1° De cabeca no livro.

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Coloco minhas meias e minha pantufa, e me sento na poltrona confortável que tem no canto do meu quarto.

- Querida, o Jantar está pronto. - Diz minha mãe se apoiando no batente da porta. - Quer que eu traga pra você?

- Ah, não precisa..mas obrigada. - Abro o livro na minha página preferida.

- Vai ler esse livro de novo? - Pergunta minha mãe com os braços cruzados.

- Vou. - Digo e levo meus olhos as letras do livro.

- Bem, venha jantar daqui a pouco então, ou se não, esquente no micro-ondas. - Concordo com a cabeça sem ligar muito, e a ela sai do quarto fechando a porta.

Minha página preferida, a página onde Simon e Daphne finalmente aceitam o fato de se amarem.

- Isso nunca vai acontecer comigo. Tem sorte Daphne!

Nem está tão tarde, mas meus olhos já estão se fechando. Da minha boca sai um bocejo. Começo a coçar os meus olhos e a minha bunda já está cansada de ficar sentada, mas eu não sei porque, eu AMO ler e principalmente nessa poltrona que devia ser confortável.

- Quer saber, pra que lutar contra o sono? Amanhã é sábado..eu posso ler o dia inteiro. E eu só vou descansar os olhos.. - Eu acabo dormindo.

Eu dormi, mas por que sinto que o meu corpo está levitando, e os meus olho parecem estar abertos. No fundo, bem lá no fundo, eu vejo uma luz uma pequena luz que parace ser azul, e parece um céu com nuvens e..alguns pássaros voando. A luz começa a se aproximar rapidamente, tão rápido que eu consigo sentir o calor de jardim. Quanto mais a luz se aproximava, mas meu peito se apertava, meus olhos ficam arregalados e eu pulo, acordando daquela transe, mas...onde eu estou?

-Probre menina, deve ter sido abandona aqui..- Diz um mulher com um vestido lindo e amarelo passando por mim.

- Que horror.. - Uma garota com o braço cruzando no da outra mulher, diz.

- Mamãe, quem é aquela?

- Fica longe filha, deve ser uma mendiga. - Ela e sua filha apertam o passo.

- Mas que porra..? - Me levanto do chão quente. - Onde eu estou..

- Londres. - Me viro.

Uma garota responde me fazendo virar. Ela tem a pele bem clara e os seus cabelos são quase ruivos, ela veste um vestido rosa clarinho.

- Você está em Londres... - Ela afirma o que tinha dito, sorridente.- Você é uma moça muito bonita.

- Obrigada.. - Digo ainda confusa.

- Daphne. - Uma mulher se aproxima dela. - Não converse com ela..

- Por que..?

- É. Por que? Eu não tenho piolho não moça. - Ela parece aterrorizada com o que eu disse. - Eu só quero saber onde eu estou, onde eu realmente estou.

- Vamos Daphne.

- Você é de onde? - Pergunta a garota.

- São Paulo, no Brasil.

- Oh, que legal. - Percebo a mulher tentar puxar o braço da garota para elas se afastarem. - Pode ir a minha casa para conversarmos..

- Daphne, por favor. Vamos.

- Me chamo Daphne Bridgerton.

Minha garganta automaticamente se seca e minha cabaça está totalmente confusa.

- Bridgerton?! Tipo a família Bridgerton?!

- Sim..- Ela responde também um pouco confusa.

- Daphne, ouviu a mamãe, vamos. - Um homem se Aproxima de ambas.

- Esse é o meu irmão, Anthony.

- Isso é uma piada? - Eles franze o cenho. - Por que não tem graça.

- Mamãe, ela não está bem..

- Ela é uma louca, Daphne. - O homem me encara de cima a baixo.

- Ei! Eu não sou louca.

- Um louco nunca acharia que é louco. - Ele diz se afastando junto de sua família.

- Babaca. - Ele parece ouvir, já que volta e fica frente a frente a mim. - o que foi? Ficou ofendidinho?

- Retira já o que me chamou.

- Me obriga. - Sinto sua respiração próxima de mim.

- Não, por que tenho modos, diferente de você.

- Meu querido, pleno 2024 e você falando essas coisas? Para de ser Cringe. - Ele franze o cenho.

- Perdão?

Perdida em Bridgerton - CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora