"𝓥𝓮𝓵𝓱𝓪 𝓘𝓷𝓯𝓪̂𝓷𝓬𝓲𝓪" - 𝓣𝓻𝓲𝓫𝓪𝓵𝓲𝓼𝓽𝓪𝓼
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Depois que Gaara saiu, eu fiquei sozinho, remoendo meus pensamentos. Eu tinha que falar com Temari, tinha que consertar as coisas. Enquanto calçava meu tênis, pronto para sair, batidas desesperadas na porta me pegaram de surpresa.
— Já vai, caramba! — gritei, achando que era algum dos caras que tinha esquecido algo.
Mas quando abri a porta, não era nenhum deles. Era Temari, ofegante e suada, como se tivesse corrido sem parar até aqui.
— O que faz aqui? — perguntei, ainda tentando processar sua presença súbita.
— Qual é seu problema? Corri o equivalente a uma maratona só pra te ver e você ainda vem com um papo de 'o que faz aqui'? — ela respondeu, a irritação clara em sua voz.
Eu ainda estava meio atordoado, mas dei espaço para ela entrar.
— Desculpa, entra. Senta aí que eu pego uma água pra você. — disse, apressando-me em direção à cozinha.
Enquanto o ar condicionado começava a resfriar o ambiente, Temari se acomodou no sofá, tentando recuperar o fôlego. Eu voltei com um copo d'água, que ela aceitou com gratidão.
— Como sabia onde eu moro? — perguntei, entregando-lhe o copo.
— Meu irmão é boca aberta. Eu perguntei se ele sabia onde você morava.— ela disse, após alguns goles, referindo-se a Gaara com um meio sorriso.
O Gaara, aquele...
Boca de sacolinha, X9, cagueta, Dedo-duro, araponga, boca mole, alcagueta, fiscal, Zé porva, língua preta, explanador, pau no cu, dedo de seta, xaxeiro, tramelão, Zé povo, linguarudo. Não acredito que ele falou, eu tinha pedido para ele não falar, mas o foco não é ele ...
Nós nos olhamos por um momento, e eu sabia que era hora de esclarecer tudo.
— Temari, eu... — comecei, mas ela me interrompeu.
Temari me interrompeu com uma intensidade que me pegou de surpresa. Ela estava ofegante, os olhos fixos nos meus, e eu sabia que essa conversa seria crucial.
— Olha, desculpa por ter ficado brava com você. — ela começou, a voz carregada de emoção.
— Temari, eu ...
— Espera, eu não terminei de falar — me cortou, parecendo impaciente.
— Eu estava confusa com o que você tinha me dito. Não sabia se você falou tudo aquilo por estar de ressaca, por pena ou se realmente sentia tudo mesmo. E quando você foi embora sem ao menos me dizer algo, sei lá, mexeu com meu emocional...
— Tema, eu realmente...
— Daqui a pouco você fala! Shikamaru, De verdade ...
—Temari, por favor deixa eu falar
Eu tentei interromper, mas ela continuou, determinada:
— Cala a boca! Eu tô falando que eu tô sentindo, desgraça! — falou, ou melhor, gritou irritada.
— Saiba que eu gosto muito de você e quero ter você ao meu lado sempre, assim como você já faz. Mas agora eu realmente preciso saber qual dos três motivos por você falou aquilo?
Fiquei calado, não sabia se era uma pergunta retórica e que talvez ela continuasse a falar, assim como tinha feito antes quando tentava interromper.
— Não vai falar nada?!
Claramente estava irritada e desesperada.
Todas as palavras que ela tinha me dito eu ainda não tinha absorvido. Ela realmente gostava de mim, ela realmente queria eu por perto.
A felicidade era tão grande, então era essa a emoção de ter um sentimento recíproco? Enquanto eu achava que ela nunca gostaria de mim, ela realmente gostava?
— Temari, você me conhece bem, tipo você é a minha melhor amiga...
Mais uma vez fui cortado, mas dessa vez ela já não tinha uma áurea de raiva e sim de melancólica.
— Eu sei, só que... Eu realmente gosto muito de você, Shikamaru, e gosto de ficar com você. E tudo bem se você me ver só como amiga... — Ela se embolava com as palavras, eu acho que nunca a ouvi tão nervosa assim.
— Mais que saco também, Temari! Deixa eu falar, mais que porra! — ela me olhou indignada.
— Temari, pra minha melhor amiga você realmente não me conhece, caraca! Você sabe muito bem que ... Que ...
— não sou o tipo de cara que volta com suas palavras, se eu falei que eu gosto de você é porque eu gosto e pronto. Porque você é tão problemática?! Sempre tem que complicar tudo. Se você me deixa-se falar assim que tentei começar, saberia que eu juntei todos os meus amigos pra falar sobre a gente, você saberia que eu tive uma conversa com seu irmão falando que eu não queria te perder, saberia que 5 minutos antes de você chegar eu estava indo te ver. — Era a minha vez de ficar impaciente.
— mas...
—"Mas" nada Temari. Eu literalmente falei pra você que tinha percebido que gostava de você, é tão difícil perceber que eu te amo?!
— Calma! O que você disse?
Respirei fundo, então disse tudo que estava entalado na minha garganta:
— Eu disse que amo você, eu amo você desde sempre e sempre vou amar... Temari, eu ... Eu não quero te perder nunca, nem por uma briga besta ...
Temari olhou para mim, surpresa e emocionada. O silêncio entre nós carregava tensão e expectativa. Então, como se o mundo desaparecesse, ela se inclinou na minha direção.
Nossos lábios se encontraram suavemente, como se dançassem uma melodia antiga. Era um beijo doce e apaixonado, um elo que selava o que sempre soubera em meu coração. Não era apenas desejo, mas também a promessa de algo mais profundo e duradouro.
Quando nos separamos, sorri para ela, e dei um selinho em seus lábios.
— Eu te amo, Temari. E não importa o que aconteça, eu nunca vou te perder. Nem por uma briga besta, nem por nada.
Temari riu, aliviada e feliz.
— Eu também te amo.
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Depois de um tempinho postei 🙂
Eu não gostei muito, mas esse casal precisava se resolver logo, então trabalhei contra o bloqueio criativo e escrevi.
Espero que tenham gostado.
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Um beijo e até a próxima 💋💞
