⎯ 𝟶𝟻

144 38 151
                                    

VLIZETH
RÚSSIA, MOSCOU

Acabei ficando na mansão do Ivan, praticamente morando lá no quarto da Dominique

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Acabei ficando na mansão do Ivan, praticamente morando lá no quarto da Dominique. Já se passaram semanas e Arthur inicialmente suspeitou de mim, já que eu trabalhava para Ivan e ele sabia meu nome verdadeiro. Ele poderia facilmente ter me entregado a qualquer momento, mas não o fez.

Lev também teve dúvidas sobre mim no início. No entanto, ele rapidamente se acostumou com a minha presença. Lev era o mais preguiçoso entre Dominique e Arthur, sempre deixando suas bebidas e salgadinhos espalhados pela sala. Todos dormíamos no mesmo quarto grande, com espaço mais que suficiente.

Comecei a dividir a cama com Dominique, enquanto Arthur e Lev não se importavam de dormir no sofá próximo.

No início, fiquei hesitante e tive dificuldade para dormir. Estar tão próximo de pessoas que eu mal conhecia tornava difícil para mim confiar em alguém depois de tudo o que havia passado. Mas eventualmente, eu me acostumei com isso. O ronco alto de Lev tornou-se um som familiar, Dominique dormia pacificamente como um anjo e Arthur enrolou-se em posição fetal.

Sentei-me perto da grande janela da sala, a luz do sol entrando e iluminando todo o espaço. Relaxei minha postura e segurei um cigarro entre os dedos. Lev havia deixado seu maço de cigarros em uma cômoda e eu aproveitei a oportunidade, pegando o isqueiro que ele costumava deixar espalhado pelo quarto. Lev tem uma coleção de espelhos.

Enquanto acendi o cigarro e o levei aos lábios, dando uma longa tragada, lembranças de Rufus inundaram minha mente. Exalei a fumaça lentamente, observando-a se dissipar no ar. Meu olhar mudou para meu telefone, que estava em uma mesa de cabeceira próxima, exibindo inúmeras mensagens de Rufus. Olhei para a tela por alguns momentos antes de simplesmente desligá-la e colocá-la de volta no chão.

Voltando minha atenção para a vista cativante do lado de fora, o quarto de Dominique oferecia uma vista direta para uma floresta majestosa. Árvores altas e imponentes se estendiam ao longe, parcialmente veladas por uma camada de névoa, criando uma visão misteriosa, mas de tirar o fôlego.

[...]

─ "Soube que você torceu o braço de um dos meus motoristas" ─ comentou Ivan, reclinado em sua opulenta cadeira de escritório. Com um gesto refinado, ele ergueu uma taça de cristal, o delicado cubo de gelo dentro dela refletindo tons de âmbar e mogno.

─ "Ele tentou apalpar minha bunda" ─ respondi calmamente, dando de ombros.

Uma risada suave escapou dos lábios de Ivan enquanto ele segurava o copo com certa elegância, seus dedos acariciando a superfície lisa enquanto ele girava seu conteúdo com uma graça vagarosa.

─ "Muito bem, esse assunto não é o motivo da sua presença aqui" ─ disse ele, seu olhar encontrando o meu. Com um movimento sutil, ele deslizou um envelope dourado sobre a mesa, instando-me a pegá-lo. ─ "Exijo que você viaje a São Petersburgo e entregue este importante dossiê ao meu filho para que ele assine."

𝖴𝖫𝖳𝖱𝖠𝖵𝖨𝖮𝖫𝖤𝖭𝖢𝖤Onde histórias criam vida. Descubra agora