Um Momento

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UM MOMENTO :
Continuação de UM MINUTO.
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Shikamaru:

Eu caminhava em direção à porta, cada passo pesado com a gravidade do que acabara de acontecer. A voz de Temari ecoou atrás de mim, carregada de uma mistura de raiva e desespero.

- Se você ir embora por essa porta eu juro que vou embora da sua vida, Shikamaru.

Eu parei, minha mão já tocando a maçaneta fria. Por um momento, eu quis virar, encará-la e dizer tudo o que estava preso em minha garganta. Mas as palavras se perderam em algum lugar entre meu coração e meus lábios, e eu não consegui fazer nada além de continuar meu caminho e sair.

(Quebra de Tempo)

Mais tarde, sozinho em meu quarto, eu me deitei na cama, o silêncio ao meu redor tão opressivo quanto a escuridão da noite. Fechei os olhos, e as memórias da noite anterior começaram a passar por minha mente como um filme que eu não queria assistir.

- Temari, eu... - minha própria voz soava em minha cabeça, hesitante e incerta.

Eu podia ver seu rosto novamente, a maneira como seus olhos brilhavam com uma intensidade que eu raramente via. Eu podia sentir a tensão no ar, quase palpável, enquanto palavras e emoções colidiam entre nós.

E então, as lágrimas vieram. Eu não tentei impedi-las; elas rolavam livremente, marcando o travesseiro com a verdade que eu não podia mais negar. Eu estava triste, mais do que jamais admitiria em voz alta. Eu a havia perdido, e a dor dessa perda era mais profunda do que eu esperava.

- Eu deveria ter dito algo. - murmurei para o vazio do quarto. - Eu deveria ter lutado por nós.

Mas agora, era tarde demais. Temari havia sido clara, e eu sabia que não havia volta. Eu havia cruzado um limite invisível, e o caminho de volta estava fechado.

Eu sabia que tinha que fazer algo. Eu não podia simplesmente deixar as coisas como estavam. Levantei-me, determinado a enfrentar o que quer que o dia trouxesse.

- Hoje, eu vou consertar isso. - prometi a mim mesmo, mesmo que não soubesse exatamente como.

Naquele dia, o sol já se punha quando decidi que precisava dos meus amigos. A ideia de chamá-los surgiu como um súbito clarão de lucidez em meio ao caos dos meus pensamentos. Peguei o celular e enviei a mensagem, sem muitas palavras, apenas o suficiente para que soubessem que era sério.

Um a um, eles foram chegando. Naruto foi o primeiro, sempre o mais ansioso, seguido de Neji com sua calma habitual. Gaara entrou sem fazer alarde, Sasuke com seu ar de indiferença, Itachi com um olhar observador, Konohamaru com um sorriso fácil e Rock Lee com a energia de sempre.

Sasuke, ao entrar, não pôde deixar de comentar com seu sarcasmo característico:
- Nossa, mas que lugarzinho mais fim de mundo.

- Veio aqui pra ser corretor de imóveis ou pra me aconselhar? - sem perder o ritmo, o respondi.

A risada foi geral, quebrando o gelo e aliviando a tensão que eu sentia. Sentamo-nos em círculo, como nos velhos tempos, e comecei a contar sobre a confusão com Temari.

- Cara, você tem que saber o que a Temari quer dizer. - Naruto dizia, como se fosse o próprio D. Juan

- Cala boca seu lerdo, você nem tem lugar de falar, não consegue nem entender o que a minha irmã quer dizer. - alfinetou, Neji , sem perdeu a chance.

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