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ROMAN
RÚSSIA, MOSCOU

Observei a figura entrar na sala, um corpo pequeno, provavelmente feminino, vestido com roupas masculinas

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Observei a figura entrar na sala, um corpo pequeno, provavelmente feminino, vestido com roupas masculinas. Ela estava ofegante e parecia gravemente ferida. Um gorro de tricô cobria sua cabeça, com alguns cachos de cabelo aparecendo. Ela tropeçou em direção à porta.

Olhei para meu pai com decepção. O que porra ele fez com ela? Nunca apoiei seus negócios sujos. Mas ele era meu pai e o maldito chefe da máfia russa.

Observei a bolsa que a garota jogou em sua mesa, com um sorriso radiante de orgulho. Ele nunca me olhou assim. Quem era ela, afinal?

─ "Quem é ela?" ─ Perguntei secamente, enfiando as mãos nos bolsos da calça, tentando não demonstrar o desdém que eu tanto queria expressar por esse homem que eu deveria chamar de pai.

─ "Um dos meus" ─ ele respondeu calmamente, abrindo a mochila para revelar drogas dentro. Ela não deveria ter sido uma prostituta. Ele geralmente não se referia a elas dessa maneira nem lhes confiava tarefas como essa. Mas eu nunca o vi confiar em ninguém além de seu assistente de confiança.

─ "Não importa, não é da minha conta." ─ Suspirei, virando-me e saindo da sala. As portas se abriram para mim e caminhei um pouco mais pelo corredor. Lá estava ela, encostada na parede, cambaleando.

Eu não deveria me importar, mas porra, ela estava gravemente ferida, em estado deplorável. Ela mal conseguia andar. Aproximei-me, colocando minha mão em seu ombro. De repente, ela se virou abruptamente, sua mão atingindo minha têmpora. Grunhi de dor, minha cabeça latejou, quase perdi o equilíbrio. Ela era perspicaz e bem versada em pontos vitais.

─ "Porra! Você é louca?!" ─ Eu a agarrei, segurando-a firmemente contra mim, pressionando suas costas contra meu peito enquanto ela se contorcia e se debatia de dor. Ela gemeu em agonia. Passei meu braço em volta do pescoço dela, aplicando um mata-leão, sem apertar muito, apenas o suficiente para fazê-la desmaiar. Ela já estava fraca; Eu só precisava que ela parasse de lutar.

E quando senti seu corpo delicado relaxar, afrouxei meu aperto, sentindo sua forma flácida derreter em meus braços. Ajoelhei-me lentamente no chão, embalando seu corpo, verificando seu pulso em seu pescoço, estava fraco.

─ "Merda" ─ eu sussurrei. Quando movi minha mão para sustentar seu peso, notei o ferimento em sua barriga. Coloquei minha mão sobre ele, sentindo o sangue escorrer. Também notei os dois cortes em suas coxas, manchando seu jeans surrado, minhas mãos ficando levemente cobertas com seu sangue. Droga, se ela continuasse sangrando assim, ela poderia morrer.

Tirei meu próprio blazer, amarrando-o firmemente em volta de seu abdômen para estancar o sangramento. Segurei-o com firmeza, na esperança de interromper o fluxo.

Eu a levantei em meus braços, estudando seu rosto tranquilo e relaxado. Ela parecia pálida, seu corpo quente, mas suava profusamente frio. Não pude deixar de notar as sardas em seu rosto, um ferimento perto dos lábios e outro na bochecha. Seu nariz parecia ter sangrado, mas o sangue havia secado.

𝖴𝖫𝖳𝖱𝖠𝖵𝖨𝖮𝖫𝖤𝖭𝖢𝖤Onde histórias criam vida. Descubra agora