento, mas literalmente nada ajudava e isso me deixava ainda mais estressado.
-Hoje chegou um paciente com uma doença pulmonar. -olho pra ele meio sem interesse por seu desabafo mas ainda sim fico o olhando esperando mas alguma fala- ele é tão fofinho, tão alegre, mas ainda sim tão triste ter uma doença assim.
-Não vai me dizer que está interessado no paciente seungcheol, já esqueceu o doutor Jeonghan?! -minha fala sai em um tom sarcástico e vejo o olhar dele nada agradável pra cima de mim me repreendendo.
-Deixa de ser idiota hansol, aliás, porque não vai andar um pouco pelo pátio? Tomar um banho de sol pela manhã é algo crucial. -olho pra ele meio desconfiado pois a última coisa que ele me pediria era isso.
-Deixa eu adivinhar, eu posso ir mas só se ficar um metro de distância dos outros não é mesmo? -reviro meus olhos mostrando minhas insatisfação por seu pedido.
Seungcheol usava uma máscara transparente na frente do seu rosto e equipamentos para poder ficar perto e cuidar de mim, eu me sentia um monstro ao lado dele e aquilo realmente me doía, mais a única coisa que eu demonstrava era desinteresse.
-sabe que eu não pediria isso se não fosse necessário, hansol! -reviro meus olhos mas ainda sim concordando com qualquer fala sua pois sabia que seungcheol dentro daquele hospital era oque mais se preocupava comigo.
-Na verdade eu não estou com nem um pouco de vontade de olhar para aqueles doentes estupidos. -meu olhar caí sobre a janela onde era iluminada pelo raio solar do lado de fora.
-Aqui você também é um doente, se esqueceu? -olho pra ele com desaprovação não gostando nada de sua fala e logo vejo ele mesmo se repreender- me perdoe, olha vernon, você precisa começar a ser mais amigável!
-ser amigável? -uma risada minha soprada foi ecoada pela sala- porque ser amigável se a vida não é justa comigo, doutor!
-mesmo que pense que o universo lhe abandonou, você não pode agir assim! -respiro fundo mostrando não estar nada contente com aquela conversa.
-se for pra ficar lhe ouvindo falar sobre empatia eu prefiro mil vezes ir mesmo para o pátio. -retiro meu cobertor me levantando da maca pondo minhas pantufas, pego meu porta soro e caminho para fora da sala já sem paciência.
Por onde eu passavam alguns médicos e pacientes se afastavam, mas eu nem me importava com isso, eu apenas caminhava indo em direção ao pátio torcendo para poder ficar só lá.
Depois de andar mais um pouco chego no pátio onde eu já sentia o gramado em meus pés e a luz do sol em meu rosto, só tinha uma única pessoa ali e era um garoto de bochecheas cheinhas, cabelos loiros e sua aparência era algo adorável. Não me dou muito a chegar perto e me sento em um banco afastado.
-Olá? -enquanto observava as flores ouço uma voz ecoar um pouco próximo a mim, olho e vejo o garoto de bochechas cheinhas que estava sentado no banco ali próximo. Me levanto com rapidez e me afasto o deixando com um semblante confuso.
-Desculpe, mas você precisa ficar mas ou menos um metro de distância! -ele ainda não apreciar ter entendido nada, dava pra ver a inocência em seu olhar o deixando ainda mais adorável- eu tenho difteria, você precisa ficar longe.
-Difteria? A doença que aclamou o mundo na década de 1994? Você realmente tem essa doença terrível? -olho em seus olhos sentindo sua pena oque me deixava meio irritado pois a última coisa que precisava agora, era de pena.
-Sim, tenho desde os meus 1 ano de idade, mas eu já estou acostumado! -tento ser o mais sério possível pois realmente de sua pena ou carinho era tudo que eu menos precisava.
-Você não deveria se acostumar com uma coisa tão terrível como essa. -ele realmente me passava um conforto em suas palavras como ninguém tinha feito em anos comigo a não ser seungcheol.
-Enfim, mas e você? -tendo mudar o assunto pois minha doença já convivia comigo demais para ter que ficar falando dela o tempo todo. Percebo o sorriso do garoto sumindo aos poucos depois da minha pergunta.
-Descobri que tenho uma doença pulmonar, e parece ser algo bem grave! -fico o olhando sem pena alguma em meu olhar mas ainda sim prestando atenção em cada palavra que saía de sua boca.
-Eu espero que melhore, você vai ficar no hospital para o tratamento, né? -ouço ele murmurar um "sim" então logo concordo abaixando a cabeça tentando mostrar empatia, depois de alguns segundos assim o olho novamente- quem irá cuidar de você?
-Será um doutor chamado Yoon Jeonghan, ele parece ser alguém muito adorável. -mesmo no meio da dor ele abre um sorriso amigável sendo iluminado pela luz solar, eu fico o olhando meio sem expressão ainda vendo como se sorria mesmo sabendo de sua doença pulmonar.
-Você parece bem feliz para alguém sabe que vai morrer! -falo meio sem pensar mas logo limpo a garganta quando vejo oque falei, o garoto em minha frente me olhava meio cabisbaixo- me perdoe, eu falei da boca pra fora.
❤️🩹
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𝑨𝒑𝒆𝒔𝒂𝒓 𝒅𝒆 𝒕𝒖𝒅𝒐, 𝒂𝒎𝒐𝒓 ~verkwan
Подростковая литератураDois garotos, um está no hospital a desde que nasceu, o outro descobriu uma doença. Um deles não pode receber contato físico por conta de sua doença transmissível, o outro um garoto fofo e que sempre vê o lado bom da vida. Duas vidas que estão em ri...