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LIZETH
RÚSSIA, MOSCOU

Já fazia um dia desde que cheguei à Rússia, apesar das tentativas de Rufus para me dissuadir

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Já fazia um dia desde que cheguei à Rússia, apesar das tentativas de Rufus para me dissuadir. Mas eu tive que vir; afinal, eu fazia parte desse maldito acordo. Conseqüentemente, eu não deveria ter nenhum contato com Rufus por enquanto. Verifiquei meu telefone e vi várias mensagens dele, mas não me incomodei em abrir nenhuma delas.

Fiquei na frente da mansão de Ivan, aproximando-me da grande entrada. A visão da imponente estrutura orgulhosamente erguida em frente à casa chamou minha atenção. A propriedade Nivikov lembrava um castelo, feito de pedra de cor clara, com uma fonte incrível cercada por um canteiro de rosas vermelhas. Foi incrivelmente lindo.

As portas se abriram e entrei, sendo conduzido pela imensa mansão por um criado. Finalmente chegamos a um terraço onde toda a área estava pavimentada com um mosaico de pedras escuras, pontilhadas por fileiras de flores brancas. Muitas pessoas perambulavam, elegantemente vestidas e segurando taças de champanhe. Eles pareciam não se incomodar com o fato de ainda ser de manhã e estar frio pra caralho.

À minha direita, uma mesa de bufê estava repleta de bebidas e petiscos, enquanto outra estava adornada com homens bem vestidos conversando e rindo nas proximidades.

Olhei em volta, meu olhar finalmente pousando em Ivan, que estava por perto. Enfiei as mãos nos bolsos do moletom que era de Rufus. Ivan finalmente me notou, me olhando de cima a baixo, um copo com um grande cubo de gelo e um líquido levemente amarelado na mão, provavelmente uísque.

─ "Ah, sua coisinha, quase não te reconheci"─ disse ele com um sorriso malicioso, seus olhos examinando minha aparência. Graças a Deus quase não havia pele exposta no meu corpo.

Eu estava usando a calça jeans do Rufus e uma blusa branca por baixo do moletom preto enorme que me fazia parecer um saco. Eu também tinha um gorro preto na cabeça. Respirei fundo, olhando para ele, minha paciência se esgotando.

─ "Ah, entendo, você quer saber qual é o seu utilidade"─ disse ele sarcasticamente. ─ "Você quer se juntar às prostitutas?"─ ele zombou.

Ele provavelmente deve ter achado que eu era alguma espécie de prostituta ou apenas me venderam para ele. Ele não sabe quem eu sou de verdade.

─ "Prefiro ser empregada doméstica" ─ murmurei, sabendo que não seria difícil. Afinal, eu havia me infiltrado nas casas de outros mafiosos como empregada doméstica para colher informações.

─ "Não, você é linda demais para se desperdiçar assim... você sabe, você poderia me trazer muito dinheiro" ─ ele provocou, sua voz cheia de malícia. ─ "Se você usasse um desses vestidos aqui..." ─ ele apontou para uma mulher usando um vestido preto curto e justo. "Você seria um sucesso, querido."

Cerrei os punhos com ainda mais força dentro do moletom, me sentindo ainda mais desconfortável. ─ "Posso fazer outra coisa" ─ retruquei bruscamente. Eu teria que ser útil para sobreviver aqui, mas não queria vender meu corpo. Eu não suportava ser tocada, principalmente ter as mãos em certas partes do meu corpo.

𝖴𝖫𝖳𝖱𝖠𝖵𝖨𝖮𝖫𝖤𝖭𝖢𝖤Onde histórias criam vida. Descubra agora