2° Acordos

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A garota me entrega a xícara que contém um chá de ervas.

- Ah, não precisava, Daphne. - Digo.

- Por favor, tome esse chá, vai se sentir melhor. Não é, mamãe? - A mais velha suspira se retirando do cômodo.

- Agradeço por ter me convidado para sua casa, ela é muito bonita. - A garota sorri. - Ah..posso fazer uma pergunta?

- É claro

- Em que ano...nós estamos? - A garota franze o cenho. - Eu sei que não é muito comum perguntar isso, mas..em que ano estamos?

- Em 1827

Infelizmente minhas mãos ficam trêmulas e moles, não podendo segurar a xícara que cai no tapete. Meus olhos vão rapidamente para os meus pés que agora estão molhados de chá.

- Daphne, desculpa..

- Está tudo bem..não se preocupe. Rose, pode limpar isso? - A empregada concorda com a cabeça. - Olivia, não fique assim...

- Eu sinto muito... - Me levanto rápido. - Daphne, eu preciso ir..eu..

- Mas para onde? Tinha dito que estava perdida, não?

- Sim..mas eu..

- Tem algo que eu possa te ajudar? - Ela pergunta pegando a minha mão.

- Bom..Talvez, mas você vai me achar doida.

- Nós não íamos te ajudar de qualquer maneira mesmo. - O mesmo homem de antes, Anthony, entra na sala. - e você é doida.

Reviro meus olhos.

- Deixa pra lá. - Digo. Daphne aperta levemente as minhas mãos.

- Olivia, não ligue para o meu irmão.. - Sorri. - Eu sinto que devo te ajudar de alguma forma..por favor, aceite..pode ficar aqui essa noite até resolvermos o que você vai fazer.

- Mas a sua mãe não vai concordar com isso, Daphne.

- Eu vou conversar com ela, fique tranquila. - Nós trocamos sorrisos genuínos e ela logo sai da sala a procura da sua mãe. Infelizmente fico só com..o Anthony.

- Não confio em você.

- Não precisa confiar, assim que eu entender o que está acontecendo..eu vou embora. 

- Entender o que está acontecendo? - Ele bufa. - Por favor, assuma logo que é louca e só está fazendo este teatro para termos..pena de você. - Me aproximo dele, mas não tão perto, o suficiente para ele reprimir o seu peito.

- Eu não sou louca, e eu não estou fazendo isso para terem pena de mim...

- Eu não...acredito em você.

- Tudo bem, não é você que eu quero que sinta pena de mim, não é? - Ele franze a sobrancelha. - Tô zoando.

- Gosta de zoar? - Dou de ombros. - Parece mesmo uma criança.

- Eu tenho dezenove anos, xará. - Ele ri. - O que?

- Você não tem dezenove anos.

- Quer ver o meu RG?

- Seu o que?

- Ai, esquece.

Daphne e sua mãe entram na sala.

- Eu e Daphne conversamos e, eu concordei em deixar você se hospedar essa noite aqui, na nossa casa.

- Obrigada..Violet. - Todos que estão na sala trocam olhares arregalados. - Disse alguma coisa errada?

- Não é muito comum chamar as pessoas mais velhas pelo primeiro nome. - uma garota entra na sala logo se sentando no sofá.

- E essa é a minha irmã Eloise - Diz, Daphne.

- Olivia. - Falo.

- O que você está fazendo aqui? É a nova impregnada de Anthony. - Ela ri.

- Ah..não. - Digo. - Então, Daphne, eu só preciso ficar uma noite mesmo, para entender o que rolou.

- Rolou.. - Olho para Eloise. - Rolou?

- E uma gíria para dizer..aconteceu.

- Aaa.. - Ela concorda com a cabeça.

- Sem problemas - Ela sorri.

- Sim, sem problemas - Diz a sua mãe.

- Rose, leve a Olivia até o quarto dela - Sigo a empregada.

Perdida em Bridgerton - CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora