Capítulo 3 (POV: Albus)

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Se eu gosto que Scorpius ande sozinho com a minha prima? 

Não.

Na verdade, fiquei chateado de ele ir sair com ela e não me dizer, mas eu tento ignorar porque nem sei a razão de ficar chateado. Eu até teria ido com ele, mas já era tarde.

Mas mesmo assim anseio que ele regresse, e enquanto isso vou me vestindo. E de repente a ficha cai.

Eu dormi com o Scorp.

Não sei porquê, mas isso acelera o meu coração. Era uma coisinha inocente, eu estava apenas a tentar ajudá-lo, mas e se alguém viu e achou outras coisas. Mas não eram, eu e ele sabiamos que não era e isso chegava. Certo?

Ao acabar de me vestir dirijo-me ao salão para tomar o pequeno-almoço, e para meu agrado Scorpius está lá, sem a Rose. Aproximo-me dele.

- Alô.

- Ah, olá Albus.

Ele parece pensativo e eu gostava de saber em quê.

- Está tudo bem? - pergunto - Pareces um pouco murcho, fizeste progressos com a Rose?

Eu pregunto-lhe sobre a Rose mesmo não tendo muito interesse.

- Não. Quer dizer, eu falei com ela mais de 2 minutos, isso é um recorde, mas não da forma que eu quero que seja... ou queria.

- Como assim?

- Nada... esquece...

- Tá bom.

Mas não esqueço, odeio quado fazem isto, tipo, OBVIO que não me vou esquecer, principalmente vindo do Scorpius. Mas não quero insistir muito, sei que ele fica sempre abalado depois de levar uma tampa. Tiro um chocolate do bolso e dou-lhe para a mão na esperança de que ele se sinta melhor. 

- Oh - ele exclama, depois olha para mim e sorri - Obrigado.

Esse sorriso aquece-me e eu sorrio de volta. Depois começo a comer papas-de-aveia enquanto Scorpius come o seu chocolate contente. Fico a olhar distraidamente para ele por um bocado até alguém mexer no meu cabelo.

Olho para trás irritado e pronto a gritar com alguém quando vejo James com um sorriso idiota.

- Então maninho?

- Que foi James?

- Tens dinheiro?

Eu tenho dinheiro, por acaso bastante, mas mesmo assim respondo-lhe:

-Não.

- Vá lá, preciso muito. - Ele implora.

- Boa - eu respondo secamente.

- Vá lá, nuca te peço nada.

- Imagina se pedisses.

James olha para mim ainda implorando, o que me irrita, muita coisa que ele az me irrita, as partidas, as conversas, por culpas em mim, mau perder, estar sempre a gabar-se...  Podia dizer que a sua existência me irrita.

-Vai pedir á Lily. Ela é que faz parte da tua casa, não eu.

- Não a encontro.

- Não tenho pena.

Ele espera por mais um bocado até realmente entender que eu não lhe vou dar dinheiro e vai se embora.

- Porquê que és tão seco com o teu irmão? - Scorpius pergunta quando acaba o chocolate - Consegues ser tão simpático e nunca lhe mostras.

- Porque ele é um chato do caraças. Sempre a pedir dinheiro.

- Se eu te pedisse dinheiro tu farias isto?

- Mas tu és diferente, Scorp. Tu não és o meu irmão. Tu não és chato.

- Mudando de assunto, o que vamos fazer hoje?

- Tenho de estudar, mas logo ao fim da tarde vou ter contigo a sala comum.

- Então até logo.

-Até logo.

Então Scorpius sai deixando me sozinho com os meus pensamentos. Se calhar ele tem razão e eu não devesse ser tão mesquinho com o James, mas ele é tão chato que, até passar um dia com o Valdemort me soa melhor.

...

Entrei na sala comum dos Slytherin e vi logo Scorpius sentado na risota com outros colegas, fui ter com ele.

- Olá - cumprimentei-os

- Al! - Scorpius sorri

Quando alguém me trata por "Al" eu normalmente tenho vontade de atirar essa pessoa da torre de astronomia. Mas quando essa pessoa é o meu melhor amigo é totalmente diferente e eu não me importo.

Sento me ao lado dele e ele faz me um resumo da conversa que estava a ter com Sophia e Luke, mas eu estou tão cansado que só ouvi duas ou três palavras. Depois ele continua a conversa e eu limito-me a ficar ao lado dele.

Passado algum tempo Sophia e Luke saem ficando apenas eu e o Scorp naquele cantinho ao lado da lareira, ficamos em silêncio até Scorpius pousar a cabeça dele no meu ombro.

Sinto um arrepio.

Normalmente odeio quando fazem isso, o meu ombro não é uma almofada e para além disso o peso é bastante desconfortável. Mas desta vez foi estranhamente confortável e bom.

- Estou tão exausto - ele comenta

- Estamos todos.

Ele enterra a cara no meu ombro e suspira, o ar que sai dos seus pulmões bate no meu braço, é quente e húmido. Deito a minha cabeça sobre a dele e de repente tenho vontade de ficar ali, dormir ali.

  A sua pele pálida morna encosta ao meu braço e os seus cabelos loiros interlaçam-se nos meus, e sinto cócegas na barriga.

Isto é estranho, por que razão eu estou a sentir isto

O que é isto?

oi, espero que estejam gostando, peço desculpa pelos capítulos pequenos e por não ser assim tão boa a história, ainda é a primeira. 

Se quiserem dar sugestões teria todo o gosto em saber e talvez as usar

Gostava também que fizessem mais comentários para eu saber o que estão a achar

Obrigada por lerem <3

Weird feelings (scorbus)Onde histórias criam vida. Descubra agora