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ALIZ
// Mônaco.

Eu olhava o mar em minha frente, o ondular perfeito das ondas me trazia uma calma inesperada, mesmo sabendo que a conversa com meu pai não seria fácil.

— Pode falar, pai. — Eu olhei diretamente para ele, tentando me preparar.

— Foi por isso que você decidiu não ir treinar hoje? — Ele perguntou, seus olhos cheios de desaprovação. — Para ficar por aí com homens desconhecidos?

— Não, pai. — Suspirei, tentando manter a calma. — Eu não fui treinar hoje porque todos merecem um dia de descanso. — ele me fuzilou com os olhos, cheio de julgamento. — O Max é muito simpático, o senhor não deveria ter tratado ele assim.

— Você deveria estar treinando em vez de ficar me dizendo como tratar ou não alguém. — Desviei o olhar. — Não se esqueça que o campeonato está se aproximando. Não se atreva a me desiludir. — eu sabia que contrariar ele não adiantaria nada. Permaneci em silêncio. — Quero você bem cedo na quadra amanhã. E veja se não deixa qualquer homem se colocar no seu caminho. — Ele disse, com uma dureza que me machucava.

— Tudo bem, lá estarei amanhã. — Respondi, me virando para ir embora.


Todo o dia estava arruinado, só queria ir para casa me jogar na minha cama.

— Então? — o homem me olhou. — Ele falou bosta?

— É, ele falou sim. — desviei meu olhar. — Bom Max, essa manhã foi incrível, adorei ter um pouco de companhia e você foi muito simpático, mas acho que vou indo para casa.

— Não. Você não vai se fechar em casa por causa do seu pai, tenho o lugar perfeito para a gente ir. — ele sorriu.

O homem quase que me arrastou pelas ruas.

— Mais de vagar, por favor. — ele abrandou.

— A gente tem que ir rápido antes que feche. — ele continuou me puxando.


Chegamos em frente a uma sorveteria, não vou mentir, amava os sorvetes daqui, mas só podia comer uma vez ou outra.

— O que acha da gente entrar e tomar o melhor sorvete de Mónaco? — sorri com a sua fala.

— Tudo bem, só hoje. — ele assentiu.

Pedimos nossos sorvetes e nós derrecionamos até uma das mesas.

— Você acha que a gente pode se encontrar mais vezes? — ele levou a colher até a sua boca. — Você é simpática, e ambos precisamos de um pouco de companhia, iria ser legal passar um tempo junto com alguém que entende o que a gente já passou.

Pensei por breves segundos.

— Achei uma ideia ótima, eu realmente preciso de uma companhia, não tenho um único amigo. — brinquei com a situação.

— Você está brincando, não é possível. — neguei. — Você é tão simpática, como que não tem amigos?

— Sempre tive muita dificuldade em conhecer pessoas novas, minha única amiga se mudou para Inglaterra tem alguns anos, ela costumava vir aqui mas não dá mais notícias tem algum tempo. — mordi a parte interior de meus lábios.

— Deve ser horrível. — olhei ele. — Sabe, não ter ninguém para te apoiar nos seus piores momentos.

— Realmente é. — levei um pouco de sorvete até minha boca.

— Mas agora você tem. — ele sorriu.

— Outro traumatizado, já não bastava eu? — sorri juntamente com ele.

— Quer que eu te abandone no posto de gasolina também? — ele me olhou sério mas não aguentou muito tempo assim, pois logo caiu na gargalhada.

— Acho que meu pai só não fez isso pois o posto se gasolina mais longe fica dez minutos da casa dele. — olhei para ele. — Mas em compensação ele já me humilhou em frente a todos os patrocinadores e já quebrou meu troféu de segundo lugar na frente do público.

Ficamos em silêncio por algum tempo, mas começamos a rir de novo.

Eu finalmente tinha encontrado alguém que a forma de lidar com os traumas e problemas era rir e brincar com isso.


— Muito obrigado por me trazer em casa frentista de posto. — brinque abrindo a porta do carro.

— De nada humilhada na frente dos patrocinadores. — dei dois "beijos" em seu rostos e saí do carro.

Comprimentei o senhorzinho da entrada e subi até meu apartamento, pousando minhas coisas no chão.

Estava exausta, todos os meus planos para o dia tinham sido completamente esquecidos, e vou admitir que amei essa manhã incrível. Subi até meu quarto e me deitei na minha cama pegando meu celular, sabia que não iria dar em nada mas decidi mandar mensagem para a minha melhor amiga.

🚗👨🏻

– Carmen, por favor me dá
um sinal de vida, faz mais
de três meses que você não
diz nada, eu estou ficando
preocupada e sentindo
sua falta meu bem.

– Me diz apenas se está tudo
bem aí, como estão indo
as coisas e se finalmente
teve paz.

Desliguei meu celular, eu estava realmente muito preocupada, minha melhor amiga havia sumido tinha meses, sem nenhuma explicação, meu coração apertava toda vez em pensar que poderia ter acontecido alguma coisa com ela.

Coloquei minha cabeça no travesseiro fechando meus olhos, aproveitando todo o silêncio.

Coloquei minha cabeça no travesseiro fechando meus olhos, aproveitando todo o silêncio

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Bônusss. O brilho do nosso homem está voltando💙
Estou tãofeliz que nem consigo explicar😭
Desculpem qualquer erro ortográfico.
Não se esqueçam de votar e comentar vidocas❤

ᴛʀᴀᴄᴋ ᴏꜰ ᴛᴇᴀʀꜱ,,MAX VERSTAPPENOnde histórias criam vida. Descubra agora