Capítulo 8 (POV: Scorpius)

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Acordei de manhã com relativamente cedo, eram 8:30 mas como era domingo não tinha nada que fazer, fui tomar um banho e vesti-me, quando regressei ao quarto o Albus já havia acordado e estava sentado a escrever algo na mesinha de cabeceira.

— O que estás a escrever?

Ele dá um salto e olha para mim a sorrir durante uns segundos antes de responder.

— É para o meu tio, a dizer que as pastilhas elásticas são boas.

— Desculpa, assustei-te?

—Nah, nada de mais, só não estava à espera de ver ninguém, achei que já tinhas ido tomar o pequeno almoço.

— Vou agora, vais comigo ou ficas?

— Vou, aproveito e mando esta carta.

Vamos os dois em conversas triviais e a falar sobre os sonhos e tal, quando chegamos ao salão está praticamente vazio, avista-se apenas 2 ou 3 grupinhos de alunos, provavelmente a maior parte ainda está nos dormitórios, quando nos sentamos alguém vem ter conosco.

— Albus! - chama Hugo, o irmão mais novo de Rose e primo de Albus - podes   ajudar-me com os trabalhos de poções, tenho de acabar este relatório mas não sei o que me falta, ia pedir ajuda à Rose mas não sei onde ela está.

— Ora deixa cá ver - o Albus pega no pedaço de pergaminho e examina-o, falta-te escrever para acrescentar 3 dentes de fada aqui.

Ver o Albus a ser simpático com a família é um evento raro, mas adorável, não é a primeira vez que Hugo vem perguntar coisas ao primo, mas nunca tinha reparado como Albus realmente se concentra e como a simpatia lhe fica bem. Ele estava a comer uma maçã mas até a polsou e limpou a boca á manga, algo que eu já lhe disse mil vezes que não é educado mas ele faz na mesma, mas eu até gosto de o ver a fazer isso, eu gosto...
Meu Merlin eu estou a olhar fixamente para ele o que se passa. Olho novamente para o meu prato

— Onde? - pergunta Hugo colocando-se atrás para ver.

Aqui. - ele aponta para um lugar no pergaminho e devolve-o ao primo.

De repente, Hugo olha para mim e sorri.

— Ah, olá Scorpius, não te tinha visto, desculpa.

— Não tem mal, fofo.

Ele sussurra algo a Albus e desaparece. Estico a mão para pegar mais um bocado de pão ao mesmo tempo que Albus o faz vendo Hugo ir-se embora, ele esbarra a mão na minha sem querer e vira a cabeça muito rápido, quase tão rápido como recolhe a mão, quase como se tivesse levado um choque, não sei, mas a mim pelo menos pareceu isso, uma onda de energia percorre da minha mão ao meu estômago fazendo cócegas. Eu pego no pão e olho para ele.

— 'Tás bem?

—Ya - ele ri-se nervoso e levanta-se.

—Onde vais? - pergunto enquanto ele se afasta.

— Tratar de entregar a carta, eu vou ter contigo à sala comum. - e desaparece ele também deixando-me sozinho a acabar o pequeno-almoço. O que acabou de acontecer?

...

Estou a ler um livro quando Albus volta à sala comum. Ele deixa-se cair ao meu lado com um suspiro de cansaço.

— Tudo bem? - Eu pergunto.

— Não me lembrava da torre das corujas ser tão alta, da próxima vez digo-lhe quando estiver com ele.

Eu rio-me.

— Há quanto tempo é que já não ias lá?

— Sei lá, normalmente mando as coisas na mesma carta que a Lilly e ela é que vai lá mandar.

— Fazer a tua irmã de criada? Nem parece teu. - digo na ironia.

— Não é fazê-la criada, é simplesmente aproveitar-me do que ela já ia fazer.

— Como queiras. - continuo a folhear o meu livro.

— Apetece-me sair.- ele diz.

— Acabaste de chegar de lá de fora.

—Não, ir a algum sítio fora de Hogwarts.

— Estás a gozar... Certo?

— Sim, bem, quer dizer, não totalmente, mas apetece-me estar num sítio socegado.

— Eu sei um sítio...

Alô, obrigada a todos os que estão a ler, não falta muito para que eles comecem a ficar, logo logo eu vou fazer acontecer.
Desculpem o clichê deste capítulo.

Se quiserem dizer o que pensam, estejam à vontade, só não façam parecer que eu estou a falar para as paredes.

Um beijo até ao próximo capítulo<3!!

Weird feelings (scorbus)Onde histórias criam vida. Descubra agora