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ALIZ
// Mônaco

Me levantei pela primeira vez na semana  em um horário normal, meu corpo doía por completo, mas eu não iria ficar o dia inteiro dormindo.

Tomei meu banho e fiz as coisas necessária. Quando terminei vesti uma calça jeans com uma blusa confortável e coloquei uma jaqueta pois hoje estava frio. Sai de casa pronta para um dia mais calmo, hoje não iria treinar, o que significa que eu podia simplesmente pegar meu carro e sumir por ai durante o dia inteiro sem responder para ninguém.

Decidi andar um pouco a pé e depois voltaria para pegar meu carro. Eu andava pelas ruas geladas quase que desertas, eu agradecia mentalmente por isso. Coloquei meu fone para esquecer um pouco realidade.

— Ai. — quase que gritei quando bati contra o carro.

— Você está bem? — e reconheci aquela voz.

— Você está me perseguido?, todo o lugar que eu vou você está lá. —  me levantei com a ajuda dele.

— É o destino. — o homem sorriu sozinho. — Mas agora me responde, você está bem?

— Sim, só estou com uma dor no braço, mas tudo bem.  — me limpei.

— Posso te levar para tomar café para me desculpar por atropelar você? — ele soltou uma risada, mas eu não ri junto.

— Por que eu aceitaria? — cruzei os braços, mantendo meu olhar firme.

— Porque é o mínimo que posso fazer. — ele disse, ainda sorrindo, mas havia uma sinceridade em seus olhos que me fez ceder, contra a minha vontade.

— Tudo bem, mas só porque estou sem nada melhor para fazer. — respondi, ainda hesitante.

Entrei no carro e o homem logo deu partida, a viajem foi maioritariamente em silêncio, uma vez ou outra trocávamos umas palavras.


— Como assim você é piloto? — coloquei as mãos em minha boca.

— Eu pensei que você estava fingindo não me conhecer. — revirei os olhos.

— Vai fazer o típico discurso de macho "conhecido" que fala que qualquer mulher que interaja com ele é por interesse? — afastei o prato em minha frente.

— Perdão, não vou mais te tirar como interesseira. — ele sorriu.

— Não achei engraçado, isso é ofensivo e eu poderia muito bem ir embora agora mesmo. — peguei um pouco do seu bolo. — Como que você consegue comer essas coisas cheias de açúcar?

— Você não faria isso. — ele sorriu convencido. — Toda a minha vida eu fui privado pelo meu pai de agir como uma pessoa normal, não podia brincar com a outras crianças, não podia exagerar na comida, não podia perder tempo com coisas "fúteis" como fazer amigos, e agora que "tenho" o controle sobre mim proprio aproveito ao máximo.

— Não duvide de mim. É, eu entendo como isso pode ser dificil, a gente só quer ser uma pessoa normal mas somos privados de aproveitar a vida, meu pai é muito exigente. — fechei meus olhos.

— Ele quer que eu seja algo que ele não conseguiu ser. — falamos ao mesmo tempo.

— Eles fracassar e acham que a gente tem que conseguir isso por eles. — o homem me olhou. — Nunca imaginei que iria encontrar alguém que me entendesse tão bem assim..

— Eu estou exausta, por vezes só quero desistir de tudo, mas não quero que meu pai não sinta orgulho de mim. — joguei minha cabeça sobre a mesa.

— Eu te entendo, a vontade de desistir é grande, mas a de orgulhar eles é maior ainda. — assenti.

— Sabe que mais, vamos deixar de falar de assuntos tristes e vamos sair e dar uma volta por ai.  — sorri olhando ele.

— Eu não posso, tenho que voltar para casa e treinar no simulador. — revirei os olhos.

— Pare de ser chato, você tem tempo para treinar depois. — segurei seu braço.

Max concordou relutantemente em sair comigo, e nós caminhamos pelas ruas agora mais movimentadas de Mônaco. O vento frio sussurrava entre os prédios altos, e eu me encolhi um pouco mais dentro da minha jaqueta. Max estava ao meu lado, e eu podia sentir o calor do seu corpo.

— Então, o que você costuma fazer quando não está correndo em pistas? — perguntei, tentando quebrar o silêncio desconfortável que se instalou entre nós.

Ele deu de ombros, um sorriso de canto de boca brincando em seus lábios.

— Normalmente, treino, trabalho no simulador, ou passo tempo com meus amigos. Mas admito que é bom ter uma pausa hoje. — ele parou em frente ao porto.

— Você tem amigos? — brinquei e ele riu.

— Alguns. Mas a maioria está no mundo das corridas, então nossos horários raramente coincidem. — assenti.

O som das ondas quebrando suavemente ao longe.

— Você sempre vem aqui para relaxar? — perguntei a Max enquanto olhava o oceano.

— Sim, é um lugar tranquilo para espairecer. E você, costuma vir por aqui? — neguei.

— Não tanto quanto deveria. Sempre estou ocupada com os treinos e as exigências do meu pai. Ele sempre diz que o foco é a chave para o sucesso. — ele franziu o cenho.

— Cara, você tem certeza que meu pai e o seu não são a mesma pessoa? — sorri.

Antes que pudesse continuar, avistei o homem na calçada à frente. Ele estava parado, com uma expressão séria no rosto.

— Max, espere um momento. — toquei levemente no braço dele e apontei na direção do homem. Max seguiu meu olhar.

— Seu pai? — ele se aproximou do meu ouvido. Engoli em seco e assenti.

— Sim, parece que ele decidiu nos encontrar aqui. — sorri falso.

Caminhamos até onde meu pai estava, e ele nos cumprimentou com um olhar avaliador.

— Filha, precisamos conversar. — sua voz era séria, e senti um arrepio percorrer minha espinha.

— Pai, o que está fazendo aqui? — perguntei, tentando manter a compostura.

Ele olhou para Max.

— Quem é este rapaz? — questionou franzindo o cenho.

— Max, este é meu pai. Pai, este é Max. Ele me ajudou outro dia. — tentei me manter calma.

Max estendeu a mão para cumprimentar meu pai, mas ele pareceu ignorá-la.

— Precisamos falar a sós, Aliz. Agora. —  Engoli em seco, sentindo-me como uma criança sendo repreendida. Olhei para Max, buscando algum apoio silencioso, mas ele apenas assentiu, indicando que eu deveria acompanhar meu pai.

— Desculpe, Max. Vou resolver isso rapidamente. — murmurei, seguindo meu pai pela calçada, deixando Max para trás.

Não iria postar hoje, mas nosso big bad wolf ganhou a corrida de ontem então

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Não iria postar hoje, mas nosso big bad wolf ganhou a corrida de ontem então...

A fanfic bem cliche que é igual umas outras 1000 😍 (ela se auto-sabota)

ᴛʀᴀᴄᴋ ᴏꜰ ᴛᴇᴀʀꜱ,,MAX VERSTAPPENOnde histórias criam vida. Descubra agora